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Alunos deficientes de sete universidades vão ter acesso à BAES. Reúne já três mil títulos em áudio, braille e digital.
A Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES) teve hoje, segunda-feira,[3 Dezembro] o seu primeiro dia de vida. A apresentação da iniciativa, na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, assinalou a data em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Após um ano de implementação do projecto, coordenado pela Universidade do Porto, a BAES está pronta a funcionar. "Partilha, colaboração e cooperação" são linhas orientadoras do projecto.
A "redução do fosso entre informação disponível e informação acessível" é um dos principais objectivos da BAES apontados por Alice Ribeiro, coordenadora do projecto. A BAES é uma infra-estrutura de pesquisa on-line que pretende melhorar o acesso à informação para estudantes do ensino superior com necessidades educativas especiais, através da leitura em formatos alternativos (áudio, braille e digital).
Sete universidades
As obras disponíveis foram escolhidas de acordo com os pedidos dos estudantes das diferentes universidades. Com um acervo de cinco anos, pertencente a cinco instituições nacionais do ensino superior, a BAES conta já com três mil títulos nos diferentes formatos, que estarão acessíveis a estudantes de sete universidades (Porto, Coimbra, Lisboa, Técnica de Lisboa, Minho, Évora, Trás-os-Montes e Alto-Douro).
De acordo com Alice Ribeiro, a biblioteca vem ainda sensibilizar a comunidade para diferentes necessidades de acesso. "Temos que encarar estas necessidades não como uma deficiência, mas como uma diferença", disse.
"Sincronia de saberes"
O projecto, que custou meio milhão de euros e foi financiado pelo POS - Conhecimento, resultou de uma "sincronia de saberes e instituições". "Informáticos, bibliotecários e técnicos dos serviços de apoio viviam de costas viradas. Foi necessário promover o diálogo interno", o que constituiu uma das grandes dificuldades, contou Alice Ribeiro.
Neste momento, todos podem aceder ao registo da informação, mas apenas os estudantes autenticados têm acesso aos textos integrais. No futuro, a BAES pretende abrir-se a novos parceiros e a novos formatos."
Fonte: JPN
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