sexta-feira, dezembro 30, 2005

Ponto de Acesso Público INE - IPP

No âmbito da Rede de Informação do Instituto Nacional de Estatística - INE, nas Bibliotecas do Ensino Superior, o Ponto Público de Acesso IPP, faculta e orienta todos os interessados no acesso à informação recebida regularmente do INE.

Os SDP-BC, disponibilizam também esta informação, após solicitação pelo endereço de e-mail: sdp@sc.ipp.pt

Damos aqui destaque aos resultados de inquéritos elaborados ao longo de 2005:

Inquérito à utilização de Tecnologias e da Comunicação pelas familias em 2005

Índice de Volume de Negócios na Indústria – Total, Mercado Nacional e Mercado Externo

Inquéritos de Conjutura às Empresas e aos Consumidores

Actas do 2º Encontro Nacional das Bibliotecas do Ensino Superior Politécnico


Foram editadas em Dezembro de 2005, pelos Serviços de Documentação e Publicações - Biblioteca Central do Instituto Politécnico do Porto as Actas do 2º Encontro Nacional das Bibliotecas do Ensino Superior Politécnico -
- I & D, Inovação, Criatividade e Avaliação da Documentação
, que decorreu no dia 12 de Novembro de 2004, nas instalações dos SDP-BC.
Estas encontram-se apenas publicadas em suporte digital, foram distribuídas a todos os participantes e Instituições Públicas (CD) e poderão ser consultadas via on-line:

quinta-feira, dezembro 15, 2005

(...)
O Dedo escreve e passa. O que ele escreve,
Nem crença funda nem descrença leve
Podem que volte atrás para apagá-lo
Nem lava o pranto mesmo um traço breve.
(...)
Que o vinho me não falte até ao fim da vida.
Lavai depois meu corpo, quando for perdida,
Fazei de parras um sudário, e que me enterrem
Onde gente passar, não muito distraída.
Das ciências todas o saber semeou,
Da vasta seara com ardor cuidou.
Mas a colheita não foi mais do que isto:
"Como Água vim, e como Vento vou".
Pensa por ti. Do livro deixa o estudo.
Contempla liberto a terra e o céu mudo.
Reparte dos teus bens. Aos maus perdoa.
........................................................E esconde-te, se queres sorrir de tudo.

Excerto
KHAYYAM, Omar – Doze Rubais. In – Poesia de 26 séculos:
de Arquíloco a Nietzsche:Antologia,tradução, prefácio e notas.Jorge de Sena.
3ª ed. Porto:ASA Editores, 2001. ISBN 972-41-2582-3. p. 78-79

A Equipa de Pessoal dos SDP-BC Deseja a Todos um Feliz Natal e Um Próspero Ano Novo


terça-feira, dezembro 06, 2005

O Mundo da informação do Século XXI

O Mundo da informação do Século XXI, é cada vez mais como sendo em rede.
Vivemos em sociedades que se dizem do conhecimento, de forma que para lhe acedermos e principalmente para aplica-lo, são necessárias novas competências e aptidões informacionais, nomeadamente no que respeita às Novas Tecnologias, que se encontram em constante desenvolvimento. “Estamos a assistir a uma revolução tecnológica, centrada nas tecnologias da informação”, citado as palavras de Manuel Castells (2000).
Apesar deste desenvolvimento se manifestar numa perspectiva global, a verdade é que este não é uniforme. São várias as discrepâncias que levam a que muitos cidadãos e cidadãs não usufruam dos seus direitos enquanto ser humano, (independentemente do sexo, da raça, da religião, costumes, nacionalidade…) no que respeita ao acesso à informação. Por outras palavras, este desenvolvimento também origina a Info-exclusão.
É no combate a estes obstáculos que todas as Bibliotecas ocupam um lugar de grande importância.
As Bibliotecas são serviços públicos de interacção social e cultural, regendo-se pelos princípios dos Direitos Humanos e de organizações internacionais como a UNESCO, a IFLA e/ou a EBLIDA, e/ou nacionais, como a BAD, a INCITE e/ou a APDIS[1]. São espaços físicos, cujo conceito tem vindo a evoluir, mas também lugares de aprendizagem de conhecimento e pólos de vida cultural e de socialização para todas as idades e tipos de pessoas.
Cabe-lhes minimizar as diferenças e as dificuldades sociais no que respeita à literacia informacional, através da adopção e desenvolvimento de iniciativas inseridas em políticas de promoção e de capacitação do uso das novas tecnologias, para que todos possam tirar o maior proveito possível destas. Incentivar a leitura desde o documento impresso ao electrónico, a participação em actividades lúdicas para os mais jovens, de forma a estimular-lhes a criatividade e partilhar hábitos de leitura de outras culturas, bem como promover o acesso de documentos a leitores com dificuldades de locomoção. Podemos mesmo dizer, levar a informação a todos, independentemente de qualquer circunstância considerada como um obstáculo.
As Bibliotecas de hoje, são pois locais de práticas culturais diversificadas, locais de liberdade de expressão, sem nenhum tipo de limitações em que todos possam adquirir competências e aptidões e principalmente aprender a ser capazes de as aplicar.Assim devemos faze-las!

[1] - UNESCO – United Nations Educational , Scientific and Cultural Organization
IFLA – International Federation of Library Associations EBLIDA – European Bereau of Library, Information and Documentation Associations
BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas
INCITE – Associação Portuguesa para a Gestão da Informação
APDIS – Associação Portuguesa de Documentação e Informação de Saúde

sexta-feira, outubro 28, 2005

Bibliotecas Nacionais

Palavras Chave: Portugal; Rede Nacional de Bibliotecas Públicas; INE

Nos últimos 10 anos intensificou-se não só a quantidade mas também a qualidade de Bibliotecas Públicas em Portugal.

A Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, criada em 1987, inaugurou até Março de 2002 106 Bibliotecas em todo o país e os concelhos compreendidos pelo programa (RNBP) que datam de 2002 eram 209.

As condições das Bibliotecas melhoraram consideravelmente e consequentemente o número de utilizadores aumentou num país onde a leitura e a frequência a bibliotecas não são hábitos predominantes na população portuguesa.
Segundo estatísticas do INE (Instituto Nacional de Estatística – www.ine.pt ), no ano de 1987, em mil habitantes 158 eram leitores em bibliotecas e em 1996 este número subiu para 354.

Referências Bibliográficas:
Grão a Grão. Visão. [S.l: s.n.], 2002.

Por: Tânia Patrícia Silva Alves

segunda-feira, outubro 24, 2005

Uma Questão de Sobrevivência

Palavras Chave: Livrarias; concorrência de vendas; hábitos de leitura; APEL

A crise económica que se arrasta em Portugal ano após ano, não deixa indiferente a situação do livro e das livrarias.
As feiras do livro, a venda de livros nas grandes superfícies como os hipermercados, a Fnac, as novas tecnologias e a internet, têm sido as maiores causas de concorrência das livrarias tradicionais, a par desta situação junta-se o baixo poder de compra dos portugueses.

Segundo um estudo realizado em Março de 2004 pela APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros – http://www.apel.pt/), verifica-se que 90% das vendas de livros dizem respeito a pequenas e grandes superfícies livreiras, 35% a super e hipermercados, 26% nas feiras do livro, 9% nos clubes de livros, 5% por via postal , 3% porta a porta e finalmente 1% a alfarrabistas e internet.

Para além das causas de concorrência enumeradas anteriormente, alia-se o facto de Portugal ser um país de poucos hábitos de leitura, tal como se pode verificar através de inquéritos realizados aos portugueses pela APEL, dos quais se pode concluir que apenas 45% da população lê livros, isto porque os níveis económicos e culturais do nosso país são baixos.

Os portugueses que lêem muito constituem a chamada elite cultural, e normalmente são educados em famílias abastadas onde predomina o livro e o gosto pela leitura.
Esta situação pode explicar-se pelo facto destas famílias mais abastadas se concentrarem no litoral e onde se localizam a maior parte de livrarias.
Em contrapartida, existem concelhos que não têm uma única livraria e geralmente é nestes pequenos centros que se localiza a classe social com mais dificuldades económicas.

Referência bibliográfica:
Manual de Sobrevivência. «Jornal Expresso: cultura». (29 Jan. 2005).
Por: Tânia Patrícia Silva Alves

terça-feira, outubro 18, 2005

O que é o ponto de acesso público IPP?

No dia 13 de Outubro de 2005 foi inaugurado o ponto de acesso público IPP, no qual está disponível a rede de informação do Instituto Nacional de Estatística em bibliotecas do ensino superior. Este ponto de acesso resulta de uma parceria entre o Instituto Politécnico do Porto e o INE com o objectivo de disponibilizar a todos os utilizadores (internos e externos) dos Serviços de Documentação e Publicações – Biblioteca Central toda informação estatística oficial nacional.
Os SDP-BC disponibilizaram uma sala no 1º piso, na qual os utilizadores podem ter acesso: produtos em suporte papel, CD-ROM e Digital; toda a informação publicada no site do INE; destaques periódicos enviados pelo INE à Comunicação Social; dispõem de um telefone com ligação directa e gratuita ao INE para esclarecimentos adicionais e outros serviços de atendimento personalizado prestados pelo Instituto.


Ana Patrícia Pinto Pacheco

segunda-feira, julho 04, 2005

FAQ'S - Direitos de Autor

Um grupo de trabalho da Rede de Bibliotecas do IPP está a elaborar um trabalho sobre Direitos de Autor e Bibliotecas, sendo uma parte desse trabalho uma listagem de perguntas mais frequentes que os bibliotecários colocam no seu quotidiano, e para as quais serão encontradas respostas avalizadas. Esta a primeira versão da lsitagem de perguntas, sugestões são bem vindas.


1. O empréstimo domiciliário de materiais bibliográficos por uma biblioteca pode entrar em choque com alguma determinação do direito de autor?

2. Existe algum tipo de materiais bibliográficos que não possa ser objecto de empréstimo domiciliário?

3. Na minha biblioteca a fotocopiadora está em self-service, sendo portanto o leitor a tirar as suas próprias fotocópias, mas se este fotocopiar, por exemplo, um livro inteiro a biblioteca está a incorrer em alguma infracção?

4. A minha biblioteca tem alguns livros que vêm acompanhados de um CD-rom, mas como receio que este se extravie posso fazer uma cópia de segurança e emprestar a cópia e guardar o original?

5. A minha colecção de cassetes vídeo está em mau estado, e já não tenho equipamentos de leitura, posso fazer uma cópia destes vídeos para DVD?

6. Por cooperação inter-bibliotecas solicitámos e recebemos artigos de revistas em papel ou PDF para os nossos leitores, podemos guardar um cópia para a Biblioteca?

7. Uma biblioteca pode cobrar uma pequena taxa pelo empréstimo domiciliário de materiais bibliográficos?

8. Temos alguns livros com intensivamente consultados sendo ás vezes solicitado por mais de um utilizador simultaneamente, podemos fazer uma cópia destes livros só para uso interno?

9. Podemos ceder o login e password de acesso a determinadas bases de dados, de acesso pago, aos nossos leitores?

10.Se um leitor se ligar por VPN ao nosso sistema e a partir daí aceder a bases de dados de acesso pago estamos a infringir algum princípio legal?

11.Qual o numero máximo de páginas que o leitor pode fotocopiar de um livro?

12.Um artigo de uma revista com por exemplo 12 páginas pode ser todo fotocopiado por um leitor para fins de investigação e estudo?

13.Digitalizar páginas de um documento num scanner ou fotografar com uma câmara digital, é o mesmo que fotocopiar em termos de direitos de autor?
As teses de mestrado de professores da escola, bem como teses de bacharelato e licenciatura dos alunos são objecto de depósito na Biblioteca para consulta. Mas poderão ser ainda que parcialmente fotocopiadas?

terça-feira, junho 07, 2005

Arquivo Digital: gestão e serviços ao utilizador

Neste momento, em Portugal, vivemos perante a “novidade” da Sociedade de Informação e com tanto ruído e abundância de informação, os cidadão ficam mais exigentes. Ou seja, para um utilizador de um serviço de informação o seu objectivo é realizar a pesquisa de uma forma rápida e eficiente. Perante esta nova realidade, tem que se redefinir o trabalho dos arquivos para que possibilitem ao utilizador a possibilidade de alcançar melhores resultados, designadamente no acesso às fontes de informação.
No Arquivo Distrital do Porto, a Internet é usada como um instrumento de aproximação com utilizador e a colocação dos seu conteúdos disponíveis on-line permite resolver em tempo útil as necessidades do utilizador e a valorização do serviço público, com a demonstração de mobilização de energias e capacidades.
Ver mais em:
www.adporto.org/

Por: Ana Patricia Pacheco

sexta-feira, junho 03, 2005

Capacidade de Leitura é Baixa entre os Adolescentes

Palavras-Chave: Leitura; Adolescentes; Portugal

A capacidade de leitura entre os adolescentes é fraca. É o que se conclui do relatório sobre as capacidades de literacia para o mundo de amanhã, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O relatório efectuado pelas instituições citadas anteriormente, aborda um estudo realizado em 45 países, incluindo Portugal, o qual refere que 27,9% dos estudantes adolescentes revelam uma capacidade média de leitura e 24% estão num nível muito fraco.

No que diz respeito a Portugal, o estudo indica que a capacidade de leitura dos adolescentes portugueses é mais reduzida nas famílias mais pobres, a percentagem de rapazes que se dedicam à leitura entre duas horas por dia por entretenimento é de 6,3%, menos de metade da fasquia alcançada junto do sexo feminino, 17,9%.

Referências Bibliográficas:
BASTO, Fernando – Relatório da OCDE. Jornal Público. (9 Jul. 2003).

Por: Tânia Patrícia Silva Alves

quarta-feira, junho 01, 2005

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE – 5 JUNHO 2005

Definido pela Assembleia-geral das Nações Unidas, através da resolução 2994 (XXVII) em 1972, para marcar o início da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano, o dia 5 de Junho é comemorado todos os anos em mais de cem países.
Num dia em que se fala muito de poluição, extinção e consumo, são muitas as soluções apontadas mas poucas as convicções, por tudo isto deixamos alguns números que ilustram a realidade dos nossos dias:
- 18% da população mundial não tem acesso água potável
- 1/3 da população mundial não têm acesso a fontes modernas de energia
- 11000 milhões de espécies animais em risco de extinção
- 14,6 milhões de hectares de floresta perdidos na última década
- 1200 milhões de pessoas vivem com menos de 1 euro/dia

Alterar o actual cenário depende da vontade e das atitudes de todos. Afinal, todos os cidadãos têm direito a um ambiente de vida humano e ecologicamente equilibrado, mas também o dever de o defender.
(art 66º - Constituição República Portuguesa)

Por: Paulo Ferraz

Dia Mundial da Criança, qual o papel das Bibliotecas Públicas?


As Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a: afecto, amor e compreensão; alimentação adequada; cuidados médicos; educação gratuita; protecção contra todas as formas de exploração; crescer num clima de Paz e Fraternidade universais. Assim, o dia 1 de Junho realça a necessidade de relembrar à sociedade a necessidade de salvaguardar e formar as crianças, o nosso futuro. As Bibliotecas Públicas, de acordo com o Manifesto da UNESCO sobre Bibliotecas Públicas têm como uma das missões criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância, ou seja, devem apostar na dinamização e na formação deste utilizador, as crianças. Na minha opinião, como aluna de CTDI e participante em várias horas do conto acho que mais do que essencial é extremamente necessário que as bibliotecas públicas apostem nestas iniciativas, como por exemplo: www.evora.net/bpe/2005Bicentenario/dias/01_jun.htm

Por: Ana Pacheco

terça-feira, maio 31, 2005

Marketing Editorial

Ana Patrícia Pacheco – 9010109, CTDI 4º ANO
Cláudia Alves – 9010082, CTDI 4º ANO


Colaborar na disseminação de directrizes administrativas; fazer da produção do conhecimento uma fonte de cidadania; divulgar projectos culturais, desportivos e comunitários; especializar recursos humanos. Estas são algumas das metas possíveis através de instrumentos de comunicação dirigida, como boletins, vídeos, revistas, email, etc. E tudo isto é a base das Relações Públicas.
Este universo de conceitos e prática profissional também pode ser aplicado para o ambiente virtual, por meio de publicações editoriais on-line na forma de portais, revistas, informativos, jornais ou ainda boletins por email.
As publicações de uma empresa devem reflectir, em qualquer ocasião, a imagem institucional da mesma, o seu posicionamento, ou, como a empresa quer ser percebida pelo público, a quem se destina a publicação. Essa, inclusive, terá que ser a primeira providência: definir o público alvo, para o qual a sua publicação estará focada. Neste sentido, teremos duas espécies de publicações: as internas, dirigidas para os funcionários e colaboradores, e as externas, para clientes, fornecedores, parceiros e comunidade em geral. Para elaborar uma boa publicação interna devemo-nos sempre lembrar que os funcionários também são clientes em potencial, assim como os seus familiares, e que o sucesso da empresa está intimamente ligado ao grau de comprometimento que eles possuem para com ela. As publicações internas são importantíssimas para o fluxo de informações sobre o que acontece dentro da empresa. Portanto, é necessário que haja um representante de cada sector para fazer parte da equipa responsável para a elaboração do informativo ou boletim. Esta equipa reunir-se-á periodicamente, onde serão discutidos e escolhidos os assuntos publicados. Eles, obviamente, terão que ser do interesse do funcionário e a linguagem aplicada terá que ser acessível a todos. A periodicidade da publicação deve ser muito bem estudada: semanal, quinzenal, mensal, bimestral, etc. Uma vez definida, deverá ser rigorosamente respeitada, pois essa acção cria a expectativa de receber o próximo número.
Por último, qualquer publicação terá que ser avaliada constantemente e acompanhar a sua evolução, medindo o grau de interesse da equipa. É recomendável provocar situações interactivas, permitindo que os funcionários possam expressar a sua opinião e sugerir assuntos a serem abordados.
Se a decisão da empresa passa por uma publicação externa, valem todas as regras aqui expostas, porém a diferença básica é o público a quem está dirigida. Os interesses são outros e deverão ser discutidos também na reunião da equipa. Os temas escolhidos devem fazer parte do dia-a-dia dos clientes ou fornecedores, acompanhando sempre as mudanças do mercado. É importante criar também canais de comunicação com eles, promovendo cupões de resposta, sorteios de brindes, etc.
Editar livros, revistas, CD-ROM’s, sites da internet, são alguns dos trabalhos que um produtor editorial poderá executar. Ele é o responsável por todo o conteúdo e forma de uma obra. É ele quem selecciona os títulos a serem publicados e supervisiona todo o processo de produção, controlando os prazos e orçamentos. Define o tipo e o tamanho das letras, as cores, a paginação e as fotos ou ilustrações que serão publicadas. Determina a periodicidade, a tiragem, a época de lançamento e a distribuição da publicação. No mercado livreiro, por exemplo, o editor será o responsável por traçar uma identidade e os objectivos para a editora. É ele quem fará o contacto com os autores, os designers gráficos e os donos das editoras que viabilizarão o projecto. Já numa editora, este profissional deverá desenvolver o seu nicho de mercado, ou seja, avaliar, por exemplo, se um livro original de uma outra língua terá ou não mercado no País. Para isso, deverá montar uma boa equipa de tradutores e revisores e até caçadores de novos talentos. O trabalho de um produtor editorial aumenta, consequentemente, a procura de especialistas em marketing, já que uma boa divulgação pode fazer a diferença na tiragem de uma edição.
Como qualquer produto, a publicação empresarial, seja ela interna ou externa leva com ela a imagem da sua empresa, e, portanto, merece todos os cuidados relacionados com os aspectos de conteúdo, editorial e gráfico.
Bibliografia:
CASTELLS, Manuel – A Galáxia internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Gulbenkian, 2004.
ANSELMO, Artur – Estudos de História do Livro. Lisboa: Guimarães Editores, 1997.
MARTINS, Jorge M – Marketing do Livro. Oeiras: Celta, 1999.
SALAUN, Jean-Michel – Marketing des bibliothèques et des centres de documentation. Paris: Cercle de la Librairie, 1992

sexta-feira, maio 13, 2005

Indústria da Edição em Portugal

Ana Patrícia Pacheco – 9010109, CTDI 4º ANO
Cláudia Alves – 9010082, CTDI 4º ANO




O estado da edição e do mercado livreiro em Portugal pode se definir como “em crise”. Somos um país de escassos leitores a par de uma faixa enorme de população que não tem poder de compra, há uma elite cultural diminuta de onde saem os chamados “grandes leitores”. O sistema escolar é deficiente, exactamente à medida da ausência ou pobreza das bibliotecas, que é a literacia. Confinado o mercado dos livros a este espaço nacional nunca foram criadas as condições, neste campo, para uma relação normal com outros países de língua portuguesa.
Tudo isto, gera uma série de anomalias que a escassez de leitores explica uma rede deficiente de livrarias; as quais se encontram quase exclusivamente nos grandes centros urbanos.
Em Portugal, nunca houve uma forte indústria do livro, nomeadamente a primeira livraria era uma enorme superfície onde o utilizador para aceder a um tipo de livros mais especializados tinha que transpor numerosas salas e expositores cheios de ficção “light”.
A regra consistia na escassa produção editorial e muita sobriedade, o livro era como um objecto de consumo rápido e consagrado aos mais desvairados assuntos. Os livros que estão no catálogo não estavam esgotados mas encontravam-se nos armazéns dos editores ou dos distribuidores porque as livrarias não tinham espaço de armazenamento.
Actualmente, já nem sequer as novidades conseguem chegar às livrarias, um dos principais problemas dos editores de colocar os seus livros nas livrarias. A situação actual do mercado do livro em Portugal é dominada pela lógica das novidades, estes números incluem os livros escolares e as edições de autor e inúmeras instituições. Assim se explica que as livrarias não tenham capacidade para acolher todas as novidades e muito menos para armazená-las e criar fundos.
Os editores podem dizer que as livrarias prestam a um mau serviço, pois as livrarias queixam-se que as editoras “as afogam no mar de livros” que editam e para os quais é impossível haver compradores suficientes.
Os editores confirmam, que um livro tem mais ou menos um mês e meio para mostrar o que vale. Todo o processo de comercialização dos livros tende a eliminar aqueles que pertencem a esta segunda categoria, para a qual não foram criadas as necessárias defesas.
Hoje em dia, nenhum editor pode apostar em livros que têm uma produção cara e levam muito tempo a esgotar. O aumento de números de títulos publicados significa a condenação a uma vida breve e pouco gloriosa de muito deles. Nesta generalizada concentração de sinais de massificação da edição há uma concentração de vendas num número cada vez menor de autores.
Um mercado que se sustenta de novidades precisa de estar sempre a produzi-las, a um ritmo cada vez mais alucinante. Este retrato pouco complacente da situação editorial e do mercado do livro foi feito quando da instituição da lei do preço fixo do livro.
A abertura de hipermercados, com espaços cada vez maiores dedicados aos livros, e com descontos que nenhuma livraria podia praticar veio acentuar esta situação de “crise” (descontos esses feitos às custas das exigências dos editores, cada vez mais dependentes dessa forma de escoamento).
A edição de livros com o perfil pré-determinado de utilizadores (vendas em hipermercados) conduziu à redução da diversidade editorial e qualidade editorial. Esta débil situação viu-se agravada com a abertura das Fnacs, as quais têm fundos de catálogo e uma política de aquisição e exposição das novidades editoriais. Este êxito explica-se através do perfil de leitor português, um leitor generalista muito pouco especializado. As Fnacs agradam aos editores e distribuidores porque garantem a venda de volumes muito maiores e pagam nos prazos estabelecidos, coisa que as livrarias hoje em dia têm muita dificuldade em fazer.
O preço fixo do livro, ao contrário da missão inicial, a de reformular e especializar as livrarias tradicionais introduziu no mercado livreiro uma relação fechada de competição, o que traz consequências como o caso das feiras do livro que deixam as livrarias sem consumidores durante semanas.
Em Portugal, a actividade editorial e o mercado livreiro estão suspensos de equilíbrios tão precários que impera o medo, pois existe uma tendência para o aumento da oferta de títulos disponíveis acompanhado por um decréscimo acentuado da tiragem média de cada um. O crescimento no numero de títulos está directamente ligado a outro aumento, o de numero de editores a operar no país.
Na ultima década, mais importante que o aumento do número de bibliotecas foi a notória melhoria qualitativa dos seus serviços, o que reflecte num aumento claro do numero de utilizadores,
Portugal lê pouco, porquê? A falta de investimento na educação, o seu isolamento a nível europeu e a acção de censura oficial durante mais de metade do século XX resultou numa das taxas mais altas de alfabetísmo e literacia, o que ajuda a compreender esta realidade. O analfabetismo, a literacia, o baixo nível de habilitações académicas, o abandono escolar, a baixa formação profissional, e o fraco nível cultural são factores que estão todos ligados e que contribuem para o atraso e o fraco nível de competitividade internacional do nosso país.

Bibliografia:

CASTELLS, Manuel – A Galáxia internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Gulbenkian, 2004.

ANSELMO, Artur – Estudos de História do Livro. Lisboa: Guimarães Editores, 1997.

MARTINS, Jorge M – Marketing do Livro. Oeiras: Celta, 1999.

SALAUN, Jean-Michel – Marketing des bibliothèques et des centres de documentation. Paris: Cercle de la Librairie, 1992.

domingo, abril 24, 2005


25 de ABRIL Posted by Hello


“ Com que então libertos, hein?..”
(…)
De todo o coração gritemos o nosso júbilo, aclamemos gratos
Os que o fizeram possível. Mas, com toda a inteligência
Que se deve exigir do amadurecimento doloroso desta liberdade
Tão longamente esperada e desejada, trabalhemos cautelosamente,
Politicamente, para conduzir a porto de salvamento esta pátria
Por entre a floresta de armas e de interesses medonhos
Que, de todos os cantos do mundo, nos espreitam e a ela.

(Jorge de Sena. Santa Bárbara (EUA), 2 /5/1974

sexta-feira, abril 22, 2005

23 de Abril - DIA MUNDIAL DO LIVRO

Como é sabido no dia 23 de Abril comemora-se o Dia do Livro, por isso decidi compartilhar com todos vós, um pequeno excerto de Pablo Neruda Oda al libro (II) de Odes Elementares (1954). E se desejarem podem ir a este site Web para obterem mais informações acerca deste poeta. http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/neruda.htm. Podem também passar pela Biblioteca Central para consultar ou requisitar algumas das obras do autor http://ipac.sc.ipp.pt:81/.

"Oda al libro (II)

Libro
hermoso,
libro,
mínimo bosque,
hoja
tras hoja,
huele
tu pape
la elemento,
eres
matutino y nocturno,
cereal,
oceánico,
en tus antiguas páginas
cazadores de osos, ... "

terça-feira, abril 19, 2005

Que se pretende?

Dar “uma nova voz” aos SDP - Biblioteca Central do IPP através de um Blog

Aprender, fazendo, os caminhos do virtual, do electrónico e do digital é a nossa aposta principal, no ano de 2005.

A missão desta biblioteca não se confina à gestão de livros... entre quatro paredes de um grande edifício. Vai mais além.
Fonte de mil recursos e segredos a desvendar, quer entrar, por meio de um simples clique, em vossas casas.

Este blog é apenas uma das ferramentas a implementar nos próximos tempos, para aumentar a proximidade com os utilizadores da “geração Internet".
Na forja estão vários projectos, a lançar, em Maio: uma Newsletter mensal, um fórum de discussão sobre a B-on, um ponto de venda On-Line....

Mas não podemos apenas criar e divulgar estas ferramentas esperando que só por elas comecem a “andar” sozinhas. É preciso “alimentá-las”, “cuidá-las”, “renová-las”. Sem isso, estas valiosas ferramentas estão condenadas à ferrugem do fracasso.

Está na vontade e nas mãos de todos nós, mantê-las, com diálogo, cooperação, dinamismo e criatividade - a seiva de serviços públicos como as bibliotecas.

sexta-feira, março 18, 2005

teste

Não somos apenas uma biblioteca - edifício. Podemos ser bastante mais: um projecto cultural e de informação ao alcance da nossa vontade de o pôr em prática.
Este pretende ser um local de discussão de ideias e projectos nas diversas áreas que integram o vasto mundo das bibliotecas.