"Há a presença garantida de figuras consagradas (Manoel de Oliveira e Fernando Lopes, mas também Jean-Luc Antonucci e Helmut Färber), a exibição de filmes inéditos entre nós e um punhado de masterclasses promissoras.
Mas desengane-se quem pensar que estamos perante 'mais um' festival de cinema. Já na quarta edição, "Imagens do real imaginado" assume-se como um ciclo de fotografia e cinema documental que quer estimular a reflexão e o espírito crítico.Organizado pelo curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual do Instituto Politécnico do Porto (IPP), o ciclo, a decorrer entre hoje e sábado no Cinema Passos Manuel e na Biblioteca Almeida Garrett, elege como tema em destaque este ano "Olhares sobre a cidade"."Procurámos criar um espaço transversal e multidisciplinar que tem como denominador comum a relação da cidade com aqueles que a habitam", explica Jorge Campos, docente do IPP. A discussão prevista ganha maior relevância por ocorrer numa altura em que, segundo o também jornalista, "escasseiam as reflexões sobre o papel exacto das cidades no imaginário colectivo".Confrontos visuaisNesta incursão visual, não vão faltar confrontos de imaginários. É o exemplo de Berlim, representada pelo filme que Walter Ruttmann realizou em 1927 ("Sinfonia de uma cidade"), e no mais recente "Imagens de uma cidade", de Manfred Wilhelms.Outras metrópoles vão estar em destaque durante os próximos cinco dias, como Brasília, o projecto utópico de Niemeyer que Mathias Müller radiografou a partir de imagens de arquivo.Pertence a Manoel de Oliveira um dos momentos mais aguardados do ciclo. No dia 9, o quase secular cineasta (completa 99 anos no próximo mês) vai apresentar "Douro, faina fluvial", documentários separados entre si pela distância de 70 anos. O autor do recente "Cristóvão Colombo - o enigma" vai falar ainda sobre "Petit a petit", de Jean Rouch, um dos seus filmes de eleição.A par da exibição de clássicos absolutos - que melhor exemplo do que "Playtime", de Jacques Tati? -, "Imagens do real imaginado" contempla o visionamento de filmes inéditos entre nós. É o caso do documentário "Notebooks on cities & clothes", que Wim Wenders filmou em 1989 a partir de conversas com o Yohji Yamamoto, um dos mais célebres designers de moda japoneses. Há também filmes que, pela sua raridade, concentram maiores atenções. A ser exibido pela primeira vez no Porto - no dia 10, durante um filme-concerto protagonizado pelo Flak Ensemble -, "Lisboa, crónica anedótica", realizado por Leitão de Barros em 1920, é considerado um dos retratos mais pulsantes da capital portuguesa no final da década de 20, com actores de relevo da época (Beatriz Costa, Vasco Santana ou Eugénio Salvador) a interpretarem figuras típicas da cidade.Da vertente fotográfica no ciclo destaca-se a mostra que revela fragmentos da rodagem de "Lisbon story". O filme de Wim Wenders, uma encomenda de Lisboa Capital Europeia da Cultura, em 1994, é recordado pela objectiva do fotógrafo Cesário M. F. Alves.AberturaLogo após a sessão de abertura, às 14.30 horas, na BAG, vai ser possível assistir à curta-metragem "Latitudes", de Andreia Teixeira.Mike HoolboomO cineasta canadiano é a figura em destaque no dia de hoje. Além de dirigir, às 17.30 horas, na Biblioteca Almeida Garrett (BAG), uma masterclass, Mike Hoolboom vai assistir à projecção de dois filmes seus, "Public lightning" (15.30 horas) e "Imitation of life", às 21.30."
3 comentários:
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