segunda-feira, abril 24, 2006

25 de Abril: a revolução dos cravos

A decadência económica de Portugal e o desgaste com a guerra colonial provocam descontentamento no interior das Forças Armadas. Em 25/4/1974 eclode a Revolução dos Cravos: oficiais de média patente revelam-se e derrubam o governo de Caetano, que se asila no Brasil; o general António de Spínola assume a Presidência.

A população festeja o fim da ditadura distribuindo cravos - a flor nacional - aos soldados rebeldes. Os partidos políticos, inclusive o Comunista, são legalizados e é extinta a Pide, polícia política do salazarismo.
O novo regime mergulha Portugal numa agitação revolucionária: Spínola fracassa em sua tentativa de controlar a força política e militar da esquerda e renuncia em Setembro de 1974; o governo passa a ser dominado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), fortemente influenciado pelo Partido Comunista. Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau obtêm a independência.

"O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "dia da Liberdade" ao feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução). "
Site com textos jornalísticos do 25 de Abril: http://www.uc.pt/cd25a/media/Exposicoes/m3.pdf

1 comentário:

Anónimo disse...

Grândola Vila Morena
Zeca Afonso

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade