O Arquivo Nacional de Angola possui um importante acervo documental datado entre os séculos XVIII e XX, período de vigência da Administração Colonial Portuguesa. Em início de criação, o arquivo pretende oferecer condições para o estudo da História de Angola. Objectivos que Rosa Cruz e Silva, Directora do Arquivo de Angola, expôs em Lisboa, em conferência realizada no Arquivo Histórico Ultramarino, do Instituto de Investigação Cientifica e Tropical. Na conferência intitulada «Arquivo Histórico de Angola versus a investigação histórica», a responsável angolana citou os trabalhos levados a cabo no arquivo de Angola, referindo que «o trabalho tem consistido essencialmente na recolha, tratamento e divulgação de documentos referentes ao processo de colonização». Um trabalho que tem sido difícil pois a Guerra, após a Independência, «destruiu grande parte dos acervos, apesar de ainda ter sido possível recolher alguns nas províncias pelo país», refere a investigadora. Rosa Cruz e Silva adianta que foi possível recuperar muito do acervo histórico, graças à consciência de alguns cidadãos, dizendo mesmo que «houve um funcionário da Conservatória que no período crítico da Guerra, levou para casa os livros de registos e que depois os devolveu intactos e, por isso, hoje fazem parte do acervo do Arquivo Nacional de Angola». Actualmente, o Arquivo Nacional de Angola tem um acervo constituído por 13 mil códices manuscritos, referentes aos séculos XVIII, XIX e XX, e por 5 mil caixas de documentos relativos aos séculos XIX e XX. Existem ainda documentos visuais como fotografias, mapas cartográficos e microfilmes que a especialista refere estar uma grande quantidade em elevado estado de degradação devido à falta de condições de preservação. O sistema informático disponível no Arquivo já permitiu, contudo, digitalizar 1500 postais e catalogar cerca de 25 mil títulos que após terem sido digitalizados estão agora disponíveis on-line e podem ser consultados através do título ou palavra-chave, refere a investigadora. A falta de pessoal e de apoio à formação é, neste momento, a grande preocupação de Rosa Cruz e Silva, ao afirmar que «a falta de pessoal técnico é muito preocupante, pois só com formação e pessoas disponíveis para trabalhar é que será possível fazer mais e melhor». O apoio que tem vindo de instituições exteriores e até de outros países, como é o caso da Torre do Tombo, em Portugal, tem sido fundamental para a formação de pessoal especializado, releva a responsável angolana e adianta que «a colaboração da Torre do Tombo, com cursos de formação para técnicos tem sido muito importante, mas sentimos ainda muita carência a este nível». No decorrer da Conferência, Rosa Cruz e Silva adiantou ainda que os materiais relacionados com a temática do tráfico de escravos, a luta de libertação dos países africanos ou a história contemporânea de Angola são os mais solicitados pelos investigadores, mas que nem sempre é possível disponibilizar essas informações, uma vez que muita da documentação se encontra dispersa por outros arquivos. «Era fundamental que os arquivos em Portugal, como é o caso do Arquivo Histórico Ultramarino, arquivos estrangeiros e de províncias angolanas fizessem chegar até nós essa informação» pede a especialista e reforça que só assim será possível no futuro «enriquecer o legado já existente e disponibilizar informações de grande valor histórico-cultural contribuindo para o aumento da produção historiográfica do nosso país». Divulgar o trabalho desenvolvido pelo Arquivo Nacional de Angola e apelar à cooperação entre os arquivos portugueses foi o objectivo da Directora Angolana com a intervenção no II Ciclo de Conferências Ciência nos Trópicos, do Instituto de Investigação Científica e Tropical. "
quarta-feira, outubro 31, 2007
Arquivo Nacional de Angola quer cooperação portuguesa
O Arquivo Nacional de Angola possui um importante acervo documental datado entre os séculos XVIII e XX, período de vigência da Administração Colonial Portuguesa. Em início de criação, o arquivo pretende oferecer condições para o estudo da História de Angola. Objectivos que Rosa Cruz e Silva, Directora do Arquivo de Angola, expôs em Lisboa, em conferência realizada no Arquivo Histórico Ultramarino, do Instituto de Investigação Cientifica e Tropical. Na conferência intitulada «Arquivo Histórico de Angola versus a investigação histórica», a responsável angolana citou os trabalhos levados a cabo no arquivo de Angola, referindo que «o trabalho tem consistido essencialmente na recolha, tratamento e divulgação de documentos referentes ao processo de colonização». Um trabalho que tem sido difícil pois a Guerra, após a Independência, «destruiu grande parte dos acervos, apesar de ainda ter sido possível recolher alguns nas províncias pelo país», refere a investigadora. Rosa Cruz e Silva adianta que foi possível recuperar muito do acervo histórico, graças à consciência de alguns cidadãos, dizendo mesmo que «houve um funcionário da Conservatória que no período crítico da Guerra, levou para casa os livros de registos e que depois os devolveu intactos e, por isso, hoje fazem parte do acervo do Arquivo Nacional de Angola». Actualmente, o Arquivo Nacional de Angola tem um acervo constituído por 13 mil códices manuscritos, referentes aos séculos XVIII, XIX e XX, e por 5 mil caixas de documentos relativos aos séculos XIX e XX. Existem ainda documentos visuais como fotografias, mapas cartográficos e microfilmes que a especialista refere estar uma grande quantidade em elevado estado de degradação devido à falta de condições de preservação. O sistema informático disponível no Arquivo já permitiu, contudo, digitalizar 1500 postais e catalogar cerca de 25 mil títulos que após terem sido digitalizados estão agora disponíveis on-line e podem ser consultados através do título ou palavra-chave, refere a investigadora. A falta de pessoal e de apoio à formação é, neste momento, a grande preocupação de Rosa Cruz e Silva, ao afirmar que «a falta de pessoal técnico é muito preocupante, pois só com formação e pessoas disponíveis para trabalhar é que será possível fazer mais e melhor». O apoio que tem vindo de instituições exteriores e até de outros países, como é o caso da Torre do Tombo, em Portugal, tem sido fundamental para a formação de pessoal especializado, releva a responsável angolana e adianta que «a colaboração da Torre do Tombo, com cursos de formação para técnicos tem sido muito importante, mas sentimos ainda muita carência a este nível». No decorrer da Conferência, Rosa Cruz e Silva adiantou ainda que os materiais relacionados com a temática do tráfico de escravos, a luta de libertação dos países africanos ou a história contemporânea de Angola são os mais solicitados pelos investigadores, mas que nem sempre é possível disponibilizar essas informações, uma vez que muita da documentação se encontra dispersa por outros arquivos. «Era fundamental que os arquivos em Portugal, como é o caso do Arquivo Histórico Ultramarino, arquivos estrangeiros e de províncias angolanas fizessem chegar até nós essa informação» pede a especialista e reforça que só assim será possível no futuro «enriquecer o legado já existente e disponibilizar informações de grande valor histórico-cultural contribuindo para o aumento da produção historiográfica do nosso país». Divulgar o trabalho desenvolvido pelo Arquivo Nacional de Angola e apelar à cooperação entre os arquivos portugueses foi o objectivo da Directora Angolana com a intervenção no II Ciclo de Conferências Ciência nos Trópicos, do Instituto de Investigação Científica e Tropical. "
terça-feira, outubro 30, 2007
Alunos «abrem» Arquivo Municipal em Reguengos de Monsaraz
De acordo com a autarquia, o edifício, datado do início do século XX e cujas obras de recuperação custaram cerca de 300 mil euros, corresponde às actuais necessidades de arquivo de documentos do concelho e tem uma capacidade de depósito para fazer face ao crescimento previsível nas próximas décadas.
No rés-do-chão do edifício, onde funcionou a Repartição de Finanças da cidade, ficam instalados os serviços que implicam maior sobrecarga sobre os pavimentos, nomeadamente as salas para depósitos de documentos, recepção, selecção, tratamento e restauro de documentos.
No piso superior funcionam os serviços técnicos, incluindo a direcção, os serviços técnico-administrativos e a sala para consulta pública de documentos.
O arquivo começou hoje a funcionar, de uma forma simbólica, com a abertura da sala de consulta a uma turma de História do nono ano da Escola Secundária Conde de Monsaraz que foram os primeiros munícipes a consultar a documentação histórica existente.
Na cerimónia de abertura, o município de Reguengos de Monsaraz assinou com todas as juntas de freguesia do concelho protocolos de cooperação arquivística com o objectivo de salvaguardar no Arquivo Municipal todo o espólio documental das autarquias.
Esta documentação histórica, remonta nalguns casos, aos inícios do século XIX, ficando o Arquivo Municipal com a responsabilidade de a tratar, acondicionar e divulgar aos munícipes."
sexta-feira, outubro 26, 2007
Biblioteca Municipal de Faro acolhe Curso de Literatura
Fonte: http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.asp?varNumero=6904
Semana do aluno- Programação para hoje: BIB
VISITAS, SESSÕES de Informação – Documentação e bibliotecas
Tarde
(15H 00m)
Pela sua saúde…visita guiada à exposição "Fisioterapia"
(16H 00m)
Desporto no IPP (Eng.º Daniel; Sr. Castro …)
(16H 15m)
Musica e Drama
Encenação de "viagem pelas publicações da Biblioteca" por grupo de teatro de alunas da ESMAE (Isabel Pinto)
(17H 00m) às (18H 00m)
SESSÃO CULTURAL DE ENCERRAMENTO (Tunas IPP)
Cantuna -Tuna Feminina da ESE; Tuna Feminina do ISCAP
Nunca é demais alertar.
http://www.climatehotmap.org/index.html
quarta-feira, outubro 24, 2007
Semana do aluno: programação para hoje- Biblioteca Central
VISITAS, SESSÕES de Informação – Documentação e bibliotecas
Tarde
Tesuna -Tuna Feminina da ESTSP
(14H 30m)
Informação, Documentação e Processo de Bolonha (Mesa redonda com docentes convidados - Dr.ª Cândida Silva, Dr. Lino Oliveira; alunos do CTDI - Júlio Anjos, Emília Oliveira; Vice-Presidente da AE da ESEIG – Carlos Vale)
terça-feira, outubro 23, 2007
«Informação e Comunicação nos Mass Media» na UP
segunda-feira, outubro 22, 2007
Semana do aluno: programação para hoje- Biblioteca Central IPP
MOMENTO CULTURAL DE ABERTURA (Tunas IPP)
Tuna Feminina do ISEP; Afrodituna - Tuna Feminina da ESEIG; Tuna de Contabilidade do Porto do ISCAP; Tuna da Escola Superior de Educação do Porto; Gatunos - Tuna Masculina da ESEIG; Tusa - Tuna Académica da ESTGF
(15H 00m)
Sessão de abertura proferida pelo Eng.º Pedro Esteves
(15H 15m)
Associativismo / Responsáveis pelas estruturas académicas dos alunos – Presidente da AE da ESE …
(15H 45m)
Apoio aos Alunos (Gabinete de Apoio ao aluno do IPP (Dr.ª. Ana Isabel Ferreira e Dr.ª Marília Clemente / SASIP – Dr. Orlando Fernandes)
Histórias antigas da Rússia para ver em Mafra
Arquitecto doa acervo a Arquivo Histórico de Abrantes
O presidente da Câmara de Abrantes disse à agência Lusa ser «um orgulho» acolher este acervo documental que considerou «do máximo interesse».
Segundo disse Nelson de Carvalho, esta doação significa um «excelente exercício de cidadania activa» e «um passo em frente no enriquecer do nosso património e na preservação da nossa inteligência enquanto comunidade».
Duarte de Castro Ataíde Castel-Branco nasceu em Macau em 1927, de uma família abrantina, e diplomou-se em Arquitectura com 20 valores, no Porto. Em Itália e em França (Paris) completou a sua formação com estudos de urbanismo. A partir daí desenvolveu uma intensa actividade como professor, urbanista e arquitecto.[...]"
Biblioteca de Beja: Edita guias de utilização da Internet
A Biblioteca Municipal de Beja lançou este mês dois “Guias de Leitura” e “Utilização de Internet sobre princípios básicos de segurança”, um para utilizadores em geral e outro para crianças, jovens, pais e professores.
Estas publicações resultam do trabalho realizado no sector multimédia da Biblioteca Municipal de Beja e têm como objectivo responder às questões colocadas pelos utentes dos espaços de utilização livre de Internet que a autarquia possui.
A distribuição destes documentos é feita de forma faseada. Os primeiros exemplares são distribuídos pelos funcionários da autarquia, depois pelos educadores de jardins-de-infância, professores do 1º ciclo e bibliotecas escolares. Mais tarde chegarão a professores de tecnologias e EVT dos 2º e 3º ciclos. Qualquer professor que deseje desenvolver actividades em torno das informações constantes nos Guias, deve solicitar exemplares junto da Biblioteca Municipal de Beja"
sexta-feira, outubro 19, 2007
ONU criará maior biblioteca online do mundo
«A iniciativa da Biblioteca Digital Internacional é digitalizar materiais raros e únicos de bibliotecas e outras instituições ao redor do mundo e torná-los disponíveis de forma gratuita na Internet», informou a Unesco em um comunicado.
Manuscritos, mapas, livros, partituras e gravações musicais, filmes, gravuras e fotografias serão incluídos no projecto. A iniciativa foi lançada pela Biblioteca do Congresso dos EUA em 2005, com o objectivo de digitalizar registos das maiores culturas do mundo.
O projecto vai permitir aos usuários procurar por lugares, épocas, temas e instituições participantes e soma-se aos esforços de empresas como o Google, que está a digitalizar acervos de diversas bibliotecas do mundo para acesso online"
Ladrão de 'mapamundis' ainda em liberdade
Biblioteca Pública de Ponta Delgada acolhe sexta-feira workshop literário
Loulé celebra Dia Internacional da Biblioteca Escolar
quarta-feira, outubro 17, 2007
Artigo: texto Alcances y limitaciones de lãs encuestas cuantitativas
Prémio Nobel da Literatura 2007
O júri descreveu Doris Lessing em um comunicado como "a narradora épica da experiência feminina, que, com ceticismo, ardor e uma força visionária sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio".
Doris Lessing completará 88 anos no dia 22 de outubro. Desde o início da premiação em 1901, ela é a 11ª mulher a receber o Nobel de Literatura.
A escolha foi uma surpresa já que o nome de Lessing, com freqüência citado como favorito no passado, já não aparecia atualmente nos círculos suecos.
A romancista não pôde ser localizada após a divulgação da notícia. De acordo com seu agente literário, ela estava fazendo compras em Londres e não foi possível avisá-la antes que ela ficasse sabendo do prêmio pelos meios de comunicação.[...]"
segunda-feira, outubro 15, 2007
Expectativas ultrapassadas no 'leilão do ano'
Descrição de Lisboa antes do Terramoto de 1755 editada pela Biblioteca Nacional
"Relação do Reino de Portugal. 1701" é o titulo do manuscrito de que uma equipa liderada pela catedrática Maria Leonor Machado dos Santos, da Universidade Nova de Lisboa, fez o estudo paleográfico e diplomático, sendo publicado na colecção "Textos da BN". "Esta é, tanto quanto conheço, a mais antiga descrição, pormenorizada, de Lisboa e seus arredores, nomeadamente a zona de Sintra, que consideram uma paisagem excepcional", disse a investigadora. O manuscrito original - da autoria de Thomas Cox e de seu tio, o reverendo Cox Macro - encontra-se na Biblioteca Britânica em Londres. Maria Leonor Machado de Sousa afirmou que a descrição é "minuciosa” e “muito completa”. Cox Macro “não se ficou apenas pelo que viu. Recria os ambientes, sendo quase uma crónica de costumes". [...]"
Autores portugueses em audiolivros
Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Mário Sá-Carneiro, Fialho de Almeida, Florbela Espanca e Camilo Castelo Branco são os autores e Alexandra Lencastre, João Perry, Eunice Muñoz, José Wallenstein, São José Lapa e Nuno Lopes emprestam a voz, acompanhados pela música de Alexandre Cortez.
Os livros, em que a história pode ser lida e ouvida, são apresentados ao público na FNAC/Chiado, dia 18 de Outubro, pelas 18h30, com a presença dos seis actores."
sexta-feira, outubro 12, 2007
“Palavras-Chave” na Biblioteca Municipal de Faro
Obras da Biblioteca da Guarda vão ser retomadas
terça-feira, outubro 09, 2007
7ª SEMANA DO ALUNO - 22 - 26 Outubro 2007
Agenda Cultural:
http://www.biblioteca.ipp.pt/agendacultural2007final.pdf
Folheto:
http://www.biblioteca.ipp.pt/folhetosemanaaluno2007.pdf
Cartaz:
http://www.biblioteca.ipp.pt/CartazSemAluno2007.pdf
segunda-feira, outubro 08, 2007
Diocese inventaria documentos
Livros “viajam” até bairro social
Fonte: O primeiro de Janeiro
sábado, outubro 06, 2007
Memórias lusófonas no Brasil debatidas em Lisboa
Organizado pelo Instituto de Investigação Científica Tropical e pela Associação Científica Internacional Atlântico Lusófono de Antigo Regime, o encontro decorrerá segunda-feira na Sala Pompeia do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU) e terça e quarta-feira no Centro Científico e Cultural de Macau.
Jay Levenson, um dos curadores da exposição «Encompassing the Globe: Portugal and the World in the 16th and the 17th centuries», que esteve patente em Washington entre Junho e Setembro deste ano, irá proferir a conferência de abertura na presença dos Embaixadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Naquela exposição, visitada por mais de 300 mil pessoas no Smithsonian Institution, em Washington, foram mostradas cerca de 260 peças de museus e colecções particulares de várias partes do mundo - mapas, manuscritos, mobiliário e outros objectos - reveladoras do impacto cultural de Portugal nos séculos XVI e XVII.
Valentim Alexandre, Eugénia Rodrigues, Margarida Rego Machado, Maria Alexandre Lousada, Malyn Newitt, Beatriz Nizza da Silva, Ana Cannas e Manuel Real são outros dos especialistas portugueses e estrangeiros que participam no encontro com comunicações.
No encontro, intitulado «Memórias Lusófonas: a Saída da Corte para o Brasil», serão abordados, dum ponto de vista histórico, aspectos relacionados com a saída da corte portuguesa para o Brasil, a permanência e o regresso a Portugal, bem como a memória comum das comunidades e povos lusófonos, metodologias de cooperação e procedimentos arquivísticos que promovam o acesso aos acervos coloniais dos diversos países.
A entrada no seminário é aberta ao público mediante a inscrição prévia através do e-mail do Arquivo Histórico Ultramarino (ahu@iict.pt).
No âmbito deste evento e numa iniciativa conjunta com a Embaixada do Brasil e a Direcção-Geral de Arquivos-Torre do Tombo, realiza-se segunda-feira, pelas 18h30, na residência da embaixada, o lançamento do livro «Governação e Arquivos: D. João VI no Brasil» de Ana Cannas, Directora do Arquivo Histórico Ultramarino.
O seminário articula-se com a VIII Reunião da Comissão Luso-Brasileira para a Salvaguarda e Divulgação do Património Documental (COLUSO), que decorrerá terça-feira à tarde, e antecede a 3ª Reunião do Fórum dos Arquivos de Língua Portuguesa, a terem lugar a 11 e 12 de Outubro, ambas no AHU, e fechadas ao público"
Fonte:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=298033
terça-feira, outubro 02, 2007
VIII ENCONTRO NACIONAL DE ARQUIVOS MUNICIPAIS
Fundos Privados em Arquivos Municipais: perspectivas e projectos
Vila Real, 16 de Novembro de 2007
JORNADA
Avaliação e selecção documentais: processo contínuo e sistemático
Vila Real, 15 de Novembro de 2007
Programa: http://www.apbad.pt/Seccoes/S_ArqMunicipais/8EncontroArqMun.htm
segunda-feira, outubro 01, 2007
Brasil: Livro conta mudanças causadas por fuga de D.João VI
Um livro-reportagem lançado recentemente no Brasil, resultado de uma investigação jornalística de dez anos, relata como a fuga de D.João VI mudou a história do Brasil e de Portugal há 200 anos.
«1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil», do jornalista Laurentino Gomes, foi lançado há pouco mais de duas semanas no Brasil.
Desde então é um sucesso editorial e já lidera o ranking dos livros mais vendidos na categoria não-ficção da Livraria Cultura, uma das maiores de São Paulo.
«Os resultados foram muito além do que eu imaginava e esperava. Sinal que os leitores estão adorando o que escrevi. O que mais eu poderia desejar?», salientou Laurentino Gomes à agência Lusa.
A obra ainda não tem data definida para ser lançada em Portugal, mas o contrato foi negociado com a Editora Dom Quixote, na semana passada, avançou o autor.
«Acho que será muito bem recebido, em Portugal. O livro procura fazer um julgamento bastante isento dos acontecimentos de 200 anos atrás», disse.
«O livro é todo baseado em factos históricos. Tem pouca opinião. Por isso, provavelmente receberá tratamento equilibrado também por parte dos leitores dos dois lados do Atlântico», afirmou.
«1808» mostra ainda o papel fundamental do povo português na resistência a Napoleão Bonaparte, além das vitórias dos ingleses, aliados aos portugueses, a começar pela do Vimeiro em 1808, decisivas para a vitória final contra Napoleão, em Waterloo, em 1814.
O livro é dividido em 28 capítulos, com um total de 414 páginas, que incluem dois cadernos a cor e mostram 36 ilustrações de cronistas e pintores renovados da época, como Debret, Rugendas, Henderson e Chamberlain.
«1808» inclui igualmente um mapa da viagem de D. João VI e uma «linha do tempo» a mostrar os principais acontecimentos no Brasil e no mundo entre a Revolução Francesa e a independência brasileira.
A ideia de escrever sobre os 200 anos da fuga de D. João VI surgiu quando Laurentino Gomes era editor executivo da Revista Veja, em São Paulo, em 1997.
Na época, a revista encomendou ao jornalista uma série de especiais históricos, que seriam distribuídos como brinde aos assinantes e compradores.
O projecto incluiu o primeiro centenário da Proclamação da República, o Descobrimento do Brasil e a fuga da família real portuguesa para a então colónia brasileira.
Desses três, apenas o primeiro foi publicado, em 2000, e distribuído no Brasil e em Portugal juntamente com as revistas Veja e Visão, sob o título «A Aventura do Descobrimento», escreveu Laurentino.
«Como já tinha iniciado as minhas leituras, acabei me apaixonando pelo assunto. Nesses últimos 10 anos, li mais de 150 livros. Virou uma verdadeira obsessão», afirmou o autor.
O jornalista consultou obras em diversas locais, como a Biblioteca Nacional da Ajuda, em Lisboa, a Biblioteca Thomas Jefferson do Congresso Americano, em Washington, e a Biblioteca Mindlin, em São Paulo.
Escrito numa linguagem acessível, «1808» resgata a história da corte portuguesa no Brasil e devolve os seus protagonistas «à dimensão mais correcta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás».
«Coube a eles transformar o Brasil, de uma colónia atrasada e ignorante num país independente», afirmou, referindo-se à criação de várias instituições que existem até hoje, como o Banco do Brasil e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Laurentino salientou ainda que, caso D. João VI não tivesse fugido de Portugal para o Rio de Janeiro, em 1808, o Brasil não existiria como é hoje.
«Provavelmente teria se pulverizado em pequenas repúblicas, como aconteceu com a América espanhola. Seria uma constelação de países irrelevantes na América do Sul, cuja liderança caberia à Argentina», disse.
«D. João VI, portanto, criou o Brasil independente e gigante que temos hoje, com todas as suas virtudes e defeitos«, sublinhou.
Jornalista com mais de 30 anos de experiência, Laurentino Gomes já trabalhou como repórter e editor de alguns dos principais jornais e revistas do Brasil, como O Estado de São Paulo e a Veja.
Actualmente comanda uma unidade da Editora Abril responsável pela publicação de 23 títulos, entre eles as revistas Casa Claudia, Quatro Rodas, Playboy, National Geographic e Viagem e Turismo.
Em 1999 trabalhou por um breve período em Portugal, com a missão de contribuir para o redesenho da Visão, revista semanal de informação editada pela AbrilControlJornal, uma sociedade tripartida constituída por brasileiros, portugueses e suíços.
«Permaneci quatro meses em Lisboa. Foi uma experiência inesquecível da qual tenho saudades até hoje. Voltar a Portugal com um livro sobre a mudança da corte de D. João para o Brasil é uma forma de amenizar essa saudade e, ao mesmo tempo, de homenagear os portugueses que me receberam e trataram com tanto carinho oito anos atrás», afirmou.