Um grupo de trabalho da Rede de Bibliotecas do IPP está a elaborar um trabalho sobre Direitos de Autor e Bibliotecas, sendo uma parte desse trabalho uma listagem de perguntas mais frequentes que os bibliotecários colocam no seu quotidiano, e para as quais serão encontradas respostas avalizadas. Esta a primeira versão da lsitagem de perguntas, sugestões são bem vindas.
1. O empréstimo domiciliário de materiais bibliográficos por uma biblioteca pode entrar em choque com alguma determinação do direito de autor?
2. Existe algum tipo de materiais bibliográficos que não possa ser objecto de empréstimo domiciliário?
3. Na minha biblioteca a fotocopiadora está em self-service, sendo portanto o leitor a tirar as suas próprias fotocópias, mas se este fotocopiar, por exemplo, um livro inteiro a biblioteca está a incorrer em alguma infracção?
4. A minha biblioteca tem alguns livros que vêm acompanhados de um CD-rom, mas como receio que este se extravie posso fazer uma cópia de segurança e emprestar a cópia e guardar o original?
5. A minha colecção de cassetes vídeo está em mau estado, e já não tenho equipamentos de leitura, posso fazer uma cópia destes vídeos para DVD?
6. Por cooperação inter-bibliotecas solicitámos e recebemos artigos de revistas em papel ou PDF para os nossos leitores, podemos guardar um cópia para a Biblioteca?
7. Uma biblioteca pode cobrar uma pequena taxa pelo empréstimo domiciliário de materiais bibliográficos?
8. Temos alguns livros com intensivamente consultados sendo ás vezes solicitado por mais de um utilizador simultaneamente, podemos fazer uma cópia destes livros só para uso interno?
9. Podemos ceder o login e password de acesso a determinadas bases de dados, de acesso pago, aos nossos leitores?
10.Se um leitor se ligar por VPN ao nosso sistema e a partir daí aceder a bases de dados de acesso pago estamos a infringir algum princípio legal?
11.Qual o numero máximo de páginas que o leitor pode fotocopiar de um livro?
12.Um artigo de uma revista com por exemplo 12 páginas pode ser todo fotocopiado por um leitor para fins de investigação e estudo?
13.Digitalizar páginas de um documento num scanner ou fotografar com uma câmara digital, é o mesmo que fotocopiar em termos de direitos de autor?
As teses de mestrado de professores da escola, bem como teses de bacharelato e licenciatura dos alunos são objecto de depósito na Biblioteca para consulta. Mas poderão ser ainda que parcialmente fotocopiadas?
segunda-feira, julho 04, 2005
terça-feira, junho 07, 2005
Arquivo Digital: gestão e serviços ao utilizador
Neste momento, em Portugal, vivemos perante a “novidade” da Sociedade de Informação e com tanto ruído e abundância de informação, os cidadão ficam mais exigentes. Ou seja, para um utilizador de um serviço de informação o seu objectivo é realizar a pesquisa de uma forma rápida e eficiente. Perante esta nova realidade, tem que se redefinir o trabalho dos arquivos para que possibilitem ao utilizador a possibilidade de alcançar melhores resultados, designadamente no acesso às fontes de informação.
No Arquivo Distrital do Porto, a Internet é usada como um instrumento de aproximação com utilizador e a colocação dos seu conteúdos disponíveis on-line permite resolver em tempo útil as necessidades do utilizador e a valorização do serviço público, com a demonstração de mobilização de energias e capacidades.
Ver mais em:
www.adporto.org/
Por: Ana Patricia Pacheco
No Arquivo Distrital do Porto, a Internet é usada como um instrumento de aproximação com utilizador e a colocação dos seu conteúdos disponíveis on-line permite resolver em tempo útil as necessidades do utilizador e a valorização do serviço público, com a demonstração de mobilização de energias e capacidades.
Ver mais em:
www.adporto.org/
Por: Ana Patricia Pacheco
sexta-feira, junho 03, 2005
Capacidade de Leitura é Baixa entre os Adolescentes
Palavras-Chave: Leitura; Adolescentes; Portugal
A capacidade de leitura entre os adolescentes é fraca. É o que se conclui do relatório sobre as capacidades de literacia para o mundo de amanhã, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O relatório efectuado pelas instituições citadas anteriormente, aborda um estudo realizado em 45 países, incluindo Portugal, o qual refere que 27,9% dos estudantes adolescentes revelam uma capacidade média de leitura e 24% estão num nível muito fraco.
No que diz respeito a Portugal, o estudo indica que a capacidade de leitura dos adolescentes portugueses é mais reduzida nas famílias mais pobres, a percentagem de rapazes que se dedicam à leitura entre duas horas por dia por entretenimento é de 6,3%, menos de metade da fasquia alcançada junto do sexo feminino, 17,9%.
Referências Bibliográficas:
BASTO, Fernando – Relatório da OCDE. Jornal Público. (9 Jul. 2003).
Por: Tânia Patrícia Silva Alves
A capacidade de leitura entre os adolescentes é fraca. É o que se conclui do relatório sobre as capacidades de literacia para o mundo de amanhã, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O relatório efectuado pelas instituições citadas anteriormente, aborda um estudo realizado em 45 países, incluindo Portugal, o qual refere que 27,9% dos estudantes adolescentes revelam uma capacidade média de leitura e 24% estão num nível muito fraco.
No que diz respeito a Portugal, o estudo indica que a capacidade de leitura dos adolescentes portugueses é mais reduzida nas famílias mais pobres, a percentagem de rapazes que se dedicam à leitura entre duas horas por dia por entretenimento é de 6,3%, menos de metade da fasquia alcançada junto do sexo feminino, 17,9%.
Referências Bibliográficas:
BASTO, Fernando – Relatório da OCDE. Jornal Público. (9 Jul. 2003).
Por: Tânia Patrícia Silva Alves
quarta-feira, junho 01, 2005
DIA MUNDIAL DO AMBIENTE – 5 JUNHO 2005
Definido pela Assembleia-geral das Nações Unidas, através da resolução 2994 (XXVII) em 1972, para marcar o início da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano, o dia 5 de Junho é comemorado todos os anos em mais de cem países.
Num dia em que se fala muito de poluição, extinção e consumo, são muitas as soluções apontadas mas poucas as convicções, por tudo isto deixamos alguns números que ilustram a realidade dos nossos dias:
- 18% da população mundial não tem acesso água potável
- 1/3 da população mundial não têm acesso a fontes modernas de energia
- 11000 milhões de espécies animais em risco de extinção
- 14,6 milhões de hectares de floresta perdidos na última década
- 1200 milhões de pessoas vivem com menos de 1 euro/dia
Alterar o actual cenário depende da vontade e das atitudes de todos. Afinal, todos os cidadãos têm direito a um ambiente de vida humano e ecologicamente equilibrado, mas também o dever de o defender.
(art 66º - Constituição República Portuguesa)
Por: Paulo Ferraz
Num dia em que se fala muito de poluição, extinção e consumo, são muitas as soluções apontadas mas poucas as convicções, por tudo isto deixamos alguns números que ilustram a realidade dos nossos dias:
- 18% da população mundial não tem acesso água potável
- 1/3 da população mundial não têm acesso a fontes modernas de energia
- 11000 milhões de espécies animais em risco de extinção
- 14,6 milhões de hectares de floresta perdidos na última década
- 1200 milhões de pessoas vivem com menos de 1 euro/dia
Alterar o actual cenário depende da vontade e das atitudes de todos. Afinal, todos os cidadãos têm direito a um ambiente de vida humano e ecologicamente equilibrado, mas também o dever de o defender.
(art 66º - Constituição República Portuguesa)
Por: Paulo Ferraz
Dia Mundial da Criança, qual o papel das Bibliotecas Públicas?

As Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a: afecto, amor e compreensão; alimentação adequada; cuidados médicos; educação gratuita; protecção contra todas as formas de exploração; crescer num clima de Paz e Fraternidade universais. Assim, o dia 1 de Junho realça a necessidade de relembrar à sociedade a necessidade de salvaguardar e formar as crianças, o nosso futuro. As Bibliotecas Públicas, de acordo com o Manifesto da UNESCO sobre Bibliotecas Públicas têm como uma das missões criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância, ou seja, devem apostar na dinamização e na formação deste utilizador, as crianças. Na minha opinião, como aluna de CTDI e participante em várias horas do conto acho que mais do que essencial é extremamente necessário que as bibliotecas públicas apostem nestas iniciativas, como por exemplo: www.evora.net/bpe/2005Bicentenario/dias/01_jun.htm
Por: Ana Pacheco
terça-feira, maio 31, 2005
Marketing Editorial
Ana Patrícia Pacheco – 9010109, CTDI 4º ANO
Cláudia Alves – 9010082, CTDI 4º ANO
Colaborar na disseminação de directrizes administrativas; fazer da produção do conhecimento uma fonte de cidadania; divulgar projectos culturais, desportivos e comunitários; especializar recursos humanos. Estas são algumas das metas possíveis através de instrumentos de comunicação dirigida, como boletins, vídeos, revistas, email, etc. E tudo isto é a base das Relações Públicas.
Este universo de conceitos e prática profissional também pode ser aplicado para o ambiente virtual, por meio de publicações editoriais on-line na forma de portais, revistas, informativos, jornais ou ainda boletins por email.
As publicações de uma empresa devem reflectir, em qualquer ocasião, a imagem institucional da mesma, o seu posicionamento, ou, como a empresa quer ser percebida pelo público, a quem se destina a publicação. Essa, inclusive, terá que ser a primeira providência: definir o público alvo, para o qual a sua publicação estará focada. Neste sentido, teremos duas espécies de publicações: as internas, dirigidas para os funcionários e colaboradores, e as externas, para clientes, fornecedores, parceiros e comunidade em geral. Para elaborar uma boa publicação interna devemo-nos sempre lembrar que os funcionários também são clientes em potencial, assim como os seus familiares, e que o sucesso da empresa está intimamente ligado ao grau de comprometimento que eles possuem para com ela. As publicações internas são importantíssimas para o fluxo de informações sobre o que acontece dentro da empresa. Portanto, é necessário que haja um representante de cada sector para fazer parte da equipa responsável para a elaboração do informativo ou boletim. Esta equipa reunir-se-á periodicamente, onde serão discutidos e escolhidos os assuntos publicados. Eles, obviamente, terão que ser do interesse do funcionário e a linguagem aplicada terá que ser acessível a todos. A periodicidade da publicação deve ser muito bem estudada: semanal, quinzenal, mensal, bimestral, etc. Uma vez definida, deverá ser rigorosamente respeitada, pois essa acção cria a expectativa de receber o próximo número.
Por último, qualquer publicação terá que ser avaliada constantemente e acompanhar a sua evolução, medindo o grau de interesse da equipa. É recomendável provocar situações interactivas, permitindo que os funcionários possam expressar a sua opinião e sugerir assuntos a serem abordados.
Se a decisão da empresa passa por uma publicação externa, valem todas as regras aqui expostas, porém a diferença básica é o público a quem está dirigida. Os interesses são outros e deverão ser discutidos também na reunião da equipa. Os temas escolhidos devem fazer parte do dia-a-dia dos clientes ou fornecedores, acompanhando sempre as mudanças do mercado. É importante criar também canais de comunicação com eles, promovendo cupões de resposta, sorteios de brindes, etc.
Editar livros, revistas, CD-ROM’s, sites da internet, são alguns dos trabalhos que um produtor editorial poderá executar. Ele é o responsável por todo o conteúdo e forma de uma obra. É ele quem selecciona os títulos a serem publicados e supervisiona todo o processo de produção, controlando os prazos e orçamentos. Define o tipo e o tamanho das letras, as cores, a paginação e as fotos ou ilustrações que serão publicadas. Determina a periodicidade, a tiragem, a época de lançamento e a distribuição da publicação. No mercado livreiro, por exemplo, o editor será o responsável por traçar uma identidade e os objectivos para a editora. É ele quem fará o contacto com os autores, os designers gráficos e os donos das editoras que viabilizarão o projecto. Já numa editora, este profissional deverá desenvolver o seu nicho de mercado, ou seja, avaliar, por exemplo, se um livro original de uma outra língua terá ou não mercado no País. Para isso, deverá montar uma boa equipa de tradutores e revisores e até caçadores de novos talentos. O trabalho de um produtor editorial aumenta, consequentemente, a procura de especialistas em marketing, já que uma boa divulgação pode fazer a diferença na tiragem de uma edição.
Como qualquer produto, a publicação empresarial, seja ela interna ou externa leva com ela a imagem da sua empresa, e, portanto, merece todos os cuidados relacionados com os aspectos de conteúdo, editorial e gráfico.
Bibliografia:
CASTELLS, Manuel – A Galáxia internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Gulbenkian, 2004.
ANSELMO, Artur – Estudos de História do Livro. Lisboa: Guimarães Editores, 1997.
MARTINS, Jorge M – Marketing do Livro. Oeiras: Celta, 1999.
SALAUN, Jean-Michel – Marketing des bibliothèques et des centres de documentation. Paris: Cercle de la Librairie, 1992
Cláudia Alves – 9010082, CTDI 4º ANO
Colaborar na disseminação de directrizes administrativas; fazer da produção do conhecimento uma fonte de cidadania; divulgar projectos culturais, desportivos e comunitários; especializar recursos humanos. Estas são algumas das metas possíveis através de instrumentos de comunicação dirigida, como boletins, vídeos, revistas, email, etc. E tudo isto é a base das Relações Públicas.
Este universo de conceitos e prática profissional também pode ser aplicado para o ambiente virtual, por meio de publicações editoriais on-line na forma de portais, revistas, informativos, jornais ou ainda boletins por email.
As publicações de uma empresa devem reflectir, em qualquer ocasião, a imagem institucional da mesma, o seu posicionamento, ou, como a empresa quer ser percebida pelo público, a quem se destina a publicação. Essa, inclusive, terá que ser a primeira providência: definir o público alvo, para o qual a sua publicação estará focada. Neste sentido, teremos duas espécies de publicações: as internas, dirigidas para os funcionários e colaboradores, e as externas, para clientes, fornecedores, parceiros e comunidade em geral. Para elaborar uma boa publicação interna devemo-nos sempre lembrar que os funcionários também são clientes em potencial, assim como os seus familiares, e que o sucesso da empresa está intimamente ligado ao grau de comprometimento que eles possuem para com ela. As publicações internas são importantíssimas para o fluxo de informações sobre o que acontece dentro da empresa. Portanto, é necessário que haja um representante de cada sector para fazer parte da equipa responsável para a elaboração do informativo ou boletim. Esta equipa reunir-se-á periodicamente, onde serão discutidos e escolhidos os assuntos publicados. Eles, obviamente, terão que ser do interesse do funcionário e a linguagem aplicada terá que ser acessível a todos. A periodicidade da publicação deve ser muito bem estudada: semanal, quinzenal, mensal, bimestral, etc. Uma vez definida, deverá ser rigorosamente respeitada, pois essa acção cria a expectativa de receber o próximo número.
Por último, qualquer publicação terá que ser avaliada constantemente e acompanhar a sua evolução, medindo o grau de interesse da equipa. É recomendável provocar situações interactivas, permitindo que os funcionários possam expressar a sua opinião e sugerir assuntos a serem abordados.
Se a decisão da empresa passa por uma publicação externa, valem todas as regras aqui expostas, porém a diferença básica é o público a quem está dirigida. Os interesses são outros e deverão ser discutidos também na reunião da equipa. Os temas escolhidos devem fazer parte do dia-a-dia dos clientes ou fornecedores, acompanhando sempre as mudanças do mercado. É importante criar também canais de comunicação com eles, promovendo cupões de resposta, sorteios de brindes, etc.
Editar livros, revistas, CD-ROM’s, sites da internet, são alguns dos trabalhos que um produtor editorial poderá executar. Ele é o responsável por todo o conteúdo e forma de uma obra. É ele quem selecciona os títulos a serem publicados e supervisiona todo o processo de produção, controlando os prazos e orçamentos. Define o tipo e o tamanho das letras, as cores, a paginação e as fotos ou ilustrações que serão publicadas. Determina a periodicidade, a tiragem, a época de lançamento e a distribuição da publicação. No mercado livreiro, por exemplo, o editor será o responsável por traçar uma identidade e os objectivos para a editora. É ele quem fará o contacto com os autores, os designers gráficos e os donos das editoras que viabilizarão o projecto. Já numa editora, este profissional deverá desenvolver o seu nicho de mercado, ou seja, avaliar, por exemplo, se um livro original de uma outra língua terá ou não mercado no País. Para isso, deverá montar uma boa equipa de tradutores e revisores e até caçadores de novos talentos. O trabalho de um produtor editorial aumenta, consequentemente, a procura de especialistas em marketing, já que uma boa divulgação pode fazer a diferença na tiragem de uma edição.
Como qualquer produto, a publicação empresarial, seja ela interna ou externa leva com ela a imagem da sua empresa, e, portanto, merece todos os cuidados relacionados com os aspectos de conteúdo, editorial e gráfico.
Bibliografia:
CASTELLS, Manuel – A Galáxia internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Gulbenkian, 2004.
ANSELMO, Artur – Estudos de História do Livro. Lisboa: Guimarães Editores, 1997.
MARTINS, Jorge M – Marketing do Livro. Oeiras: Celta, 1999.
SALAUN, Jean-Michel – Marketing des bibliothèques et des centres de documentation. Paris: Cercle de la Librairie, 1992
sexta-feira, maio 13, 2005
Indústria da Edição em Portugal
Ana Patrícia Pacheco – 9010109, CTDI 4º ANO
Cláudia Alves – 9010082, CTDI 4º ANO
O estado da edição e do mercado livreiro em Portugal pode se definir como “em crise”. Somos um país de escassos leitores a par de uma faixa enorme de população que não tem poder de compra, há uma elite cultural diminuta de onde saem os chamados “grandes leitores”. O sistema escolar é deficiente, exactamente à medida da ausência ou pobreza das bibliotecas, que é a literacia. Confinado o mercado dos livros a este espaço nacional nunca foram criadas as condições, neste campo, para uma relação normal com outros países de língua portuguesa.
Tudo isto, gera uma série de anomalias que a escassez de leitores explica uma rede deficiente de livrarias; as quais se encontram quase exclusivamente nos grandes centros urbanos.
Em Portugal, nunca houve uma forte indústria do livro, nomeadamente a primeira livraria era uma enorme superfície onde o utilizador para aceder a um tipo de livros mais especializados tinha que transpor numerosas salas e expositores cheios de ficção “light”.
A regra consistia na escassa produção editorial e muita sobriedade, o livro era como um objecto de consumo rápido e consagrado aos mais desvairados assuntos. Os livros que estão no catálogo não estavam esgotados mas encontravam-se nos armazéns dos editores ou dos distribuidores porque as livrarias não tinham espaço de armazenamento.
Actualmente, já nem sequer as novidades conseguem chegar às livrarias, um dos principais problemas dos editores de colocar os seus livros nas livrarias. A situação actual do mercado do livro em Portugal é dominada pela lógica das novidades, estes números incluem os livros escolares e as edições de autor e inúmeras instituições. Assim se explica que as livrarias não tenham capacidade para acolher todas as novidades e muito menos para armazená-las e criar fundos.
Os editores podem dizer que as livrarias prestam a um mau serviço, pois as livrarias queixam-se que as editoras “as afogam no mar de livros” que editam e para os quais é impossível haver compradores suficientes.
Os editores confirmam, que um livro tem mais ou menos um mês e meio para mostrar o que vale. Todo o processo de comercialização dos livros tende a eliminar aqueles que pertencem a esta segunda categoria, para a qual não foram criadas as necessárias defesas.
Hoje em dia, nenhum editor pode apostar em livros que têm uma produção cara e levam muito tempo a esgotar. O aumento de números de títulos publicados significa a condenação a uma vida breve e pouco gloriosa de muito deles. Nesta generalizada concentração de sinais de massificação da edição há uma concentração de vendas num número cada vez menor de autores.
Um mercado que se sustenta de novidades precisa de estar sempre a produzi-las, a um ritmo cada vez mais alucinante. Este retrato pouco complacente da situação editorial e do mercado do livro foi feito quando da instituição da lei do preço fixo do livro.
A abertura de hipermercados, com espaços cada vez maiores dedicados aos livros, e com descontos que nenhuma livraria podia praticar veio acentuar esta situação de “crise” (descontos esses feitos às custas das exigências dos editores, cada vez mais dependentes dessa forma de escoamento).
A edição de livros com o perfil pré-determinado de utilizadores (vendas em hipermercados) conduziu à redução da diversidade editorial e qualidade editorial. Esta débil situação viu-se agravada com a abertura das Fnacs, as quais têm fundos de catálogo e uma política de aquisição e exposição das novidades editoriais. Este êxito explica-se através do perfil de leitor português, um leitor generalista muito pouco especializado. As Fnacs agradam aos editores e distribuidores porque garantem a venda de volumes muito maiores e pagam nos prazos estabelecidos, coisa que as livrarias hoje em dia têm muita dificuldade em fazer.
O preço fixo do livro, ao contrário da missão inicial, a de reformular e especializar as livrarias tradicionais introduziu no mercado livreiro uma relação fechada de competição, o que traz consequências como o caso das feiras do livro que deixam as livrarias sem consumidores durante semanas.
Em Portugal, a actividade editorial e o mercado livreiro estão suspensos de equilíbrios tão precários que impera o medo, pois existe uma tendência para o aumento da oferta de títulos disponíveis acompanhado por um decréscimo acentuado da tiragem média de cada um. O crescimento no numero de títulos está directamente ligado a outro aumento, o de numero de editores a operar no país.
Na ultima década, mais importante que o aumento do número de bibliotecas foi a notória melhoria qualitativa dos seus serviços, o que reflecte num aumento claro do numero de utilizadores,
Portugal lê pouco, porquê? A falta de investimento na educação, o seu isolamento a nível europeu e a acção de censura oficial durante mais de metade do século XX resultou numa das taxas mais altas de alfabetísmo e literacia, o que ajuda a compreender esta realidade. O analfabetismo, a literacia, o baixo nível de habilitações académicas, o abandono escolar, a baixa formação profissional, e o fraco nível cultural são factores que estão todos ligados e que contribuem para o atraso e o fraco nível de competitividade internacional do nosso país.
Bibliografia:
CASTELLS, Manuel – A Galáxia internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Gulbenkian, 2004.
ANSELMO, Artur – Estudos de História do Livro. Lisboa: Guimarães Editores, 1997.
MARTINS, Jorge M – Marketing do Livro. Oeiras: Celta, 1999.
SALAUN, Jean-Michel – Marketing des bibliothèques et des centres de documentation. Paris: Cercle de la Librairie, 1992.
Cláudia Alves – 9010082, CTDI 4º ANO
O estado da edição e do mercado livreiro em Portugal pode se definir como “em crise”. Somos um país de escassos leitores a par de uma faixa enorme de população que não tem poder de compra, há uma elite cultural diminuta de onde saem os chamados “grandes leitores”. O sistema escolar é deficiente, exactamente à medida da ausência ou pobreza das bibliotecas, que é a literacia. Confinado o mercado dos livros a este espaço nacional nunca foram criadas as condições, neste campo, para uma relação normal com outros países de língua portuguesa.
Tudo isto, gera uma série de anomalias que a escassez de leitores explica uma rede deficiente de livrarias; as quais se encontram quase exclusivamente nos grandes centros urbanos.
Em Portugal, nunca houve uma forte indústria do livro, nomeadamente a primeira livraria era uma enorme superfície onde o utilizador para aceder a um tipo de livros mais especializados tinha que transpor numerosas salas e expositores cheios de ficção “light”.
A regra consistia na escassa produção editorial e muita sobriedade, o livro era como um objecto de consumo rápido e consagrado aos mais desvairados assuntos. Os livros que estão no catálogo não estavam esgotados mas encontravam-se nos armazéns dos editores ou dos distribuidores porque as livrarias não tinham espaço de armazenamento.
Actualmente, já nem sequer as novidades conseguem chegar às livrarias, um dos principais problemas dos editores de colocar os seus livros nas livrarias. A situação actual do mercado do livro em Portugal é dominada pela lógica das novidades, estes números incluem os livros escolares e as edições de autor e inúmeras instituições. Assim se explica que as livrarias não tenham capacidade para acolher todas as novidades e muito menos para armazená-las e criar fundos.
Os editores podem dizer que as livrarias prestam a um mau serviço, pois as livrarias queixam-se que as editoras “as afogam no mar de livros” que editam e para os quais é impossível haver compradores suficientes.
Os editores confirmam, que um livro tem mais ou menos um mês e meio para mostrar o que vale. Todo o processo de comercialização dos livros tende a eliminar aqueles que pertencem a esta segunda categoria, para a qual não foram criadas as necessárias defesas.
Hoje em dia, nenhum editor pode apostar em livros que têm uma produção cara e levam muito tempo a esgotar. O aumento de números de títulos publicados significa a condenação a uma vida breve e pouco gloriosa de muito deles. Nesta generalizada concentração de sinais de massificação da edição há uma concentração de vendas num número cada vez menor de autores.
Um mercado que se sustenta de novidades precisa de estar sempre a produzi-las, a um ritmo cada vez mais alucinante. Este retrato pouco complacente da situação editorial e do mercado do livro foi feito quando da instituição da lei do preço fixo do livro.
A abertura de hipermercados, com espaços cada vez maiores dedicados aos livros, e com descontos que nenhuma livraria podia praticar veio acentuar esta situação de “crise” (descontos esses feitos às custas das exigências dos editores, cada vez mais dependentes dessa forma de escoamento).
A edição de livros com o perfil pré-determinado de utilizadores (vendas em hipermercados) conduziu à redução da diversidade editorial e qualidade editorial. Esta débil situação viu-se agravada com a abertura das Fnacs, as quais têm fundos de catálogo e uma política de aquisição e exposição das novidades editoriais. Este êxito explica-se através do perfil de leitor português, um leitor generalista muito pouco especializado. As Fnacs agradam aos editores e distribuidores porque garantem a venda de volumes muito maiores e pagam nos prazos estabelecidos, coisa que as livrarias hoje em dia têm muita dificuldade em fazer.
O preço fixo do livro, ao contrário da missão inicial, a de reformular e especializar as livrarias tradicionais introduziu no mercado livreiro uma relação fechada de competição, o que traz consequências como o caso das feiras do livro que deixam as livrarias sem consumidores durante semanas.
Em Portugal, a actividade editorial e o mercado livreiro estão suspensos de equilíbrios tão precários que impera o medo, pois existe uma tendência para o aumento da oferta de títulos disponíveis acompanhado por um decréscimo acentuado da tiragem média de cada um. O crescimento no numero de títulos está directamente ligado a outro aumento, o de numero de editores a operar no país.
Na ultima década, mais importante que o aumento do número de bibliotecas foi a notória melhoria qualitativa dos seus serviços, o que reflecte num aumento claro do numero de utilizadores,
Portugal lê pouco, porquê? A falta de investimento na educação, o seu isolamento a nível europeu e a acção de censura oficial durante mais de metade do século XX resultou numa das taxas mais altas de alfabetísmo e literacia, o que ajuda a compreender esta realidade. O analfabetismo, a literacia, o baixo nível de habilitações académicas, o abandono escolar, a baixa formação profissional, e o fraco nível cultural são factores que estão todos ligados e que contribuem para o atraso e o fraco nível de competitividade internacional do nosso país.
Bibliografia:
CASTELLS, Manuel – A Galáxia internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Gulbenkian, 2004.
ANSELMO, Artur – Estudos de História do Livro. Lisboa: Guimarães Editores, 1997.
MARTINS, Jorge M – Marketing do Livro. Oeiras: Celta, 1999.
SALAUN, Jean-Michel – Marketing des bibliothèques et des centres de documentation. Paris: Cercle de la Librairie, 1992.
domingo, abril 24, 2005

25 de ABRIL

“ Com que então libertos, hein?..”
(…)
De todo o coração gritemos o nosso júbilo, aclamemos gratos
Os que o fizeram possível. Mas, com toda a inteligência
Que se deve exigir do amadurecimento doloroso desta liberdade
Tão longamente esperada e desejada, trabalhemos cautelosamente,
Politicamente, para conduzir a porto de salvamento esta pátria
Por entre a floresta de armas e de interesses medonhos
Que, de todos os cantos do mundo, nos espreitam e a ela.
(Jorge de Sena. Santa Bárbara (EUA), 2 /5/1974
sexta-feira, abril 22, 2005
23 de Abril - DIA MUNDIAL DO LIVRO
Como é sabido no dia 23 de Abril comemora-se o Dia do Livro, por isso decidi compartilhar com todos vós, um pequeno excerto de Pablo Neruda Oda al libro (II) de Odes Elementares (1954). E se desejarem podem ir a este site Web para obterem mais informações acerca deste poeta. http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/neruda.htm. Podem também passar pela Biblioteca Central para consultar ou requisitar algumas das obras do autor http://ipac.sc.ipp.pt:81/.
"Oda al libro (II)
Libro
hermoso,
libro,
mínimo bosque,
hoja
tras hoja,
huele
tu pape
la elemento,
eres
matutino y nocturno,
cereal,
oceánico,
en tus antiguas páginas
cazadores de osos, ... "
"Oda al libro (II)
Libro
hermoso,
libro,
mínimo bosque,
hoja
tras hoja,
huele
tu pape
la elemento,
eres
matutino y nocturno,
cereal,
oceánico,
en tus antiguas páginas
cazadores de osos, ... "
terça-feira, abril 19, 2005
Que se pretende?
Dar “uma nova voz” aos SDP - Biblioteca Central do IPP através de um Blog
Aprender, fazendo, os caminhos do virtual, do electrónico e do digital é a nossa aposta principal, no ano de 2005.
A missão desta biblioteca não se confina à gestão de livros... entre quatro paredes de um grande edifício. Vai mais além.
Fonte de mil recursos e segredos a desvendar, quer entrar, por meio de um simples clique, em vossas casas.
Este blog é apenas uma das ferramentas a implementar nos próximos tempos, para aumentar a proximidade com os utilizadores da “geração Internet".
Na forja estão vários projectos, a lançar, em Maio: uma Newsletter mensal, um fórum de discussão sobre a B-on, um ponto de venda On-Line....
Mas não podemos apenas criar e divulgar estas ferramentas esperando que só por elas comecem a “andar” sozinhas. É preciso “alimentá-las”, “cuidá-las”, “renová-las”. Sem isso, estas valiosas ferramentas estão condenadas à ferrugem do fracasso.
Está na vontade e nas mãos de todos nós, mantê-las, com diálogo, cooperação, dinamismo e criatividade - a seiva de serviços públicos como as bibliotecas.
Aprender, fazendo, os caminhos do virtual, do electrónico e do digital é a nossa aposta principal, no ano de 2005.
A missão desta biblioteca não se confina à gestão de livros... entre quatro paredes de um grande edifício. Vai mais além.
Fonte de mil recursos e segredos a desvendar, quer entrar, por meio de um simples clique, em vossas casas.
Este blog é apenas uma das ferramentas a implementar nos próximos tempos, para aumentar a proximidade com os utilizadores da “geração Internet".
Na forja estão vários projectos, a lançar, em Maio: uma Newsletter mensal, um fórum de discussão sobre a B-on, um ponto de venda On-Line....
Mas não podemos apenas criar e divulgar estas ferramentas esperando que só por elas comecem a “andar” sozinhas. É preciso “alimentá-las”, “cuidá-las”, “renová-las”. Sem isso, estas valiosas ferramentas estão condenadas à ferrugem do fracasso.
Está na vontade e nas mãos de todos nós, mantê-las, com diálogo, cooperação, dinamismo e criatividade - a seiva de serviços públicos como as bibliotecas.
sexta-feira, março 18, 2005
teste
Não somos apenas uma biblioteca - edifício. Podemos ser bastante mais: um projecto cultural e de informação ao alcance da nossa vontade de o pôr em prática.
Este pretende ser um local de discussão de ideias e projectos nas diversas áreas que integram o vasto mundo das bibliotecas.
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