segunda-feira, maio 21, 2007

Universidade cobra 4.000 euros por dia para uso da Biblioteca Joanina

"Desde que assumiu a direcção da Biblioteca Geral da UC, Carlos Fiolhais não conseguiu adquirir mais de 20 obras para a instituição. «Eu compro isso por mês», diz o físico, ao ilustrar a débil situação orçamental. Para recuperar livros antigos só “arrendando” a jóia da coroaQuinhentos euros por cada hora de utilização, o que perfaz 4.000 euros por dia (oito horas), é quanto as empresas e entidades exteriores à Universidade de Coimbra (UC) terão de pagar se quiserem utilizar a Biblioteca Joanina para a realização de cerimónias de carácter cultural, científico ou técnico (apresentação de livros, recitais, concertos ou reuniões de conselho de administração).A receita será canalizada para um fundo de investimento no âmbito do projecto “SOS Livro Antigo”, criado para atrair contributos do mundo empresarial (ou de instituições endinheiradas) para o restauro de algumas das mais valiosas obras da Biblioteca Joanina, que reúne entre 60 a 70 mil volumes (no edifício do século XVIII), embora ascendam a 200 mil os livros considerados antigos (do século XVI ao XIX) na posse da instituição – alguns dos quais em estado avançado de degradação.Até ao momento, de acordo com o director da Biblioteca Geral da UC (que integra a Biblioteca Joanina), Carlos Fiolhais, o espaço foi utilizado, mediante cobrança – antes do lançamento do “SOS Livro Antigo” –, pelo Banco Privado Português, para um concerto do pianista Domingos António.De acordo com o professor universitário, o valor cobrado pela utilização da Biblioteca Joanina não é excessivo.«Acho que é concorrencial. Não podemos dizer que a Biblioteca está em saldos.A Biblioteca Joanina é dos monumentos nacionais mais marcantes e o dinheiro não paga apenas o uso [do espaço], mas outras despesas. Além disso, a recuperação de livros antigos é muito cara e há pouca gente em Portugal que o possa fazer», afirma Carlos Fiolhais, que dá os exemplos (no restauro de obras) da Biblioteca Nacional e da Fundação Ricardo Espírito Santo. [...]"
Fonte e notícia completa: http://www.diariocoimbra.pt/15630.htm

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