"A aquisição do manuscrito «Indícios de Oiro», colectânea de poemas de Mário de Sá-Carneiro, e de outros três cadernos do autor, foi «fundamental para o património bibliográfico nacional e para a cultura portuguesa», afirmou hoje Jorge Couto.
Em declarações à Agência Lusa, o director da Biblioteca Nacional (BN), que representou quinta-feira à noite o Estado no leilão da Galeria Potássio4, adquirindo as obras por um total de 33.000 euros (incluindo taxas) acrescentou que o manuscrito «passa a ser o documento mais importante do espólio do escritor» na posse da Biblioteca.
As obras - «também muito importantes para a história do Modernismo português» - vão juntar-se ao espólio de 72 documentos de Mário de Sá-Carneiro detidos pela BN, constituído por poesias, contos, escritos de juventude, cadernos escolares e cartas.
«Infelizmente, o autor destruiu muitos dos seus escritos e por isso são poucos os que restaram, daí o seu valor», sublinhou o responsável, acrescentando que foi possível recolher alguns que enviou a amigos, nomeadamente a Fernando Pessoa. Mário de Sá-Carneiro nasceu em 1890 e faleceu em 1916.
Jorge Couto referiu que o manuscrito «Indícios de Oiro» tinha um valor-base de licitação de 5.000 euros e a leiloeira previa que atingisse 7.500 euros, mas «surgiram muitos interessados em adquirir o documento, que acabou por atingir 19.000 euros», e o Estado exerceu então o seu direito de opção de compra.
O director da BN, presente no leilão, salientou que a compra do manuscrito e de outros três cadernos de Mário de Sá-Carneiro «representou um esforço muito elevado para o Ministério da Cultura, sobretudo pela inesperada elevada licitação».
Os três cadernos de Mário de Sá-Carneiro adquiridos pela BN também atingiram 8.500 euros, quando a base de licitação era de 1.500 euros e previa-se que não ultrapassassem os 2.500.
Dois dos cadernos contêm muitas notas do escritor e também as revistas Orpheu 1 e Orpheu 2. Num terceiro caderno, criado postumamente, foram reunidos recortes de jornais soltos nos quais também estão contidas algumas anotações.
Um quarto caderno de Sá-Carneiro foi arrematado por 7.200 euros (a base de licitação era de 700 euros) mas não chegou a ser adquirido pela BN, porque, justificou o director, «continha apenas recortes de jornais, sem notas manuscritas».
No leilão foi ainda arrematada por 11.000 euros uma fotografia de Fernando Pessoa aos dez anos, com uma dedicatória, oferecida pelo poeta a uma amiga.
«Os documentos essenciais foram adquiridos pela Biblioteca Nacional», concluiu o responsável, observando que não foram dados a conhecer no leilão os compradores do caderno de recortes nem da fotografia de Pessoa, pois «a licitação decorreu praticamente toda pelo telefone e pela internet».
O manuscrito «Indícios de Oiro» e os três cadernos vão receber um tratamento especial de limpeza e preservação antes de se reunirem ao restante acervo do escritor detido pela BN, e deverão estar disponíveis para consulta dentro de cerca de três meses, indicou à Lusa."
Em declarações à Agência Lusa, o director da Biblioteca Nacional (BN), que representou quinta-feira à noite o Estado no leilão da Galeria Potássio4, adquirindo as obras por um total de 33.000 euros (incluindo taxas) acrescentou que o manuscrito «passa a ser o documento mais importante do espólio do escritor» na posse da Biblioteca.
As obras - «também muito importantes para a história do Modernismo português» - vão juntar-se ao espólio de 72 documentos de Mário de Sá-Carneiro detidos pela BN, constituído por poesias, contos, escritos de juventude, cadernos escolares e cartas.
«Infelizmente, o autor destruiu muitos dos seus escritos e por isso são poucos os que restaram, daí o seu valor», sublinhou o responsável, acrescentando que foi possível recolher alguns que enviou a amigos, nomeadamente a Fernando Pessoa. Mário de Sá-Carneiro nasceu em 1890 e faleceu em 1916.
Jorge Couto referiu que o manuscrito «Indícios de Oiro» tinha um valor-base de licitação de 5.000 euros e a leiloeira previa que atingisse 7.500 euros, mas «surgiram muitos interessados em adquirir o documento, que acabou por atingir 19.000 euros», e o Estado exerceu então o seu direito de opção de compra.
O director da BN, presente no leilão, salientou que a compra do manuscrito e de outros três cadernos de Mário de Sá-Carneiro «representou um esforço muito elevado para o Ministério da Cultura, sobretudo pela inesperada elevada licitação».
Os três cadernos de Mário de Sá-Carneiro adquiridos pela BN também atingiram 8.500 euros, quando a base de licitação era de 1.500 euros e previa-se que não ultrapassassem os 2.500.
Dois dos cadernos contêm muitas notas do escritor e também as revistas Orpheu 1 e Orpheu 2. Num terceiro caderno, criado postumamente, foram reunidos recortes de jornais soltos nos quais também estão contidas algumas anotações.
Um quarto caderno de Sá-Carneiro foi arrematado por 7.200 euros (a base de licitação era de 700 euros) mas não chegou a ser adquirido pela BN, porque, justificou o director, «continha apenas recortes de jornais, sem notas manuscritas».
No leilão foi ainda arrematada por 11.000 euros uma fotografia de Fernando Pessoa aos dez anos, com uma dedicatória, oferecida pelo poeta a uma amiga.
«Os documentos essenciais foram adquiridos pela Biblioteca Nacional», concluiu o responsável, observando que não foram dados a conhecer no leilão os compradores do caderno de recortes nem da fotografia de Pessoa, pois «a licitação decorreu praticamente toda pelo telefone e pela internet».
O manuscrito «Indícios de Oiro» e os três cadernos vão receber um tratamento especial de limpeza e preservação antes de se reunirem ao restante acervo do escritor detido pela BN, e deverão estar disponíveis para consulta dentro de cerca de três meses, indicou à Lusa."
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