terça-feira, outubro 10, 2006

Direcção-Geral de Arquivos 'optimiza meios'

A Torre do Tombo e os arquivos distritais vão passar a depender, a partir do início do próximo ano, de um novo organismo, designado por Direcção-Geral de Arquivos (DGA). A alteração orgânica em curso obriga à extinção do Instituto dos Arquivos Nacionais - Torre do Tombo e do Centro Português de Fotografia. Tais mudanças no sector arquivístico inserem-se no Programa de Restruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e não prevêem reforço de meios humanos, garantiu ontem a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.À margem da sessão de encerramento das comemorações dos 90 anos do Arquivo Distrital de Leiria, a governante explicou que a futura DGA irá gerir toda a rede de arquivos nacionais, incluindo a Torre do Tombo. Aqueles, assegurou, manterão a mesma funcionalidade e autonomia. O que muda, afirmou Isabel Pires de Lima, "é a direcção dos serviços". A mudança de configuração não implica, no seu entender, reforço de funcionários, até porque "não há necessidade disso", significa antes uma "optimização de meios".As alterações que estão a decorrer visam, disse ainda a ministra da Cultura, "clarificar conceitos, consubstanciando um modelo organizacional mais adequado à realidade, que justamente separa a tarefa de gestão de uma rede territorial de arquivos da missão, muito específica, de preservação e salvaguarda da memória documental nacional".Defendendo que os arquivos devem apresentar-se como serviços interactivos, a governante lembrou que "é preciso fazer face ao passivo de largas centenas de quilómetros de documentação acumulada em depósitos de arquivo intermédio da Administração Central".
Helena Simão

Sem comentários: