"Os livros são caros para quem não gosta de ler. Para quem aprecia a leitura, a rede nacional de bibliotecas permite conhecer grandes obras e escritores gratuitamente. O alerta é de Isabel Alçada, comissária do Plano Nacional de Leitura, que enaltece o sucesso da iniciativa...
Um ano depois do lançamento do Plano Nacional de Leitura, e de há poucos dias o primeiro-ministro e a ministra da Educação terem traçado um balanço dos primeiros meses do projecto, de que é comissária, que balanço traça do que foi feito?O aspecto mais positivo que registei foi a enorme adesão de todos os actores que tinham como missão a promoção da leitura: professores e educadores, animadores e bibliotecários. Todos tiveram uma reacção muito favorável e revelaram um grande empenho no desenvolvimento do programa, de tal forma que, além das actividades propostas no PNL, muitos foram ainda mais longe e dinamizaram outras actividades que não tinham sido pedidas. Houve grande espírito de iniciativa da parte de todos os envolvidos, e esse terá sido o factor mais positivo. Por outro lado, conseguimos, graças a várias acções e parceiros, que o Plano Nacional de Leitura alcançasse na generalidade das escolas, em todo o País, uma visibilidade muito favorável.
No entanto Portugal está ainda muito longe dos níveis mínimos exigíveis no que diz respeito aos hábitos de leitura...O ambiente social em relação à leitura ainda não é igual ao dos países do Norte da Europa, onde toda a gente lê, mas a visibilidade que conseguimos para o PNL foi muito grande, e pais, famílias e sociedade em geral foram informados e ficaram muito disponíveis para a iniciativa.Mas é preciso ir mais longe...A expectativa foi muito positiva, mas precisamos de ir mais longe e envolver mais gente e mais promoção da leitura. Fomos contactados por um grande número de associações, e estabelecemos muitas parcerias com muitas fundações. Ainda no dia 31 de Outubro estive em Alcácer do Sal a assinar protocolos com as bibliotecas escolares do Alentejo Litoral. Tem sido muito boa a adesão de todos os parceiros. Exemplo curioso disso é o dos médicos de família, que nos contactaram no sentido de participar na sensibilização dos jovens pais para a importância de lerem com os filhos. A leitura promove a saúde também. Há estudos que demonstram que quanto maior é o grau de literacia dos cidadãos melhor é o quadro de saúde pública, já que as pessoas mais informadas estão geralmente mais receptivas ao aconselhamento médico [...]"
Fonte e notícia completa: o Primeiro de Janeiro
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