quarta-feira, janeiro 30, 2008

Biblioteca itinerante percorre concelho

"A Biblioteca Municipal de Aguiar da Beira tem uma carrinha que percorre todas as aldeias do concelho, chamada de Biblu, com o objectivo de recriar os "bons hábitos de leitura" dos tempos das bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian.
"A ideia de biblioteca itinerante ainda faz parte das memórias dos mais velhos: o tempo em que carrinhas da Fundação Calouste Gulbenkian percorriam as mais recônditas aldeias, levando histórias e aventuras, em forma de livros", refere uma nota da autarquia.
Até agora, a Biblu visitava apenas as escolas do primeiro ciclo do ensino básico e os jardins-de-infância, mas actualmente está disponível ao público em geral, em todas as freguesias."

III Jornadas de Saúde e Bem-estar em Albufeira

"No âmbito do projecto “Clube Avô”, a Biblioteca Municipal de Albufeira acolhe, no dia 29 de Fevereiro, uma palestra dedicada ao Dia Nacional de Luta Antipatriotismo ou Saúde Comunitária, integrada nas III Jornadas de Saúde e Bem-estar. Refira-se, a autarquia tem promovido, no âmbito do projecto “Clube Avô”, diversas palestras no campo da saúde para a terceira idade, integradas nas Jornadas de Saúde e Bem-estar. As palestras realizam-se mensalmente ao longo do ano, na Biblioteca Municipal de Albufeira, às sextas-feiras. Estas acções dirigem-se à população em geral, com especial enfoque para a população sénior do concelho e para técnicos de lares e instituições ligadas à terceira idade. Os interessados podem inscrever-se nas Juntas de Freguesia, na Divisão dos Assuntos Sociais da Câmara Municipal de Albufeira e no próprio local da palestra [...]. "

Livro sobre música religiosa lançado na Biblioteca Nacional

"A obra «Motetes Polifónicos de Goa para a Semana Santa (sécs. XIX-XX)», sobre uma prática musical em risco de desaparecimento, vai ser lançada quinta-feira na Biblioteca Nacional, em Lisboa.
A apresentação desta obra, com chancela da editora Caleidoscópio, será feita pelo musicólogo Rui Vieira Nery.
«Motetes Polifónicos de Goa para a Semana Santa» resultou de um levantamento efectuado pelo musicólogo Manuel Morais, entre 1996 e 1997, em Goa, no Arquivo do Paço Patriarcal, na Sé Velha de Goa, no seminário de Rachol, e em Damão.
Foram recolhidas mais de 100 obras e foram feitas gravações pelo coro que acompanhou a investigação.
O livro, que será lançado em edição bilingue português/inglês, está dividido em duas partes e contém na primeira secção um estudo crítico e na segunda parte apresenta em partitura cinco das obras recolhidas.
Os motetes, trechos de música religiosa que se cantam na Semana Santa, são compostos maioritariamente por autores desconhecidos, desde finais do século XIX até à actualidade.
São utilizadas técnicas de composição europeias, mas com características específicas, como por exemplo a utilização do concanim a par do latim nos textos das obras.
Esta prática musical corre no entanto risco de desaparecimento, «por razões que vão desde os novos regulamentos litúrgicos e falta de edições modernas à contínua redução do número de católicos, principalmente em Goa», segundo uma nota da Biblioteca Nacional.
Manuel Morais, fundador do grupo Segréis de Lisboa, tem feito investigação e recuperação de práticas musicais e publicou diversos estudos e edições de música antiga portuguesa. "

Alice Vieira fala sobre hábitos de leitura

"Escritora Alice Vieira está amanhã em Cantanhede. Durante todo o dia vai estar à conversa com alunos da escola básica da cidade e de estabelecimentos de ensino da Tocha e Febres. O objectivo é incutir hábitos d leituraA biblioteca municipal de Cantanhede propõe para amanhã, um “Encontro com… Alice Vieira”. A escritora lisboeta vai reunir-se com os jovens e menos jovens para falar sobre leitura e os hábitos de leitura. A iniciativa, segundo o departamento de Cultura autárquico, é promover a troca de ideias sobre os livros, quem escreve e quem lê.Ao longo de todo o dia Alice Vieira vai estar em três encontros de forma a chegar a todos os diferentes públicos. Os dois primeiros momentos de reflexão são destinados aos alunos do 6.º ano das escolas do concelho de Cantanhede, que estão a estudar uma obra da escritora. Às 10h00, os alunos da escola EB 2+3 de Cantanhede são os primeiros a estar com Alice Vieira., e às 15h00 é a vez de os alunos de Febres e da Tocha partilharem opiniões com a autora da obra que estão a analisar nas suas aulas.O dia de Alice Vieira termina à noite, por volta das 21h30, altura em que tem o terceiro encontro com o Clube de Leitura da Biblioteca, um grupo de mais de uma dezena de pessoas que reúne quinzenalmente para discutir as mais variadas obras literárias.Esta última reunião, refira-se, é, também, aberta a todo o público interessado em conhecer melhor esta conceituada autora.E porque é, efectivamente, uma escritora reconhecida internacionalmente, em jeito de apresentação pode dizer-se que a primeira publicação de Alice Vieira data de 1979. Desde essa data tem publicado variados livros direccionados sobretudo para crianças e jovens e, actualmente, é considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas de literatura infanto-juvenil.Precisamente pela sua importância, as obras de Alice Vieira estão editadas, também, no estrangeiro e traduzidas em várias línguas. Mais de 30 anos depois do lançamento do primeiro livro, a escritora (que também foi jornalista no início dos anos 70) contabiliza no seu currículo mais de meia centena de títulos publicados.Currículo que conta com os mais variados prémios, com destaque para o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra, em 1994, mas antes, em 1979, já tinha recebido o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com “Rosa Minha Irmã Rosa”, e em 1983 “Este rei que eu escolhi”, valeu-lhe o prémio Calouste Gulbenkian de Literatura.A culminar o seu vasto currículo, Alice Vieira foi indicada pela secção portuguesa do International Board on Books for Young People (IBBY) como candidata portuguesa ao prémio Hans Christian Andersen, um dos mais prestigiados galardões internacionais no domínio da literatura infanto-juvenil. "

FEIRA DO LIVRO PORTUGUÊS: OITENTA POR CENTO DOS LIVROS TÉCNICOS JÁ FORAM VENDIDOS

"Nos primeiros dias da XXIII edição da Feira do Livro Português em Cabo Verde, que decorre na cidade da Praia até ao 02 de Fevereiro na Biblioteca Nacional, mais de 80 por cento dos livros técnicos e infantis disponíveis foram vendidos de sexta a segunda-feira. Este dado foi avançado à imprensa, na manhã desta terça-feira, pelo presidente do Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Joaquim Morais. De acordo com esse responsável, este ano, a Feira do Livro Português foi reforçada em 50 por cento nos dicionários, sendo que até ao momento foram vendidos mais de 60 por cento do total, ou seja, mais de dois terço da Feira já foi adquirida. Mesmo assim, comparada com os anos anteriores, Morais adiantou que a afluência foi fraca. Um facto que a organização já esperava, porque este ano por razões de agenda a Feira teve de abrir antes do fim do mês.Depois da capital do país, a Feira segue para São Vicente a 09 de Fevereiro, devendo permanecer em Mindelo por uma semana. No final da segunda semana de Março, a cidade de Assomada acolhe a Feira do Livro Português. Paras as restantes ilhas do arquipélago, o calendário da realização do evento não está ainda definido. "

terça-feira, janeiro 15, 2008

Comissão Européia aceita projectos em Tecnologias da Informação e das

A Comissão Europeia divulgou o prazo e o tema central dos projectos que serão aceites pelo 7 º Programa Marco da União Europeia para o Desenvolvimento da Pesquisa e da Tecnologia (FP7).
As propostas sobre Tecnologias da Informação e das Comunicações, dentro do programa específico "Cooperação", serão aceites até o próximo dia 8 de Abril.
Entre os subtemas aceites estão: sistemas cognitivos, interação e robótica; bibliotecas digitais e conteúdos; tecnologias futuras e emergentes; e acções de apoio horizontal.
Mais informações em:

Biblioteca da Universidade de Aveiro expõe equipamentos para pessoas com necessidades especiais

"Chama-se «Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES) - equipamento, software e conteúdos para pessoas com necessidades especiais», é uma exposição organizada pelos Serviços de Documentação da Universidade de Aveiro.
Esta mostra tem por objectivo dar a conhecer um conjunto de recursos bibliográficos, materiais informáticos e equipamentos mecânicos, de aquisição recente, alguns pouco conhecidos, e pode ser visitada ao longo desta semana (de 14 a 19 de Janeiro) na Sala Hélène de Beauvoir - Biblioteca da UA entre as 10h00 e as 12h00 e as 14h00 e as 17h00.Esta exposição permite apreciar ou experimentar equipamentos para utilizadores invisuais ou com baixa visão (lupa para amblíopes, impressora e linha Braille); equipamentos mecânicos concebidos para pessoas com necessidades especiais (equipamento para virar páginas e braço articulado, entre outros); computadores para acesso aos conteúdos digitais com software específico para servir utilizadores com dificuldades de visão ou outras; digitalizador planetário para livros a cores, ergonomicamente construído para possibilitar o acesso a pessoas com necessidades específicas.Produzidos no âmbito de um projecto em parceria com nove universidades portuguesas designado BAES, os conteúdos em Braille, em registos sonoros e em texto digital, estão disponíveis a alunos com necessidades educativas especiais das respectivas universidades. O acesso aos conteúdos da Universidade de Aveiro é efectuado através do catálogo bibliográfico ou do repositório SInBAD. É objectivo futuro do BAES integrar novos públicos, através de novas possibilidades de colaboração ou de protocolos com instituições."

A vida e a obra de um agitador cultural na Net

"Vão-me acusar de privilegiar certas coisas. Mas foi o que vivi com ele durante 22 anos... o mixed media, as polémicas... O neo-realismo já não é comigo", remata a sorrir Isabel Alves. As "coisas" a que se refere são os documentos que guarda em casa: um imenso manancial de informação sobre a vida cultural portuguesa, sobretudo entre as décadas de 60 e 80. E muitas das obras do seu marido, Ernesto de Sousa, falecido há 20 anos. "Coisas" que já serviram de fonte a teses de mestrado e doutoramento, e que agora estão disponíveis online em www.ernestodesousa.com.
Com apresentação amanhã em Lisboa, no Espaço Avenida (18.30) - ocasião em que será também lançado o livro 15 Anos da Bolsa Ernesto de Sousa e anunciado o vencedor deste ano -, o site servirá "para dar ideias e pistas, mas há ainda muito trabalho a fazer sobre o Ernesto. Falta publicar muita coisa", considera Isabel Alves.
Sendo coordenadora da Colecção Berardo desde 2000, conhece bem os meandros da inventariação e catalogação de arquivos. Mas neste caso fez tudo a partir de casa e por conta própria, nos últimos três anos, com a ajuda do webdesigner Marco Reixa.
Na década de 90, os protocolos com a Biblioteca Nacional, Cinemateca/ ANIM e Arquivo Nacional de Fotografia repartiram por estas entidades parte significativa do acervo. No entanto, tratando-se de uma personalidade tão polifacetada como Ernesto, que se auto-definia como "operador estético", muitas mais "coisas" ficaram "à espera de que alguma instituição se interesse", conta a viúva.
Nesse imenso rol estão, por exemplo, livros, catálogos e revistas desde a década de 30, dois mil cartazes, os estudos que Ernesto de Sousa fez sobre Almada Negreiros, cerca de oito mil fotografias e slides e as suas obras de arte mixed media.É parte disso, a par da biografia do autor e da informação relativa à bolsa que em 1992 foi criada em seu nome, que está a ser disponibilizado num site que deverá crescer. Através de imagens e excertos de textos, ganha, assim, forma o Centro de Estudos Mixed Media (CEMES), velho sonho de Isabel Alves.
"Comecei a tratar disso há cerca de dez anos", conta ao DN. "No tempo em que João Soares era presidente da Câmara de Lisboa, houve negociações para se levar tudo para a futura Biblioteca Central, no vale de Santo António, mas não ficou nada escrito. A biblioteca ainda não se fez e, até agora, ainda ninguém se mostrou interessado neste espólio", diz.
"O que me preocupa, porque não tenho condições, é a conservação", admite a viúva. "Com tantos empréstimos, os documentos vão-se perdendo ou estragando. E eu própria já fui roubada, ainda há tempos me assaltaram o carro e levaram 800 slides do [artista e compositor] João Paulo Feliciano", lamenta.Graças ao site e à publicação do livro sobre a bolsa ("que possibilitou a introdução de novos dados"), homenageia-se a vida e obra deste pioneiro português da arte multimédia.
E o plágio na Net? "O Ernesto nunca teve essas preocupações, sempre teve ideias a mais para dar a toda a gente! Espero que isto tenha feedback e que as pessoas o descubram e o leiam", responde Isabel Alves."

“Baú da Biblioteca” divulga obras literárias

"Os alunos das escolas do 1º ciclo de Orjais e Vale Formoso, concelho da Covilhã, são os primeiros a integrar a segunda fase do projecto "Baú da Biblioteca", que pretende levar ao palco uma obra literária.
Amanhã, os alunos do 4º ano das escolas de Orjais e Vale Formoso vão representar, entre as 9h30 e as 11h00, o conto "Era uma boa combinação", da obra "Ler, Ouvir e Contar", de António Torrado. As representações irão decorrer até ao final de Fevereiro.Nesta segunda fase do projecto, propõe-se aos alunos do 4º ano das escolas do 1º ciclo que elaborem a dramatização de uma história de um livro por eles escolhido de entre todos os que se encontram "no fundo do baú", adianta a Câmara em comunicado. Recorde-se que a primeira fase do "Baú da Biblioteca" teve como objectivo promover a leitura e o desenvolvimento cultural, tendo sido distribuídos cinco baús – um por cada agrupamentos de escolas do 1º ciclo do concelho. "

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Na futura Biblioteca Municipal de Setúbal será criado o núcleo Mário Ventura

"A Autarquia setubalense aprovou a criação, na futura biblioteca pública municipal, do núcleo Biblioteca Mário Ventura, composto pelo acervo que recebeu do jornalista e escritor, por testamento.
A Câmara Municipal de Setúbal aprovou uma proposta de aceitação do espólio do fundador do festival de cinema Festroia, constituído por dezenas de milhares de livros, manuscritos, notas e objectos pessoais e de trabalho. De acordo com a proposta, o espólio, após inventariação e selecção, será instalado numa ou mais salas devidamente sinalizadas e individualizadas da futura biblioteca pública municipal. Ficou ainda determinado que a Câmara Municipal promoverá, por ocasião da inauguração das instalações, uma reunião pública de homenagem a Mário Ventura, para a qual se constituirá uma comissão que integrará “relevantes personalidades nacionais e estrangeiras ligadas por amizade e cultura” ao “pai” do Festroia. Foi ainda aprovado propor à Comissão de Toponímia que o nome de Mário Ventura figure numa das ruas da cidade."

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Code4Lib Journal - número 1

Editorial Introduction — Issue 1Jonathan Rochkind
Articles---------
Beyond OPAC 2.0: Library Catalog as Versatile Discovery PlatformTito Sierra, Joseph Ryan, and Markus Wusthttp://journal.code4lib.org/articles/10
Facet-based search and navigation with LCSH: Problems and opportunitiesKelley McGrathhttp://journal.code4lib.org/articles/23
The Rutgers Workflow Management System: Migrating a Digital ObjectManagement Utility to Open SourceGrace Agnew & Yang Yuhttp://journal.code4lib.org/articles/25
Communicat: The Next Generation Catalog That Almost Was…Ross Singer
http://journal.code4lib.org/articles/24
Connecting the Real to the Representational: Historical DemographicData in the Town of Pullman, 1880-1940Andrew H. Bullenhttp://journal.code4lib.org/articles/29
Book Reviews------------
BOOK REVIEW: The Success of Open Source by Steven WeberEric Lease Morganhttp://journal.code4lib.org/articles/30
Column------------
COLUMN: 700 Dollars and a Dream : Take a Chance on Koha, There's VeryLittle to LoseBWS Johnsonhttp://journal.code4lib.org/articles/28
Call for Papers---------------

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Braga recorda Miguel Torga

"A Biblioteca Pública de Braga (BPB), unidade cultural da Universidade do Minho, inaugura amanhã, dia 10 de Janeiro, uma exposição comemorativa do centenário do nascimento de Miguel Torga (1907-1995). Trata-se de um projecto da Direcção Regional de Cultura do Norte, organismo do Ministério da Cultura, sedeado em Vila Real.
A mostra é composta por um vasto conjunto de painéis que retratam a vida e obra de Torga e inclui excertos do próprio autor no painel da cronologia, enquadrando situações, revelando momentos e lugares, e conduzindo ao «caminho da leitura», diz o comissário da exposição, Carlos Mendes de Sousa, professor do Instituto de Letras da Universidade do Minho, considerando- a um ponto de partida para um conhecimento efectivo da obra torguiana.
Para além da biografia exibida cronologicamente e ilustrada com iconografia, surgem ainda três painéis temáticos (“Retrato”, “O chão e o verbo I”, “O chão e o verbo II”), que apresentam alguns testemunhos e depoimentos críticos sobre Torga.
No centro do Salão Medieval, o visitante encontrará uma estrutura onde poderá apreciar manuscritos originais do autor, cartas de alguns dos mais importantes vultos da literatura portuguesa, recortes Biblioteca Pública de Braga recorda Miguel Torga de jornais e revistas que se referem ao autor, peças de um processo da PIDE, revistas e jornais em que Torga colaborou, as primeiras edições dos seus livros, algumas traduções e objectos de uso pessoal (a caneta, o relógio, documentos), para além da secretária do seu consultório e da máquina de escrever.
Um busto da autoria de Luís Fernandes e dois retratos, pintados por Guilherme Filipe e Isolino Vaz completam a exposição. Num outro espaço podem ser vistos dois filmes sobre Torga. A inauguração está agendada para as 21h30, numa sessão para a qual está convidada a Directora Regional da Cultura do Norte, Helena Gil.
Na altura, o comissário da exposição guiará uma visita, ao que se seguirá um recital de poesia torguiana, por José Manuel Mendes. A exposição estará patente das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, durante os dias úteis. Paralelemente, haverá um conjunto de iniciativas, a primeira das quais uma conferência, no dia 17 de Janeiro, às 21h30, por Luís Mourão, professor da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, subordinada ao tema “Torga: o legado como problema.”.
No dia 23 Janeiro, Sara Reis da Silva, professora do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, apresentará, a partir das 18h00, o tema “Respiro o ar peninsular: Miguel Torga e a identidade ibérica”. No dia 31 Janeiro, às 21h30, tem lugar um Recital pelo Sindicato de Poesia. Carlos Mendes de Sousa falará sobre o tema “Miguel Torga: um retrato inacabado” numa conferência, no dia 7 Fevereiro, com início às 21h00. [...]."

terça-feira, janeiro 08, 2008

Legado do fotógrafo Américo Augusto Ribeiro é preservado e digitalizado na Casa Bocage

"A Setúbal antiga não seria tão conhecida tal como é, caso não tivesse existido um fotógrafo chamado Américo Augusto Ribeiro. Falecido há 15 anos, com 86 de idade, deixou um legado valiosíssimo, objecto de preservação e digitalização no arquivo municipal fotográfico Américo Ribeiro, na Casa Bocage
Observar e interpretar as imagens captadas pelas objectivas fotográficas das máquinas de Américo Ribeiro é, antes do mais, um duro exercício de memória, não ao alcance de muitos, mesmo entre pessoas de meia-idade.
O antes e o depois desta cidade e concelho, só podem mesmo ser comparados graças às imagens conseguidas pelas objectivas de Américo Ribeiro, porque são esses documentos fotográficos que retraram literalmente o que era, e como era esta cidade, durante a maior parte do Século XX.
E é esse trabalho, de recuperação e preservação de todo o vasto espólio fotográfico, que está sendo desenvolvido desde há sete anos na Casa Bocage. “Entre 2000 e 2003, foi realizada a primeira etapa do trabalho de conservação, com a observação e pré-inventário”, começou por explicar a «O Setubalense» Bruno Ferro, técnico responsável por este arquivo municipal.
“A partir desse estudo, ficamos a saber exactamente os tipos de processos fotográficos e suas quantidades, o que permite delinear planos de tratamento a aplicar a cada uma das tipologias”, sendo que existem neste espólio, composto por 142 mil espécimes fotográficos, entre outros, negativos em gelatina em vidro, negativos em película de acetato de celulose a preto e branco, negativos em nitrato de celulose e provas foto-mecânicas. “Cada material requer o seu tratamento”, esclarece o técnico.
A par do trabalho técnico, a memória dos voluntários deste projecto é factor essencial, para identificar locais e confirmar datas. Raul Gamito Gomes, José Manuel Pedrosa e Rogério Vaz de Carvalho são os voluntários encarregues de observar fotos e identificá-las, através do computador. Este projecto de recolha de memórias resulta de uma parceria do Arquivo Municipal Fotográfico Américo Ribeiro e do Museu do Trabalho Michel Giacometti, e encontra-se em fase de planificação.
Paralelamente, Alberto Sousa Pereira, também voluntário, faz tratamento de dados, informatizando os livros de registo de Américo Ribeiro e inserido na base de dados, as fichas de pré-inventário. Também foi constituído um centro de recolha de memórias orais a partir das imagens. “Nesse sentido, foi integrado no grupo de voluntários a socióloga Edite Barreira”, explicou Bruno Ferro. Este projecto conta ainda com o trabalho da antropóloga Maria Miguel Cardoso.
“Todos os trabalhos de conservação e descrição nesta colecção fotográfica, euquadram-se no duplo objectivo deste arquivo municipal, e que são a preservação dos espécimes fotográficos, e a garantia da correcta acessibilidade das imagens por parte do domínio público”, resume o técnico.
SENHOR Este fotógrafo, de baixa estatura mas grande em personalidade e profissionalismo, nasceu em Setúbal a 1 de Janeiro de 1906, teria completado há dias 102 anos de idade. Faleceu a 10 de Julho de 1992, com 86 anos. Deixou viúva, a dona Ernestina, que acabaria por falecer pouco tempo depois. O casal não deixou um único filho.
Enquanto profissional, manteve durante décadas o estabelecimento comercial, a célebre Foto Cetóbriga, no Largo da Conceição, n.º 9, loja que pontualmente fechava porta sempre que Américo Ribeiro precisa de fotografar no exterior. O casal residia num primeiro andar, mesmo ao lado, na Rua Afonso Palla.
Dizem os registos sobre este vulto setubalense que a sua primeira máquina fotográfica custou-lhe 60 escudos, há cerca de 80 anos. Mais do que um simples comerciante de produtos fotográficos, Américo Augusto Ribeiro foi um eterno amante pela arte que abraçou. E essa paixão permitiu termos herdado um espólio fotográfico de que Setúbal e os setubalenses bem se podem orgulhar.
Teodoro João "

Cantar os Reis na Biblioteca

"Alunos da Universidade do Minho ouvem cantar os Reis na sua Biblioteca Geral, no Campus de Gualter.
A Biblioteca Geral da Universidade do Minho em Gualtar (Braga) convidou o Coro Académico da mesma Universidade para cantar os Reis aos seus leitores esta segunda-feira, dia 7 de Janeiro, pelas 19 horas. Programa Somebody's Knocking - Espiritual / arr.: Jeff Guillen
Noël - Jean Bouvet Pilgrim - Enya / adapt. coral e orq.: Rui Paulo Teixeira
Natal de Penamacor - Popular / arr. coral: Joaquim Fidalgo
Do varão nasceu a vara - Popular / harm. coral: F. Lopes-Graça
My Love is like a red, red Rose - Bill Douglas
Ámen - Espiritual / arr.: Norman Luboff"

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Aprender o mundo pelos dedos

"Dia Mundial do Braille
Aprender o mundo pelos dedos
Com celebração a 4 de Janeiro [hoje], o Braille é cada vez mais reconhecido como um ferramenta indispensável para quem é portador de deficiência visual. Ainda assim só uma minoria se rendeu a este recurso. O Paulo é apenas um exemplo dos que diariamente dependem deste alfabeto para perceber o mundo que os rodeia.As instituições de apoio ao deficiente visual lamentam que a sociedade ainda apresente muitas carências no que toca ao braille e apelam aos governantes que fomentem o ensino deste alfabeto, quer de quem dele precisa, quer de todos os outros, exactamente na mesma medida em que é útil saber linguagem gestual, mesmo quando se ouve e fala perfeitamente, para que todos possamos comunicar com todos.Um esforço que iria de encontro à “Década da Literacia para Todos: voz para todos, aprendizagem para todos”, assim catalogada pela UNESCO, para o período 2002/2013.
Paulo Soares, de Vila da Rua, é um exemplo de alguém que percebeu as vantagens de aprender braille, como forma de conseguir apreciar a vida, ingressar no mercado de trabalho e ser tratado como um igual.
Com uma visão limitada ao olho direito e, mesmo assim, só a cerca de 20 por cento, desde cedo percebeu a necessidade de aprender braille. Um professor de apoio uma vez por semana começou a instruí-lo para este alfabeto. Uma habituação que não foi nada fácil, recorda, sobretudo no que toca à leitura. “A sensibilidade nos dedos é sempre um problema”, alega. Uma situação muito pior no caso de diabéticos, que com as picadas têm ainda menos sensibilidade. “Tenho tido muitos colegas diabéticos nas formações que faço e vejo bem as dificuldades que têm em perceber palavras onde antes estavam habituados a sentir só picadas”, esclarece.
Uma dificuldade a que, no caso dos amblíopes se vem somar a tendência para “ler com os olhos, o que me valeu alguns puxões de orelhas”, lembra. No que diz respeito à escrita a habituação é geralmente bem mais rápida.Apesar de estar actualmente desempregado diz que nunca se sentiu prejudicado face aos outros. “Tenho ido a entrevistas, mas isto está mau para todos, não é só para mim por ser amblíope”, reforça. “Mas vou continuar à procura, até porque trabalhar faz bem”, reitera decidido, anunciando que desde que começou a trabalhar, como tem esforçado mais a vista, tem registado uma melhoria gradual da visão. Os médicos anunciaram já que esta situação era de esperar, alimentando-lhe a esperança de que a melhoria continue a acontecer. “Acho que as comemorações do dia mundial do braille deviam apostar mais em sensibilizar a população a nível mundial para as dificuldades com que lidamos diariamente”, conclui.
Aos vinte e oito anos apresenta-se como um apaixonado pela vida, razão pela qual tem evitado fazer uma cirurgia que poderia pôr cobro à cegueira. “Prefiro viver e ver à minha maneira, do que sujeitar-me a ficar como os outros e morrer. Vivo à minha maneira, faço o que fazem os outros e sou feliz assim”. Para ser mais feliz garante que só falta mesmo voltar ao trabalho, “um prémio ao meu esforço que não vai tardar a vir”, refere confiante.Recursos em braillePara o Paulo, o maior obstáculo à alfabetização dos cegos e amblíopes é mesmo a falta de material de estudo em braille. “No meu tempo de estudante tinha de recorrer à minha irmã para me ler os livros, para eu poder tomar as minhas notas em braille” recorda triste. Acrescentando que actualmente a situação está um bocadinho melhor.Atendendo à escassez de documentação acessível a pessoas com deficiência visual, a ACAPO conta com um Centro de Produção Documental que assegura serviços como a produção de facturas da EDP e da PT, Obras Literárias, brochuras de exposições, assim como a transcrição de documentos, documentação de apoio à formação profissional, apoio a gráficas, laboratórios, grandes superfícies comerciais, produção de etiquetas, cartonagens, calendários, etc.De referir ainda a celebração de um Protocolo entre a ACAPO, a PT Comunicações e as Páginas Amarelas, que tem como objectivo definir os termos e condições da respectiva parceria com vista à produção periódica de Listas Telefónicas em Braille, uma medida que irá consubstanciar-se em torno de 4 listas, a da Grande Lisboa, Norte, Centro, Sul e Ilhas. Estas listas serão entregues ou enviadas a um grupo composto por entidades colectivas ou individuais, residentes na área geográfica abrangida pela lista em causa. Para os que quiserem receber a lista da respectiva zona geográfica fica a indicação de que basta entrar em contacto com o Centro de Produção Braille da ACAPO.
Braille, o alfabeto dos invisuais
Braille é um sistema de leitura com o tacto para cegos inventado pelo francês Louis Braille, cego desde os três anos de idade. Com sete anos ingressou no Instituto de Cegos de Paris onde se tornou professor. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, L. Braille fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo e inventou o braille. Um método que publicou em 1829.
O sistema Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, os quais o deficiente visual distingue por meio do tacto. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais. Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto.Este método foi oficialmente adoptado na Europa e América em 1852, curiosamente o ano da morte do seu inventor.
Por: Guida Canhoto"

Universidade disponibiliza Tratado de Lisboa

"Os Serviços de Documentação da Universidade de Aveiro disponibilizam aqui o Tratado de Lisboa, assinado a 13 de Dezembro último pelos Chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados Membros.O Tratado de Lisboa «fala essencialmente duma Europa mais democrática e transparente, mais eficiente, de valores, liberdade, solidariedade e segurança e, de um assumir de posição mais clara enquanto actor na cena mundial, com a conjugação dos instrumentos de política externa de união, tanto na adopção como na elaboração de novas políticas»."
Fonte: http://www.oln.pt/noticias.asp?id=14669&secc=1

Dia Mundial Braille: UE sem informação regular para invisuais

"Se no Dia Mundial do Braille, que se assinala hoje, um cego quiser informar-se sobre a UE encontrará milhares de documentos nos centros comunitários portugueses, mas apenas uma ínfima parte está na linguagem que ele usa para ler e escrever.
De acordo com os principais centros portugueses de informação comunitária contactados pela agência Lusa, a União Europeia não disponibiliza, de forma regular, documentos e legislação em Braille.
Os gabinetes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu em Portugal, que no conjunto disponibilizam ao público várias centenas de documentos sobre a União Europeia, não possuem cópias da legislação disponíveis em Braille, excepto em casos pontuais e por iniciativa das próprias representações em Lisboa.
«Se houver alguma publicação em Braille será residual, até porque, se tal fosse produzido regularmente a nível central, o gabinete (do Parlamento Europeu em Portugal) iria recebê-la», adiantou uma fonte da representação portuguesa do Parlamento Europeu.
[...]
O Dia Mundial do Braille assinala o nascimento do francês Louis Braille, em 1809, cego desde criança e criador do célebre alfabeto táctil, baseado na combinação de pontos em relevo.
Diário Digital / Lusa"

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Estudo: Internet estimula jovens a visitar bibliotecas

"A Internet pode estar a despertar o interesse das pessoas por livros nos EUA, de acordo com uma pesquisa, que afirma que mais de metade dos norte-americanos foi a uma biblioteca, atraídos pelas informações a que tiveram acesso online.
Dos 53% dos inquiridos que afirmaram ter visitado uma biblioteca em 2007, os utilizadores mais frequentes tinham entre 18 e 30 anos. Segundo a pesquisa, os cibernautas são duas vezes mais propensos a visitar bibliotecas.
«O uso da Internet parece criar uma fome por informação e são as pessoas que usam muito a rede global que parecem estar mais dispostos a visitar bibliotecas», esclarece uma professora da Universidade de Illinois, co-autora do estudo, Leigh Estabrook.
Em 1996, um estudo da Benton Foundation apontava que as pessoas da faixa etária em questão considerava que as bibliotecas se tornariam menos relevantes no futuro. «Dez anos depois, os irmãos e irmãs mais novos dessas pessoas são os mais ávidos utilizadores de bibliotecas», afirma a pesquisadora. "

Centro de Arte aguarda pela "segunda pedra"

"A construção do tão desejado Centro de Arte de Ovar, afinal, ainda não começou. Apesar da primeira pedra ter sido lançada há já mais de cinco meses, a obra no terreno não avançou, tendo sido apenas entaipada a área de intervenção, mesmo ao lado da Biblioteca Municipal. Tal situação levou a que os vereadores da Oposição tivessem apresentado, recentemente, um pedido de esclarecimento à Câmara no sentido de saber o que se passa. "No passado da 25 de Julho (Dia do Município), foi lançada com pompa e circunstância a primeira pedra do Centro de Arte de Ovar, tendo sido dito na altura que, com o arranque desta empreitada, o actual Executivo municipal cumpria mais um dos objectivos estratégicos do mandato, uma vez que este equipamento iria colmatar uma lacuna da cidade e do concelho de Ovar, que é a falta de um espaço cultural condigno e a inexistência de um auditório de dimensão apropriada às necessidades do concelho", recordam os vereadores. No entanto, passados cinco meses "do 'falso' arranque da empreitada e face à completa ausência de trabalho em execução no local, pergunta-se qual a razão da 'primeira pedra' ter sido lançada no dia 25 de Julho e até à data a 'segunda pedra' ainda não foi lançada?", questionam.Segundo o presidente da Câmara, Manuel Oliveira, a resposta é simples. O autarca socialista disse que o lançamento da primeira pedra foi apenas um acto simbólico, mais para dar a conhecer o projecto de arquitectura do futuro edifício da autoria de João Rapagão, então já aprovado. O acto, sublinhou, teve todo o sentido até porque, do ponto de vista formal, o processo estava resolvido, na medida em que já tinha o visto do Tribunal de Contas e homologada a candidatura aos fundos do QREN. "Na altura, disse que a obra ainda não tinha sido consignada e não o foi porque a empresa vencedora do concurso de concepção e execução ainda não apresentou o projecto de especialidades. Quando isso acontecer, então procederemos ao acto de consignação e o prazo de execução começará a contar", rematou o autarca. O edifício terá, ao nível do rés-do-chão, uma cafetaria, um foyer, quatro salas de ensaios e o auditório. No primeiro piso, ficará uma galeria. "