sexta-feira, dezembro 28, 2007

Viana inaugura a 20 de Janeiro nova biblioteca projectada por Siza

"A nova Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, desenhada por Álvaro Siza e orçada em cerca de 4,5 milhões de euros, será inaugurada no próximo dia 20 de Janeiro.Por enquanto, decorre o processo de transferência das várias colecções e arquivos que, no total, deverão rondar os 90 mil documentos. "Uma grande parte das colecções já foram transferidas, mas a documentação mais antiga está a ser alvo de um trabalho de higienização e desinfestação, que ainda demora", explicou ao DN Rui Viana, director da Biblioteca Municipal, actualmente a funcionar no edifício da Câmara.A inauguração da biblioteca marcará o início das comemorações dos 750 anos da atribuição do Foral ao município. Localizada no extremo nascente da nova Praça da Liberdade, a biblioteca é constituída por um volume elevado de cerca de 1850 metros quadrados, com um vazio central, no piso térreo, permitindo a vista sobre o rio Lima a quem se encontra a norte da estrutura obtida pela elevação do primeiro andar.O edifício contempla uma sala de trabalho, secção multimédia, vídeo e áudio, várias zonas de leitura, uma área para o Centro de Informação e Documentação Europeia e outra para auto-formação de adultos e aprendizagem à distância. Os mais novos contam também com um espaço próprio (que não colide com a área de leitura), com uma sala do conto, atelier de expressão e zonas de leitura.Quanto ao espólio, é constituído por três fundos: um de livros de consulta livre; outro de periódicos, entre os quais alguns centenários, e um outro de colecções mais antigas, este de acesso mais limitado. Em curso está já o processo de transferência dos cerca de 90 mil volumes que, a 2 de Janeiro, obrigará ao encerramento das actuais instalações.O serviço, acrescentou o director da centenária biblioteca pública de Viana do Castelo, será suspenso até ao dia 20, passando depois a funcionar já no novo edifício, na marginal do rio Lima - que oficialmente abriu portas em Setembro para acolher a reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE. No piso superior da nova infra-estrutura ficam as três salas principais, designadamente a Sala Luís de Camões, voltada ao rio, que está apetrechada com uma mesa oval em bétula com 32,5 metros de perímetro, executada pelo marceneiro José Simões, sob projecto de Siza, e que serviu de base à reunião dos 27 ministros, a 7 e 8 de Setembro"

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Biblioteca de Alexandria vai debruçar-se sobre cultura grega

"A Biblioteca de Alexandria vai criar até finais de 2008 um Centro Alexandrino de Estudos Helénicos, que servirá como ponte de cultura no Mediterrâneo, foi hoje anunciado em Atenas"

Fonte: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=72249

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Boas festas......

O concurso de vídeos “BiblioFilmes – Livros, Bibliotecas, Acção!”

"O Concurso

No âmbito do Plano Nacional de Leitura lançado pelo Governo de Portugal, um grupo de professores, decidiu criar um concurso que pretende lançar um desafio à comunidade da Língua Portuguesa a fazer um "filme" (em vídeo ou telemóvel) a contar a sua história e provar o quanto gostam da sua biblioteca e/ou de um livro."

Há “Contrabando” na Biblioteca Pública

"A encenação de “Contrabando Original”, adaptada pela Companhia de Teatro “O Dragoeiro” a partir da obra com o mesmo nome do autor açoriano José Martins Garcia, revela-se inesperada, desconcertante, animada e irónica. Vernácula, também.
A peça, original, estreou ontem e volta hoje a “subir ao palco” às 16h00 e 21h30, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.O “Açoriano Oriental” assistiu ao ensaio de um dos momentos da peça e conversou com a “contrabandista-mor”, Ana Amorim.A encenadora explicou que nesta adaptação feita por Ana Lúcia Santos, é-nos mostrada “a progressão na vida do principal personagem, Miguel Rafael, sob vários pontos de vista.”Em Monte Bravo, terra “inventada” por José Martins Garcia no Pico, ilha onde nasceu, é “onde tudo se passa, onde nada acontece, onde as pessoas estão todas paradas” e onde surge a vontade de “querer sair”.O cartaz diz que a peça é para Maiores de 16, uma indicação institucional mas, reconhece Ana Amorim, este não é, “definitivamente, um espectáculo para crianças”. Isto porque, explica, a escrita de José Martins Garcia não é “de fácil leitura e não é de fácil compreensão para uma criança”. Durante cerca de uma hora e meia, quem for à Biblioteca pode “esperar ver muito contrabando e ver uma grande loucura teatral que nós construímos juntos...”, diz.Em palco estão três divertidos jovens actores, a levar a sério.Carolina Bettencourt, de 23 anos, partiu de São Miguel para frequentar o curso de teatro, que já concluiu e ser actriz. Percebe bem o sentimento de “insularidade” que extravasa da peça.“A solidão da ilha e a solidão por não ter ilha”, comenta.Ela e Frederico Amaral, de 22 anos, conheceram-se já lá vão uns anos, ainda antes do sonho e da vontade de ser e fazer os ter levado até à Academia Contemporânea do Espectáculo, no Porto.Para Frederico, estar no “Dragoeiro” e interpretar esta peça é também tentar explicar o que “é ser açoriano e sair da ilha, o que é muito difícil de explicar... “.“E regressar”, perguntamos? “Regressar é sempre muito bom, eu por mim vivia aqui sempre, mas isso não é possível nesta profissão”, responde.Já de André Nunes, de 28 anos, nascido em terras do continente e que depois da participação na novela “Ilha dos Amores” aparenta ter sido enfeitiçado pelos Açores, quisemos saber se é assim tão difícil perceber o que é ser-se açoriano.“Parece-me que não... Já vivi junto a uma praia, numa aldeia piscatória, com ausência de oportunidades, onde existe vontade de sair e onde quem não sai fica preso aos grilhões do tempo, como diz o texto”, mas não é o mesmo que “ter oceano por todo o lado”, pondera.Francisco Amaral faz outra citação: “A vida fora da ilha não é assim tão boa, a vida fora da ilha não é assim tão má!”Para ver, rir e... Reflectir. "

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Encontro com Escritores na Moita - Manuela Gonzaga apresenta livro na Biblioteca Municipal

"A escritora Manuela Gonzaga vai estar na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita, no dia 15 de Dezembro, pelas 15 horas, para participar na iniciativa “Encontro com Escritores” e apresentar o seu mais recente livro da colecção “O Mundo de André”, intitulado “André e o Lago do Tempo”.
Manuela Gonzaga, natural do Porto, é licenciada em História e trabalhou como jornalista em vários órgãos de comunicação social. A escritora é colaboradora regular das revistas “Vogue”, “Máxima” e “História”. Sinopse:Durante um passeio da escola ao Oceanário, André desaparece. A polícia encontra-o horas mais tarde, mas o rapaz não explica o que lhe aconteceu. Dias depois, o menino cai à cama e fica cheio de febre. Depois de curado, André espreita a Esfera Mágica, entrando num mundo hostil, um reino de metamorfoses, onde um monstruoso caranguejo o aguarda."

Na Biblioteca de Setúbal - Apresentação de livro de Crónicas

"Crónicas de um Cidadão Comum, de Augusto Martins, é apresentado na sexta-feira, às 18h00, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal.
O livro, refere um texto da editora, é a "autobiografia de uma pessoa perfeitamente comum que romanceia os episódios mais significativos da sua vida".O autor, natural do Torrão do Alentejo, vive em Setúbal. "

Fonte: http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=130771&mostra=2

segunda-feira, dezembro 10, 2007

BN:Compra de obras de Mário de Sá Carneiro foi «fundamental»

"A aquisição do manuscrito «Indícios de Oiro», colectânea de poemas de Mário de Sá-Carneiro, e de outros três cadernos do autor, foi «fundamental para o património bibliográfico nacional e para a cultura portuguesa», afirmou hoje Jorge Couto.
Em declarações à Agência Lusa, o director da Biblioteca Nacional (BN), que representou quinta-feira à noite o Estado no leilão da Galeria Potássio4, adquirindo as obras por um total de 33.000 euros (incluindo taxas) acrescentou que o manuscrito «passa a ser o documento mais importante do espólio do escritor» na posse da Biblioteca.
As obras - «também muito importantes para a história do Modernismo português» - vão juntar-se ao espólio de 72 documentos de Mário de Sá-Carneiro detidos pela BN, constituído por poesias, contos, escritos de juventude, cadernos escolares e cartas.
«Infelizmente, o autor destruiu muitos dos seus escritos e por isso são poucos os que restaram, daí o seu valor», sublinhou o responsável, acrescentando que foi possível recolher alguns que enviou a amigos, nomeadamente a Fernando Pessoa. Mário de Sá-Carneiro nasceu em 1890 e faleceu em 1916.
Jorge Couto referiu que o manuscrito «Indícios de Oiro» tinha um valor-base de licitação de 5.000 euros e a leiloeira previa que atingisse 7.500 euros, mas «surgiram muitos interessados em adquirir o documento, que acabou por atingir 19.000 euros», e o Estado exerceu então o seu direito de opção de compra.
O director da BN, presente no leilão, salientou que a compra do manuscrito e de outros três cadernos de Mário de Sá-Carneiro «representou um esforço muito elevado para o Ministério da Cultura, sobretudo pela inesperada elevada licitação».
Os três cadernos de Mário de Sá-Carneiro adquiridos pela BN também atingiram 8.500 euros, quando a base de licitação era de 1.500 euros e previa-se que não ultrapassassem os 2.500.
Dois dos cadernos contêm muitas notas do escritor e também as revistas Orpheu 1 e Orpheu 2. Num terceiro caderno, criado postumamente, foram reunidos recortes de jornais soltos nos quais também estão contidas algumas anotações.
Um quarto caderno de Sá-Carneiro foi arrematado por 7.200 euros (a base de licitação era de 700 euros) mas não chegou a ser adquirido pela BN, porque, justificou o director, «continha apenas recortes de jornais, sem notas manuscritas».
No leilão foi ainda arrematada por 11.000 euros uma fotografia de Fernando Pessoa aos dez anos, com uma dedicatória, oferecida pelo poeta a uma amiga.
«Os documentos essenciais foram adquiridos pela Biblioteca Nacional», concluiu o responsável, observando que não foram dados a conhecer no leilão os compradores do caderno de recortes nem da fotografia de Pessoa, pois «a licitação decorreu praticamente toda pelo telefone e pela internet».
O manuscrito «Indícios de Oiro» e os três cadernos vão receber um tratamento especial de limpeza e preservação antes de se reunirem ao restante acervo do escritor detido pela BN, e deverão estar disponíveis para consulta dentro de cerca de três meses, indicou à Lusa."

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Beja cria novo arquivo para conservar acervo com um século

"A Câmara de Beja anunciou a recuperação de um edifício na cidade para albergar o Arquivo Municipal, cujo acervo, que inclui documentos com mais de um século, está espalhado por diversas instalações da autarquia.
«O objectivo é criar um único espaço para albergar e conservar todos os documentos do Arquivo Municipal de Beja (AMB), alguns com mais de 100 anos, que actualmente estão espalhados em várias instalações da autarquia», explicou hoje à agência Lusa o vereador Francisco Caixinha.
Num investimento total de 275 mil euros, o município vai recuperar, adaptar e equipar o armazém dos antigos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento para albergar as novas inalações do AMB.
As obras, já adjudicadas e previstas durar quatro meses, deverão começar «este mês ou em Janeiro», adiantou o vereador, prevendo que o novo Arquivo Municipal comece a funcionar «em Maio ou Junho» do próximo ano.
Através do futuro AMB e pela primeira vez na história do município de Beja, frisou Francisco Caixinha, o público em geral vai poder aceder e consultar o Arquivo Fotográfico do concelho, que contém fotografias desde 1890 até à actualidade.
Além do acervo fotográfico, o AMB inclui documentos provenientes dos vários serviços da autarquia, nomeadamente do Gabinete de Apoio à Presidência, do qual a documentação mais antiga data de 1940."

Um tesouro chamado biblioteca

"O edifício da Biblioteca da Póvoa de Varzim assinalou 15 anos de existência. Na passada sexta-feira, fecharam-se as comemorações que pretenderam fazer um historial daquele espaço e perspectivar o que vai ser no futuro. Manuel Lopes foi também lembrado

A última sexta-feira foi dedicada à reflexão sobre duas décadas de existência da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, uma iniciativa organizada pela Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, no âmbito das comemorações dos 15 anos de existência do actual edifício. "20 anos de mudança e inovação nas bibliotecas públicas", "6 olhares sobre os desafios da leitura pública", foram os temas propostos e que os oradores presentes e convidados explanaram. E é bem verdade que as bibliotecas tiveram uma acção preponderante na luta contra a marginalização numa sociedade do conhecimento e da informação. A este propósito, Isabel Sousa lançou a questão "Se ler é poder, para quem e até quando?".

"Aos bibliotecários cabe fazer leitores e para isso é preciso saber ler. E o Sr. Manuel Lopes tinha todos os defeitos e todas as virtudes de um autodidacta, insuportavelmente intransigente, de um mau feitio que se transformou num modo de ser. Mas era um leitor que contagiava leitores" [...]"
Fonte: e notícia completa: Póvoa Semanário

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Cinco séculos de erotismo em exposição na capital francesa

"PARIS (AFP) — A Biblioteca Nacional da França (BNF) abre pela primeira vez as "portas do inferno", e expõe em Paris seus livros e gravuras "contrários aos bons costumes", mantidos em sigilo há mais de 150 anos.
Proibida excepcionalmente para os menores de 16 anos, a exposição "Eros em segredo" apresenta, a partir desta terça-feira e até o dia 2 de março, cinco séculos de erotismo, ilustrados com manuscritos de Sade ou de Apollinaire, com estampas obscenas e fotos pornográficas.
"O inferno" é um lugar imaginário, que corresponde a uma categoria criada em 1844 pela BNF para compilar as obras "tendenciosas".
As primeiras são do século XVI, mas é principalmente o século XVIII, conhecido também como o século da libertinagem, que alimenta as coleções.
"Eros em segredo" também apresenta manuscritos e edições originais de textos de Sade. O marquês escreveu a maior parte destes textos, como "La philosophie dans le boudoir", A Filosofia na Alcova, segundo uma tradução livre, ou "Les infortunes de la vertu" quando estava na prisão.
Com a Revolução de 1789 chegaram os panfletos de baixo calão ao serviço da política, com Maria Antonieta sendo acusada de transar com todo mundo.
A coleção também foi alimentada por muitas edições confidenciais encontradas durante batidas policiais em casas de particulares, a tal ponto que em 1844, a Biblioteca real decidiu reuní-las numa única categoria, cuja consulta é estreitamente controlada.
Entre outras curiosidades, a BNF apresenta hoje alguns guias práticos da época, entre eles o "Almanaque dos endereços das donzelas de Paris", "l'Almanach des adresses des demoiselles de Paris", com suas tarifas e suas especialidades (1791).
No século XIX, "As Flores do Mal" (Les fleurs du mal) de Charles Beaudelaire (1857), cuja publicação provocou um enorme escândalo, mas também textos de Mérimée ou Verlaine, se juntaram ao "inferno", ao lado das primeiras fotografias pornográficas.
Guillaume Apollinaire abriu o século XX com "Les 11.000 verges" (1907), e trabalhou no primeiro catálogo impresso das coleções.
Pierre Mac Orlan, Georges Bataille e Pierre Lous, cujos "Textes érotiques d'une violence incroyable" foram descobertos depois de sua morte, em 1925, também foram para o "inferno", seguidos pela misteriosa Pauline Réage ("Histoire d'O").
Em 1968, quando a BNF quis comemorar o 50º aniversário da morte de Apollinaire, muitos de seus manuscritos ainda estavam no "inferno" e dificilmente podiam ser expostos. Eles foram inicialmente desarquivados, e o "inferno" acabou fechando suas portas um ano depois."

Nasceu a Biblioteca Aberta do Ensino Superior


Alunos deficientes de sete universidades vão ter acesso à BAES. Reúne já três mil títulos em áudio, braille e digital.

A Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES) teve hoje, segunda-feira,[3 Dezembro] o seu primeiro dia de vida. A apresentação da iniciativa, na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, assinalou a data em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Após um ano de implementação do projecto, coordenado pela Universidade do Porto, a BAES está pronta a funcionar. "Partilha, colaboração e cooperação" são linhas orientadoras do projecto.
A "redução do fosso entre informação disponível e informação acessível" é um dos principais objectivos da BAES apontados por Alice Ribeiro, coordenadora do projecto. A BAES é uma infra-estrutura de pesquisa on-line que pretende melhorar o acesso à informação para estudantes do ensino superior com necessidades educativas especiais, através da leitura em formatos alternativos (áudio, braille e digital).
Sete universidades
As obras disponíveis foram escolhidas de acordo com os pedidos dos estudantes das diferentes universidades. Com um acervo de cinco anos, pertencente a cinco instituições nacionais do ensino superior, a BAES conta já com três mil títulos nos diferentes formatos, que estarão acessíveis a estudantes de sete universidades (Porto, Coimbra, Lisboa, Técnica de Lisboa, Minho, Évora, Trás-os-Montes e Alto-Douro).
De acordo com Alice Ribeiro, a biblioteca vem ainda sensibilizar a comunidade para diferentes necessidades de acesso. "Temos que encarar estas necessidades não como uma deficiência, mas como uma diferença", disse.
"Sincronia de saberes"
O projecto, que custou meio milhão de euros e foi financiado pelo POS - Conhecimento, resultou de uma "sincronia de saberes e instituições". "Informáticos, bibliotecários e técnicos dos serviços de apoio viviam de costas viradas. Foi necessário promover o diálogo interno", o que constituiu uma das grandes dificuldades, contou Alice Ribeiro.
Neste momento, todos podem aceder ao registo da informação, mas apenas os estudantes autenticados têm acesso aos textos integrais. No futuro, a BAES pretende abrir-se a novos parceiros e a novos formatos."
Fonte: JPN


Biblioteca Digital abre janela para a cultura alentejana

"A primeira Biblioteca Digital do Alentejo (BDA) vai ser apresentada a 12 de Dezembro em Évora, num projecto considerado pioneiro para a valorização, preservação e difusão do património documental histórico-cultural da região.
De acordo com os promotores, que hoje anunciaram a iniciativa, o projecto constitui o único fundo documental virtual do Alentejo, sendo a primeira biblioteca digital de expressão regional.
A Biblioteca Digital, desenvolvida pela Fundação Alentejo - Terra Mãe, através do Centro de Divulgação da História e da Sociedade do Alentejo, vai permitir o acesso, via Internet, através do portal http://www.bdalentejo.net.
O projecto prevê o acesso a diversos fundos documentais relativos à história e cultura do Alentejo.
Inicialmente, a BDA vai colocar on-line cerca de 300 obras de âmbito literário, científico, memorialístico e periodístico.
A BDA foi desenvolvida no espaço de um ano e meio, tendo a sua concretização implicado a celebração de diversos acordos de parceria entre a fundação e várias instituições. "
Fonte: Diário Digital / Lusa

Na sala dos livros brancos

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: 03.12.2007
"Os olhos nunca pousam no monitor dos computadores. As mãos passam com rapidez pelos teclados e, de quando em quando, fazem uma pausa para os dedos tocarem nos pontinhos brancos salientes abaixo. Branca é, aliás, a cor dos livros alinhados nas estantes das salas, todos eles sem “letras a negro”. Mesmo assim cheira a livros, a livros amarelecidos pelo tempo onde a humidade deixou as únicas marcas que contrastam com o picotado das páginas.Na Área de Leitura Especial (ALE) da Biblioteca Nacional, em Lisboa, todos os dias se trabalha para que a leitura de obras em Braille ou em formato áudio seja cada vez mais diversificada e fácil para os deficientes visuais. Inicialmente designada como “Serviço para Cegos”, a ALE existe desde Dezembro de 1969 porque ler, para muitos, é juntar as letras a negro num fundo branco mas para outros é percorrer com os dedos uma folha branca ou, simplesmente, ouvir.Isidro Rodrigues é director desta secção desde 2003, mas foi em 1968 que começou a colaborar com o serviço. Apesar da evolução tecnológica da sociedade nas últimas décadas, considera que esta está “menos desperta” para os problemas dos “outros”, “distraída pela enorme quantidade de informação que circula”.Acessos difíceisContudo, se a informação chega a todo o lado de forma cada vez mais eficaz o mesmo não se pode dizer de um deficiente visual que se dirija à ALE, já que as instalações da Biblioteca Nacional não estão preparadas para estes “inquilinos”, acusa Isidro Rodrigues. Três lances de escadas, duas portas de vidro, uma paragem na zona de segurança. Mais um lance de escadas e outras duas portas de vidro que abrem para ambos os lados e, por fim, uma discreta porta à esquerda indica o nome do serviço.Um dos problemas apontados pelo director de 65 anos é precisamente o nome do serviço que “não diz nada” e leva as pessoas a pensar que se trata de uma “área com documentos em grego, árabe ou chinês”. Espera-se que, com a nova lei orgânica para a Biblioteca Nacional, a proposta de alteração de denominação seja aceite, passando a chamar-se “Área de Leitura para Deficientes Visuais”, o que permitirá uma divulgação mais eficaz.Jerónimo Nogueira, professor de Filosofia no ensino secundário, é um dos leitores assíduos da ALE. Foi depois de ter cegado num acidente de automóvel que, durante a reabilitação na fundação Schein, lhe deram este contacto. Diz que utiliza qualquer formato, mas que “Braille é Braille e permite tirar notas”.Isidro Rodrigues, licenciado em germânicas, partilha a mesma opinião. Sente que os áudio livros são essenciais para quem não sabe ler Braille, mas que nunca são “um encontro com o escritor”. Mesmo assim, tenta que as obras que produzem “deixem uma margem para o leitor as recriar”, já que “têm tanto valor quanto mais possibilidades houver de as interpretar”.A ALE funciona como uma segunda casa. O espaço é familiar e, por isso, as bengalas brancas ficam à porta. Todos conhecem as regras e ninguém muda nenhum objecto de lugar sem avisar. É também conveniente que nenhuma porta fique entreaberta, para evitar “cabeçadas”. Falta de condiçõesDos 11 funcionários, apenas dois são normovisuais (pessoas sem deficiência visual), mas as tarefas são executadas por todos com “perfeccionismo”. Cada um sabe o que tem a fazer, mas “se for preciso faz-se de tudo um pouco”. Isidro Rodrigues diz que têm também “uma enorme ajuda por parte dos voluntários”. Contam já com mais de vinte e, uma vez mais, o problema é a falta de instalações, o que os leva a recusar mais pessoas. Os poucos computadores “da idade da pedra” são partilhados por todos e bloqueiam com frequência. O novo “software” instalado na Biblioteca Nacional não é compatível com os programas que o serviço necessita, pelo que só dispõem de uma versão provisória que se desliga de 45 em 45 minutos. O trabalho dos voluntários consiste em passar livros a computador ou em fazer leituras num estúdio de gravação para os áudio livros, disponibilizados em cassetes. Os estúdios são apenas dois e com um horário limitado, tanto pelo número de horas como por necessitarem de um deficiente visual especializado, que controle a qualidade da leitura e domine os meios técnicos. Esta parte do trabalho bem como a impressão em Braille são realizados nas “catacumbas”. Umas escadas estreitas dão acesso ao local frio e escuro. O caminho não é fácil. O chão é irregular, com buracos e o tecto parece não resistir muito mais tempo. O barulho das agulhas das impressoras a cravarem-se no papel completa a imagem fabril. É por acreditarem na importância do que fazem que continuam, garante o director.Isidro Rodrigues considera que “a leitura é muito boa para toda a gente” e, para os cegos, “fundamental”. “É uma porta para a informação. As pessoas vão na rua e lêem sempre os letreiros dos autocarros, os cartazes…e nós não, só temos o livro que nos põem à frente”. Apesar disso, defende que “o tacto é analítico, só vê o que está debaixo da ponta do dedo, enquanto que o olho é abrangente” o que “dispersa mais as pessoas”. Para o director da ALE, “a década de 50/60 foi um salto tremendo para as pessoas cegas”. Com o aparecimento de centros de reabilitação, juntamente com uma “política de formação profissional”, “foram integrados em empresas”, em especial em trabalhos como “telefonistas ou ligados à metalurgia”. Sente que, hoje, voltaram “a ser o ceguinho ou o invisual no autocarro” e se as pessoas acham os “eufemismos importantes então faça-se a vontade”, queixa-se. No entanto, admite preferir a palavra “deficiente visual”, já que é mais abrangente, podendo-se nela incluir os “cegos e amblíopes”. Para além disso, “não chamamos aos surdos inaudíveis” e, de acordo com a etimologia da palavra, “invisual é aquilo que não é visível”, ironiza com um sorriso crítico.Ruben Portinha, estudante de Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, diz não recorrer a este tipo de serviços em bibliotecas por dificuldades de locomoção, inerentes à deficiência visual. Para o estudante de 20 anos a “informática é hoje a grande ferramenta” tendo como endereços favoritos na Internet os sites “lerparaver” e “livresco”.Enquanto luta contra a falta de apoios, a ALE vai trabalhando com os meios possíveis. Espera-se, porém, que tudo melhore e que a voz monocórdica e metálica, sempre presente, do sintetizador de voz também se humanize. Até lá vão recordando com boa disposição alguns pedidos de leitura caricatos e inesperados, como o de alguns camionistas que gostavam de ter cassetes com romances para os ajudar a passar as longas viagens."

Presidente da República inaugura Biblioteca

"O Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, inaugura, no próximo dia 14 de Dezembro, pelas 16 horas a Biblioteca Municipal, um investimento de mais de 3,1 milhões de euros.

A ministra da Cultura também foi convidada, mas até à hora do fecho da edição ainda não tinha confirmado se estaria ou não presente.O edifício, localizado na zona escolar e desportiva, quando abrir, disponibilizará aos seus utentes um fundo documental composto por 35 000 obras, entre livros, cd’s e dvd’s. No final de 2008, aquele número deverá subir para os 50 000.O piso superior do edifício, onde se situa a sala de leitura, está destinado ao público adulto, enquanto o primeiro piso é reservado ao público infanto-juvenil. No primeiro piso localizam-se ainda o auditório, bar com esplanada e serviços administrativos. Na cave, para além de parque de estacionamento para funcionários e público, localiza-se ainda o depósito da biblioteca.Embora o quadro de pessoal seja de 26 funcionários, na abertura são apenas 18, embora por exigência do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas tenha de aumentar."

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Biblioteca Municipal de Oliveira de Azeméis abre portas dia 14

"Era para ser inaugurada em 2006, mas não foi. Vai ser passado um ano, mais concretamente no próximo dia 14. Finalmente os oliveirenses vão poder usufruir da ‘sua’ Biblioteca Municipal Ferreira de Castro.
Localizada nas imediações da Escola Secundária Soares Basto e da Escola EB 1 de Oliveira de Azeméis nº 4 (Fonte Joana), a nova Biblioteca Municipal (BM3) — que tem o nome do famoso escritor osselense, Ferreira de Castro — vai finalmente abrir as portas ao público. A inauguração está marcada para sexta-feira, 14 de Dezembro, à tarde, e Gracinda Leal, vereadora da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, já tratou de convidar para o acto os comissários que, assim como ela, fazem parte da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) local. Fê-lo no passado dia 23, no final da reunião da CPCJ.
A abertura deste ‘majestoso’ edifício chegou a estar prevista para 2006, mas motivos de força maior adiaram-na até ao final deste ano. Digamos que, desta vez, o ‘Pai Natal’ vai trazer uma das ‘prendas’ pelas quais os oliveirenses anseiam há muito tempo."
A BM3 vai aumentar a oferta cultural aos munícipes e à população escolar, possibilitando o recurso às mais modernas tecnologias de informação e comunicação. Em termos arquitectónicos, é um espaço transparente, com visão ampla para o exterior através de uma fachada envidraçada. Os serviços ocupam os dois pisos da BM3, numa área total de 4 200 m2. Projectado em forma de ‘U’, o imóvel da autoria do arquitecto José António Lopes da Costa estende-se pelas Rua General Humberto Delgado, a norte, e a Rua da Imprensa Oliveirense, a poente.
Além da leitura e consulta, o lazer e o entretenimento serão áreas privilegiadas da Biblioteca Municipal Ferreira de Castro. A relação com o exterior é outra característica dominante sendo o equipamento indicado para o desenvolvimento de actividades complementares à biblioteca, aproveitando a existência de um anfiteatro. A secção infanto-juvenil é constituída por um corpo autónomo caracterizado por espaços com diferentes valências. Além da zona de leitura, as crianças e jovens terão à disposição um ateliê de expressão, zona de computadores e uma sala do conto.
No primeiro piso fica situada a secção de adultos com diversos espaços de estar e de leitura. À entrada situa-se o atendimento e a sala de auto-formação e dos periódicos. Outras zonas estarão disponíveis nesta área: salas de áudio e vídeo e zonas de empréstimo e de consulta"

Livro: Biblioteca - Zoran Zivković

"Qualquer bibliófilo gostará certamente de livros que falem sobre livros. E irá tremer ao reconhecer-se nas palavras doces de amor à literatura. Na paixão violenta que o impele para os livros, qual caçador de sonhos e páginas amarelecidas. Ao ler um livro sobre o amor pelos livros, o bibliófilo irá identificar-se com o narrador ou as personagens literárias. Porque um amante da literatura vive a (da) literatura e sabe que não existe muito mais para além dos livros.
Biblioteca reúne 6 contos fantásticos sobre 6 bibliotecas: a virtual, a particular, a nocturna, a infernal, a mínima e a requintada. As personagens, intimamente ligadas aos livros, sofrem mil e uma peripécias à custa do seu encanto pela literatura [...]



É impossível não ligar os contos de Biblioteca à ideia borgesiana de ‘Biblioteca de Babel’, onde o mundo está inundado por uma quantidade infinita de livros. Mas nem tudo são rosas: Zoran Zivkovic não nos apresenta o livro como um objecto precioso mas infernal que vai dar cabo da vida aos bibliófilos. Apesar disso, os contos são tão bonitos e magníficos que o leitor depois de começar a ler já não conseguirá parar. "

Biblioteca quer ser referência nacional on-line

" A página web da biblioteca do Centro de Informação Europeia Jacques de Delors foi renovada com o objectivo de se tornar uma referência nacional no que diz respeito à disponibilização de documentos sobre assuntos europeus on-line. A remodelação da biblioteca virtual Infoeuropa foi desenvolvida em parceria com a Direcção-Geral de Assuntos Europeus e traz aos utilizadores uma nova interface de pesquisa considerada mais acessível e novos serviços e funcionalidades. Actualmente esta biblioteca tem disponíveis cerca de 30 mil documentos, desde os mais complexos tratados até simples brochuras ou catálogos, que podem ser descarregados gratuitamente."

Biblioteca Digital Europeia dá mais um passo

"Um grupo de alto nível esteve esta semana reunido em Bruxelas com a Comissão Europeia para debater o ponto de situação do projecto de criação de uma Biblioteca Digital Europeia, que recentemente instituiu uma Fundação composta por bibliotecas, museus e outras instituições. De acordo com a CE um protótipo de Biblioteca Digital Europeia deverá estar pronto em Novembro do próximo ano, permitindo o acesso a pelo menos dois milhões de documentos digitais, entre os quais se encontram livros, fotografias, mapas, registos de arquivo e filmes, disponibilizados por várias instituições culturais dos 27. Em comunicado a comissária europeia para a Sociedade da Informação, Viviane Reding, defende que a fundação criada pelas instituições culturais «é um passo significativo para tornar esta ambição uma realidade», pois «demonstra o seu compromisso em trabalharem juntas para tornarem as suas colecções disponíveis ao público em geral a partir de um ponto de acesso comum e multilinguístico on-line». Depois de apresentado o protótipo a CE acredita que em 2010 deverão estar on-line mais do que os seis milhões de artigos previstos inicialmente. Contudo para o cumprimento destes objectivos a CE avança que ainda há dois grandes obstáculos a ultrapassar: o financiamento dos processos de digitalização e soluções para tornar as obras protegidas com direitos de autor disponíveis na Internet."