Palavras Chave: Livrarias; concorrência de vendas; hábitos de leitura; APEL
A crise económica que se arrasta em Portugal ano após ano, não deixa indiferente a situação do livro e das livrarias.
As feiras do livro, a venda de livros nas grandes superfícies como os hipermercados, a Fnac, as novas tecnologias e a internet, têm sido as maiores causas de concorrência das livrarias tradicionais, a par desta situação junta-se o baixo poder de compra dos portugueses.
Segundo um estudo realizado em Março de 2004 pela APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros – http://www.apel.pt/), verifica-se que 90% das vendas de livros dizem respeito a pequenas e grandes superfícies livreiras, 35% a super e hipermercados, 26% nas feiras do livro, 9% nos clubes de livros, 5% por via postal , 3% porta a porta e finalmente 1% a alfarrabistas e internet.
Para além das causas de concorrência enumeradas anteriormente, alia-se o facto de Portugal ser um país de poucos hábitos de leitura, tal como se pode verificar através de inquéritos realizados aos portugueses pela APEL, dos quais se pode concluir que apenas 45% da população lê livros, isto porque os níveis económicos e culturais do nosso país são baixos.
Os portugueses que lêem muito constituem a chamada elite cultural, e normalmente são educados em famílias abastadas onde predomina o livro e o gosto pela leitura.
Esta situação pode explicar-se pelo facto destas famílias mais abastadas se concentrarem no litoral e onde se localizam a maior parte de livrarias.
Em contrapartida, existem concelhos que não têm uma única livraria e geralmente é nestes pequenos centros que se localiza a classe social com mais dificuldades económicas.
Referência bibliográfica:
Manual de Sobrevivência. «Jornal Expresso: cultura». (29 Jan. 2005).
Por: Tânia Patrícia Silva Alves
segunda-feira, outubro 24, 2005
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