terça-feira, fevereiro 27, 2007

Arquivos da I Guerra Mundial na Internet


"O Reino Unido colocou on-line o seu acervo histórico relativo à Primeira Guerra Mundial. A iniciativa do Arquivo Nacional Britânico e do grupo Ancestry.co.uk surge cerca de 90 anos depois do fim do conflito. O arquivo apresenta a experiência de milhares de soldados do Reino Unido que estiveram presentes no conflito. Esta base de dados contém 40 milhões de documentos e cartas de 2.5 milhões de soldados, entre sobreviventes, mortos em combate ou por doença e assassinados por deserção do período entre 1914 e 1929. De acordo com Simon Harper, director do Ancestry.co.uk, esta iniciativa representa «uma história rica e completa sobre milhões de soldados britânicos que lutaram entre 1914 e 1920»."


Memória digital

"Os múltiplos suportes digitais, e em particular a Internet, revolucionaram por completo os modos de recolha, produção e apresentação de conteúdos com valor patrimonial. O “Setúbal na Rede”, no que à realidade distrital diz respeito, apresenta um espólio online que constitui parte da actualidade da última década. E gratuito!
Uma das marcas distintivas do actual jornalismo digital passa justamente pela disponibilização de um alargado conjunto de conteúdos (notícias, fotografias, infografias, vídeos, etc.) disponíveis de uma forma ampla, imediata e, em grande parte dos casos, sem custos para o internauta. A possibilidade de consulta, radicada nos princípios de segurança e robustez técnica, longevidade do suporte, ferramentas de pesquisa, usabilidade, acesso universal, entre outros, tem transformado o modo como cada um de nós acede ao monumental acervo mundial de informação e conhecimento. Este potencial é válido para o utilizador comum e redobrado para quem, de forma orientada, busca dados específicos, sendo o mundo da investigação um exemplo por excelência.

Verdadeiramente, o que está em causa é a preservação da memória que, ao longo dos séculos, tem assumido várias formas que passam da oralidade às grafias, culminando no modo binário de fixar pergaminhos e ideias. O esforço milenar de registar discursos, acontecimentos, documentos, radica profundamente na própria estrutura da memória humana: somos feitos de lembranças, com níveis de importância e profundidade muito diferenciados.

No que ao jornalismo digital concerne, a web veio promover uma base de trabalho que tecnicamente possibilita o arquivamento das notícias e mantém canais abertos de consulta através dos mecanismos de catalogação e acesso (livre ou condicionado). A actualidade, por definição inconstante, efémera e perecível, vê reforçada a sua dimensão histórica através das possibilidades de remeter para enquadramentos e contextos anteriores, a notícia nascida hoje. Urbi et orbi (em todo o lado, em toda a parte), a informação adquire um valor-mercadoria proporcional ao interesse que suscita, tendo assumido ao longo da história dos meios de comunicação de massas um interesse e importância crescentes. Se é certo que este tipo de preocupações documentalistas e arquivísticas não se tem constituído como prioritária nas organizações jornalísticas, os tempos internéticos vieram estimular esta nova valência da plataforma electrónica. Assim, um dos indicadores de qualidade, quantidade, variedade, e porque não dizer, de marca de serviço público, está intimamente associado à memória e aos sedimentos da experiência jornalística disponibilizados através da world wide web.

Em particular no “Setúbal na Rede”, esta é uma questão acutilante tendo em conta a disponibilização de todos os trabalhos realizados durante quase uma década de actividade (estamos a um ano dessa comemoração) traduzida na possibilidade de procurar determinadas notícias, entrevistas, textos de opinião e outros, através de busca interna no portal, bem como os espaços de informação especial, denominados “dossiers”. Nessas páginas virtuais concentra-se o que de mais significativo aconteceu no distrito de Setúbal, aos níveis político, económico, social, cultural, etc. Mais do que o deslumbramento perante a técnica, a questão deve ser centrada na apropriação social das possibilidades que a tecnologia induz. O arquivo, feito memória permanentemente presente, faz parte dessa quase mágica capacidade humana de convocar experiências e lembranças de memória múltipla, instantânea e cumulativa. Assim no espírito como na máquina!

P.S.: A memória, ou no caso em apreço, a falta dela, assumiu esta semana contornos de alguma gravidade editorial. Refiro-me à quase ausente referência ao 20º aniversário da morte de Zeca Afonso. Sendo as comemorações uma das temáticas mais apetecidas por parte das redacções, não se entende que tenha sido deixado para o rodapé da notícia ““Vila Morena” prepara Observatório das Canções de Protesto”, a alusão a um assunto que teve na imprensa nacional (net, rádios e televisões) tratamento amplificado. Não se encontra um texto de raiz sobre a efeméride (notícia ou opinião), uma entrevista a amigos, familiares ou à Associação José Afonso! E o arquivo do “Setúbal na Rede”? Onde estão as referências anteriores a este tema? Encontram-se nos resultados da busca interna ao portal (sim, fiz esse exercício). Pelo exposto, memória não é só técnica, é sobretudo lembrança humana. "
Ricardo Nunes - 26-02-2007

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Semana Nacional da Leitura em Salir

"A Biblioteca Escolar da Escola Básica Integrada de Salir, em parceria com o Pólo da Biblioteca Municipal de Loulé vai participar na Semana Nacional da Leitura, entre os dias 5 e 9 de Março. A biblioteca de Salir participará com uma série de actividades que pretendem motivar toda a comunidade educativa para a importância da leitura e do livro. Com base no slogan do plano Nacional de Leitura “Ler mais”, a biblioteca adoptará, durante a semana, o lema “Leia um livro, um poema é de graça…”. A inauguração desta Semana será no dia 5 de Março na Biblioteca de Salir, tal como o encerramento no dia 9 de Março. "

Fonte: http://www.regiao-sul.pt/noticias/noticia.php?id=70684

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Quando o espanto atinge os 451 graus Farenheit

"Reconheça-se que a designação Biblioteca a Arder de Espanto, para uma iniciativa, é em si mesma um espanto, um fascínio, deixando uma pessoa a arder de curiosidade para perceber o que poderá ser isso. Nada melhor então do que ir observar em directo: no Bartô do Chapitô, estão a realizar-se quinzenalmente, nas noites de terça-feira, iniciativas que decorrem sob aquela designação. Por causa do fogo que arde lá na lareira, aquecendo estas noites de Inverno? Por causa da imagem das chamas, reproduzida num ecrã vídeo? Morno, morno...Já ninguém, no Chapitô, sabe ao certo quem teve a ideia do nome, mas dizem-me, a várias vozes, que ela vem do filme de François Truffaut, Farenheit 451, adaptado do romance homónimo de Ray Bradbury, cuja intriga se centra na proibição e queima de livros, referindo-se o título à temperatura a que arde o papel. E como se chega daí a uma iniciativa de animação cultural, circum-escolar, ligada ao plano de cursos da escola e, por outro lado, aberta ao público?Na topografia do local, o bar funciona, à noite, exactamente no mesmo espaço, polivalente, que é sala de aulas de dia, sendo, ao mesmo tempo, local de passagem para a Biblioteca Luiza Neto Jorge - a poetisa doou grande quantidade de livros à instituição, "porque éramos amigas e ela se afligia com a minha ignorância, achava que eu precisava de ler muito", adianta-nos Teresa Ricou (ou será Teté?), com certo ar de gozo.O ardor da biblioteca, passado por diferentes sentidos figurados, pode fixar-se no da paixão pelos livros e pela leitura, sendo esta que preenche tais sessões. Estas decorrem com os seus rituais.Anunciada como "uma aventura com livros que serve de pretexto à descoberta, ao despertar da curiosidade e do interesse pelo literário", constitui uma plataforma de ligação entre as várias facetas de actividade do Chapitô, tendo como pano de fundo a obra do escritor russo Mikhail Bulgakov, Margarida e o Mestre, a ser trabalhada sob orientação do actor e encenador Nuno M. Cardoso, no segundo ano.E é Nuno M. Cardoso que funciona como animador-bibliotecário, que tenta incendiar assistentes e participantes. O programa de leitura varia quinzenalmente. Na terça-feira, 13, quando lá fomos, a leitura incidia na poesia modernista, incluindo os portugueses da geração de Orpheu - Almada Negreiros, Pessoa e heterónimos, etc. À volta duma mesa gigantesca (as mesas do Bartô reunidas), coberta por um veludo pesado grená, não cabiam numa só fila todos os presentes. Outros docentes e colaboradores da instituição, incendiados pela leitura, foram, com grande destaque, a professora de História de Artes, Noémia Cardoso; o sociólogo Orlando Garcia; a professora de Português Helena Azevedo, last but not the least, a mais ardente nas leituras.Ainda que o objectivo principal, de iniciativas como esta, segundo Teresa Ricou, seja "envolver o corpo docente, preparar a acção pedagógica e um espectáculo no final do ano", as portas estão abertas a quem quiser entrar. A próxima Biblioteca a Arder de Espanto está marcada para terça-feira, 27, às 21.30.Quem estiver menos interessado em ouvir exclusivamente - com todo o ardor -, pode sempre ir olhando para o ecrã na parede ao fundo do Bartô, pelo qual continuam a desfilar imagens, todavia sem interferência sonora na acção principal."

Biblioteca da Maia evoca literatura russa

"Para o que resta de Fevereiro, a Biblioteca Municipal da Maia apresenta ainda algumas propostas. Para além das diversas mostras bibliográficas patentes até sábado, naquele espaço terá ainda lugar na sexta-feira um encontro da comunidade de leitores «Ideias&Letras».A Biblioteca Municipal Doutor José Vieira de Carvalho tem patentes até sábado diversas mostras bibliográficas. O amor na obra de Nicholas Sparks, escolhido por se tratar do mês de São Valentim é o tema de uma destas exposições. O escritor norte-americano é autor de 13 romances, visando sobretudo esta temática. Tendo como mote a comemoração da primeira edição de «Doutor Jivago», de Boris Pastenak a biblioteca dá a conhecer até à mesma data uma mostra bibliográfica alusiva ao autor intitulada «O Doutor Jivago no Contexto da Literatura Russa», acção na qual é possível conhecer também um pouco melhor a vida e a obra de outros autores incontornáveis da literatura daquele país, como Máximo Gorky, Nina Berberova, Liev Tolstoi, Konstantin Simonov ou Alexander Soljenitsin. A Joaninha, escolhida para ser o animal do mês de Fevereiro está naturalmente em destaque. Para além de ser a personagem principal da Hora do Conto, está no centro de uma outra exposição que poderá ser apreciada até sábado. Para os mais pequenos e dando continuidade ao tema é possível encontrar na secção infanto-juvenil um conjunto de documentos acerca das joaninhas. No local as crianças podem desfrutar de diversas actividades, umas mais lúdicas outras mais pedagógicas, “convidando-as para voos mais altos”.«As palavras que nunca te direi», de Nicholas Sparks é o livro em destaque este mês na Comunidade de Leitores «Imagens& Letras». Na próxima sexta-feira e depois de no início do mês ter sido feito já o visionamento do filme realizado por Louis Mandoki e protagonizado por Kevin Kostner, terá lugar o debate sobre o livro. Na altura será feita a comparação entre a mensagem transmitida por estes dois meios. A 2 de Março será feito o visionamento do filme «As Horas» de Stephen Daldry que valeu o Óscar a Nikole Kidman. No dia 23 será debatido o filme de Michael Cunningham através do qual foi feita a adaptação cinematográfica. Em Fevereiro o Ciclo de Cinema deu a conhecer «Uma vida de insecto», do realizador Jonh Lasseter. Eis a história: “No território das formigas, andam todas atarefadas a recolher alimentos para o Inverno. Mas não só têm de trabalhar para elas, como também para Hopper e para o seu bando de gafanhotos. Porém, este ano, a oferenda que as formigas preparavam para eles perdeu-se, devido a um lamentável acidente. Hopper, furioso, ameaça a rainha dizendo-lhe que vai acabar com a colónia se elas não lhe entregarem o seu carregamento de comida. Como é que elas vão resolver o problema em tão pouco tempo?”.
Paulo Sérgio Soares"

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

PHL - Personal Home Library - Software gratuito na Internet para Bibliotecas

" PHL - Personal Home Library, é um sistema especialmente desenvolvido paraadministração de coleções e serviços de bibliotecas e centros de informações.Foi concebido como uma alternativa moderna e eficiente às bibliotecas eusuários com poucos recursos (financeiro e de pessoal) e que pretendemorganizar suas coleções, automatizar rotinas e serviços e/ou disponibilizar ecompartilhar seus catálogos através da Web.O PHL utiliza interface de uso intuitivo, não requerendo de seus usuáriosnenhum tipo especial de treinamento.O padrão do registro utilizado pelo PHL se baseia no formato UNISIST/Unesco,muito mais simples que os antigos formatos anglo-americanos* (MARC, USMARC,UKMARC, UNIMARC, MARC21, etc) e proporciona aos bibliotecários a descriçãoeficiente e precisa de qualquer tipo de informação independemente de seusuporte. É um formato moderno, de baixíssimo custo de implementação, decomprovada eficiência e adotado como padrão nos organismos internacionais e nasgrandes redes mundiais de informações (BIREME, AGRIS, FAO, INIS, etc).
Os PHL foi desenvolvido em XML IsisScript interpretada pelo softwareWWWisis©Bireme, diponível para todos os sistemas operacionais (Linux, FreeBSD,Windows, HP-UX, etc.). Com o PHL é possível buscas simultâneas em várias basesde dados e importação de registros de outras bibliotecas através do protocoloHTTP, em substituição a protocolos tipo Z39.50, o que vem diminuirsubstancialmente o custo de instalação e manutenção. O PHL utiliza base dedados no padrão CDS/ISIS-Unesco.
O PHL foi publicado pela primeira vez, em maio de 2001, no servidorhttp://www.ritterdosreis.br, disponibilizando na Web, os catálogos e serviçosda Biblioteca Dr. Romeu Ritter dos Reis da Sociedade de Educação Ritter dosReis (Porto Alegre - RS), tornando-se a primeira biblioteca brasileira a integrar, através da Web, e em tempo real, todos os serviços e rotinas(Aquisição, Tombamento, Catalogação, Kardex, Empréstimo, Renovação, Reservas,DSI, etc.)
Desde a data de sua publicação, o PHL passou a ser distribuídos gratuitamenteincentivando e dando suporte às bibliotecas para sua implementação e utilizaçãoem estações monousuária.A partir deste período, centenas de bibliotecas passaram a utilizar o PHL econtribuir enviando sugestões. Em julho/2002 contabilizamos 975 downloads e 28bibliotecas se licenciaram para sua adoção em ambiente de rede(intranet/internet). Hoje, já contamos com mais de 700 bibliotecas usuárias doPHL, sendo que dezenas delas já disponibilizando seus acervos na Web.

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SÁTÃO PROMOVE ATELIER DE MÁSCARAS DE CARNAVAL

"A Biblioteca Municipal está a promover um atelier de Máscaras de Carnaval, a decorrer nas suas instalações, de 13 a 16 de Fevereiro, a partir das 14 horas. As crianças poderão desafiar a sua imaginação e criatividade e construir máscaras de Carnaval. “Dinamizar os espaços desportivos e culturais é uma das apostas fortes da Câmara Municipal de Sátão."

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Ajude a disponibilizar livros em português no Projeto Gutenberg


"Project Gutenberg (PG), a mais antiga biblioteca digital do Mundo, está apostando no idioma Português. O Português é a primeira Língua a traduzir o seu site oficial.
O projeto está hospedado no Ibiblio . A meta é produzir 50 obras em Português em 2007 e, em 2017, ocuparmos a 3ª posição.
Só serão publicadas as obras que os voluntários produzirem, se estes as produzirem. Brasileiros e portugueses deverão encontrar edições anteriores a 1923 de autores falecidos há mais de 70 anos.
Os milhares de e-livros disponibilizados no PG são produzidos por voluntários de todo o Globo, sós ou no site de revisão colaborativa Distributed Proofreaders . Neste, cada um pode rever uma página de cada vez, tantas quantas desejar. Todos podem ajudar.
Uma vez produzidas, as obras podem ser livremente "downloadeadas", distribuídas, partilhadas e lidas em qualquer computador sem quaisquer restrições. Pretendemos incrementar os autores brasileiros, africanos e portugueses, aumentando as taxas de produção de livros eletrônicos e a literatura no Mundo de língua Portuguesa.
A mobilização de toda a Comunidade falante do Português é fundamental, pois dela depende a valorização da sua Cultura na mais internacional e pioneira biblioteca digital.”
FONTE :http://br-linux.org/linux/voluntarios-portugues-no-projeto-gutenberg

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

35 desenhos de Cruzeiro Seixas roubados da Biblioteca Nacional

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Roubo de obras de Cruzeiro Seixas põe 'trancas' na BN Leonor Figueiredo e Eurico de Barros

O furto de 35 obras de Cruzeiro Seixas que se encontravam nas reservas da Biblioteca Nacional (BN), descoberto por acaso em Junho de 2005, levou ao início da implementação de um sistema de segurança moderno. Os documentos iconográficos roubados faziam parte do espólio doado à BN pelo pintor e ilustrador, hoje com 86 anos, que fez parte do Grupo Surrealista de Lisboa. "As doações de Cruzeiro Seixas entraram pelo depósito como é habitual, onde ficaram dez anos, e só após esse período é que ficaram a pertencer à BN", explica ao DN o director da BN, Jorge Couto, que, logo que assumiu a direcção da instituição, teve de lidar com o caso ocorrido no tempo do seu antecessor. "Foi um dos primeiros assuntos que tratei. O processo de averiguação interno era inconclusivo e fiz a participação à Polícia Judiciária", recorda.Investigação inconclusivaAntes disso, fora o jurista da BN, Paulo Aragão, quem conduzira a investigação interna. "A falta foi detectada no seguimento de alguns pedidos para consulta", explica o jurista ao DN. "Recolhi a informação, todos os percursos foram ana-lisados. Não encontrámos qualquer indício, nem de dentro nem de fo- ra da biblioteca", adianta o jurista.O mesmo aconteceu com os agentes da Polícia Judiciária que investigaram o caso. Cerca de 30 pessoas foram ouvidas, algumas das quais tinham estado em contacto com as obras antes do roubo, mas também desta vez nada se descobriu. O processo foi arquivado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). Pensa-se que o roubo terá sido perpetrado nos reservados da BN, local de acesso muito limitado. Foi uma surpresa para todos. "Esta é a primeira situação que se me apresenta desde que estou cá há 12 anos", refere o jurista, que ficou com a impressão de que o furto não foi motivado por dinheiro, "o valor não deve ser muito elevado", mas por "apreciar a obra do artista".Videovigilância este anoNovas medidas de segurança foram e vão ser concretizadas na BN. O director disse ao DN que desde Dezembro de 2005 "acabaram as entradas individuais no depósito, agora só possível aos pares, com um código de acesso conhecido por duas pessoas". Jorge Couto mandou carimbar todas as obras do artista e digitalizar a totalidade da colecção. Um especialista em segurança, entretanto contratado, elaborou vários relatórios que também aconselharam a instalação de câmaras de videovigilância. "Fizemos o pedido à Comissão de Dados para as instalar no depósito e reservados. Se responderem rápido vamos fazê-lo neste 1.º semestre", diz Jorge Couto. O espólio de Cruzeiro Seixas guarda cartas, catálogos e folhetos do grupo surrealista e cerca de 500 desenhos e colagens de várias expressões plásticas da sua obra. Por estarem para entrar vários espólios novos na BN, ainda em negociação com doadores e mecenas, o director pretende que "este episódio de 2005 não venha a ter repercussões sobre os processos a decorrer".

Feira do livro usado ajuda a apetrechar a biblioteca

"A Escola Básica 2,3 das Marinhas, no concelho de Esposende, vai organizar a primeira Feira do Livro Usado, nos dias 6 e 7 de Março.
Sampaio AzevedoIntegrada na Semana Nacional da Leitura, que decorre entre 5 e 9 de Março, a iniciativa “inédita” da Feira do Livro Usado promovida pela Escola Básica 2,3 das Marinhas é uma proposta da coordenadora das Biblioteca Escolar, a professora Carla Sofia. Segundo esta docente, esta iniciativa tem um triplo objectivo: por um lado criar junto dos alunos e encarregados de educação o gosto pela leitura, e, por outro, constituir, uma campanha de solidariedade com vista ao apetrechamento da biblioteca do Agrupamento e, ainda, uma forma de angariação de fundos para aquisição de novos materiais.A campanha para angariação de livros usados vai decorrer até ao dia 2 de Março, seguindo-se, nos dias 6 e 7, a Feira propriamente dita, aberta à comunidade em geral e que funcionará das 8,30 às 18,30 horas, na Biblioteca.Segundo Carla Sofia, os livros oferecidos serão postos à venda para quem os quiser comprar. As “sobras, se existirem”, ficarão como espólio para a Biblioteca que “necessita de obras para leitura” já que é um equipamento novo.A campanha está a decorrer nas freguesias que pertencem à área de influência da Escola, a saber: Marinhas, Mar, Belinho e Vila Chã e conta com a colaboração dos alunos, encarregados de educação, escolas e párocos.Por outro lado, durante a Feira do Livro Usado a Biblioteca terá uma decoração especial como forma de “atrair ainda mais os alunos e encarregados de educação”, com destaque para poemas e pensamentos de autores nos diferentes materiais de suporte.Esta actividade termina no dia 8 de Março, com a comemoração do Dia da Mulher. Outra iniciativa da equipa da Biblioteca, que conta com a colaboração das disciplinas de História, de Geografia de Portugal e de Língua Portuguesa, consiste em colocar os alunos a pesquisar sobre personalidades femininas da História, que considerem relevantes. Os resultados destas pesquisas serão expostos na Biblioteca."

Biblioteca Nacional será ampliada em 2008

"A ministra da Cultura anunciou ontem, na sessão parlamentar sectorial de perguntas ao Governo, que a Biblioteca Nacional, em Lisboa, vai ser ampliada com a construção de uma torre. Isabel Pires de Lima, que respondia a perguntas da oposição, precisou que esta “necessária ampliação da BN, que albergará a caixa forte”, irá custar 13 milhões de euros. Noutro passo da sua intervenção, a ministra anunciou que o Museu Arqueológico D. Diogo de Sousa, em Braga, “irá abrir em Junho”, após obras de requalificação. Ainda no âmbito museológico, referiu a construção de dois novos espaços: o Museu do Douro e o de Foz Côa.O desactivado Museu de Arte Popular, em Lisboa, foi também trazido ao debate pelo PSD, CDS-PP e Os Verdes. A oposição queria saber o destino da colecção e da biblioteca, e a justificação da ministra para o desactivar, em vez de o modernizar. “O Museu – explicou a ministra – estava fechado há alguns anos, apresentava algumas fragilidades, as colecções tinham sido descuradas e foi uma opção política encerrá-lo”.Quanto às colecções, esclareceu que elas “irão ser recebidas no espaço de reservas, recentemente modernizadas e ampliadas, do Museu Nacional de Etnologia”, que acolherá também a biblioteca.Numa resposta ao deputado Madeira Lopes, do BE, sobre a ampliação do Museu Nacional de Arqueologia, que ocupa parte do Mosteiro dos Jerónimos a governante afirmou que “está a ser equacionada no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio”. Segundo a ministra, o facto de o museu ocupar um monumento classificado pela UNESCO “tem inviabilizado sucessivos projectos de alteração e ampliação”.“Estamos todavia já – adiantou – em conversações com a Comissão de Lisboa e Vale do Tejo para equacionar outras soluções no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio”.O Convento de Jesus, em Setúbal, foi também referenciado pelas bancadas de Os Verdes e PCP, tendo a ministra informado que as actuais obras em curso estão orçadas em 600 mil euros.Trata-se de “obras na estrutura do telhado que são essenciais para a preservação do monumento e que irão continuar”, descreveu, referindo que o Parlamento tem mantido “conversas” com a presidente da Câmara sadina a respeito daquele monumento nacional.Isabel Pires de Lima aproveitou ainda para salientar “a boa cooperação” entre o seu ministério e as autarquias, assinalando a propósito ter já assinado protocolos de cooperação com setenta. "
Fonte: Primeiro de Janeiro

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Descobertos manuscritos de Eça de Queiroz


"Originais de "A Ilustre Casa de Ramires", "A Cidade e as Serras" e "Novos Factores da Política Portuguesa" tinham um paradeiro desconhecido. Foram encontrados na caixa-forte da sede do "Millennium BCP".

Foram descobertos na sede do "Millennium BCP" manuscritos redigidos pelo próprio Eça de Queiroz. Há 30 anos que se sabia que existiam, mas perdeu-se-lhes o rasto. Afinal encontravam-se bem guardados no coração da Baixa lisboeta, na casa-mãe daquela instituição bancária.
São originais de três obras: "A Ilustre Casa de Ramires", "A Cidade e as Serras" e "Novos Factores da Política Portuguesa". Estes documentos tinham sido referidos na década de 70 pelo investigador galego Ernesto Guerra da Cal, na sua obra "Bibliografia Queirociana".
Segundo este autor os originais pertenciam a Maria Angélica de Magalhães Vaz Pinto, que em 1973 os terá vendido ao Banco Pinto de Magalhães. Com as nacionalizações que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, os documentos foram transferidos para a União de Bancos Portugueses e, em 1996, num quadro de privatizações, no Banco Mello, que em 2000 viria a ser incorporado no BCP.
Agora a instituição vai disponibilizar os documentos através do seu portal na Internet e doá-los à Biblioteca Nacional, que, entretanto, confirmou a sua autenticidade."


Exposição de Pintura “Percursos” na Biblioteca Municipal da Moita



"Na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita, está a receber a exposição de pintura “Percursos”, de Luísa Azevedo, que pode ser visitada até ao dia 24 de Fevereiro.
Luísa Azevedo nasceu em 1953, em Vila Real de Santo António. O seu interesse pela pintura manifesta-se desde cedo mas só recentemente deu início ao seu percurso, no âmbito das artes plásticas. Frequentou o curso de Pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, de 2001 a 2005. Os seus trabalhos foram integrados nas exposições colectivas dos anos lectivos de 2002 a 2005. Actualmente, frequenta o 2º ano do Curso de Desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes."




Biblioteca Municipal de Aveiro suspende consulta e empréstimo

"A Biblioteca Municipal de Aveiro vai suspender o serviço de consulta e empréstimo de obras entre os dias 12 e 21 de Fevereiro, para implementação de um sistema de cablagem estruturada para a instalação de equipamentos informáticos relativos à nova fase do projecto TIC.Durante este período continuam acessíveis as publicações diárias e as devoluções.A Biblioteca Municipal de Aveiro irá ser apetrechada com equipamento informático com a finalidade de facilitar um conjunto de serviços interactivos através da Internet, a pesquisa dos catálogos, a localização do título, a reserva e o empréstimo de documentos e a troca de informações entre os utilizadores.Os fornecimentos de diversos equipamentos informáticos para a Biblioteca Municipal de Aveiro serão financiados em 50 por cento, no valor de 80.314,00 euros, pelo Ministério da Cultura, através do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas."

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

UP procura aumentar utilização de "e-books" científicos

Plataformas de publicações científicas participam no Dia do E-Book. Aluno de mestrado da FEUP vence concurso mundial de pesquisa.
Representantes das mais importantes plataformas de publicações científicas mundiais, como a Oxford Press, a Ebsco ou a Elsevier, vão estar esta quarta-feira na reitoria da Universidade do Porto (UP) para mostrar as potencialidades deste sistema de compra de livros científicos electrónicos ("e-book").
A compra de "e-books" pode ser feita directamente aos editores ou através de plataformas que reúnem uma grande quantidade de livros especializados em determinados temas.
As plataformas são uma espécie de "estante virtual", com "vantagens e desvantagens" para quem compra as obras, explica a directora da Biblioteca Virtual da Universidade do Porto (BVUP), serviço que organiza o Dia do E-Book na instituição.
Entre os problemas deste sistema de compra, estão dificuldades no manuseamento e leitura das obras e a inexistência de um formato comum (como o PDF), diz Clara Macedo.
A responsável destaca a afluência ao encontro – 100 inscritos, incluindo estrangeiros -, que reflecte a pouca implementação das obras electrónicas em formato digital.
"Há muitas bibliotecas com obras digitalizadas, mas não são 'e-books' [pensados de raiz]", observa Clara Macedo. "A situação em Portugal não difere muito dos outros países. Os problemas são mais ou menos os mesmos".
A BVUP agrega todas as bibliotecas das faculdades e unidades da instituição. Coordena ainda o acesso electrónico às publicações científicas internacionais para os estudantes, docentes e investigadores de toda a universidade.
No ano passado, a BVUP contava com 30.607 títulos científicos disponíveis, número que faz dela a maior biblioteca a nível nacional em acessos a títulos electrónicos.
Aluno da FEUP vence concurso
Rui Pedro Amor, aluno do 4º ano de Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (MIEIC) da FEUP, venceu o Prémio Mundial de Pesquisa em E-Books, no valor de 500 dólares. Concorreram 1700 alunos de instituições de ensino superior provenientes de 46 países.
O "University Challenge" é organizado pela plataforma Knovel. Consiste na resposta a um questionário de carácter técnico, para o qual seria necessário fazer pesquisa de informação científico-técnica no editor Knovel, disponibilizado pela Biblioteca da FEUP, desde 2004. O prémio será entregue quinta-feira, na faculdade.

Pedro Riosprr @ icicom.up.pt

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Biblioteca comemora mês Vergílio Ferreira

"A Câmara Municipal de Gouveia decidiu dedicar o mês de Fevereiro ao seu mais ilustre escritor, que de alguma forma, deu nome e fama a Gouveia. Trata-se da figura ímpar do escritor Vergílio Ferreira. Assim, a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira vai realizar algumas iniciativas que se prolongarão até dia 1 de Março, data em que passam 11 anos sobre a morte do escritor.Todas as quintas-feiras, realizar-se-á um colóquio para alunos abordando algumas das muitas facetas de escritor. O orador será Alípio de Melo, estudioso e amigo pessoal de Vergílio FerreiraNo átrio da biblioteca estará patente até ao final do mês uma exposição com algumas das obras-primas do escritor, bem como alguns dos seus objectos pessoais.No dia 1 de Março, proceder-se-á à entrega do Prémio Vergílio Ferreira ás 17.00 horas e às 21.00 horas - e como também se noticia na página ao lado -, haverá um ‘Chá de Letras’ especial dedicado á obra de escritor, onde estará presente Jorge Lopes, um grande estudioso e admirador de Vergílio Ferreira."