"Biblioteca de Vila Franca de Xira tem um espaço onde os bebés podem aprender a brincar com livros e ouvir histórias de encantar.
É sábado de manhã. Mães e bebés, pé ante pé, sobem suavemente os degraus de madeira que dão acesso à Bebeteca da Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira. Os sapatos ficam cá fora. Substituem-se por pantufas de plástico que ajudam a colorir mais a pequena sala completamente preparada para receber os pequenos ouvintes. Chegou a hora de partir “Em busca do livro encantado”, uma iniciativa da autarquia vila-franquense que pretende criar hábitos de contacto com livros e gosto pela audição de histórias.
A iniciativa, que arrancou a 6 de Março na biblioteca, destina-se a crianças entre os 6 e os 36 meses. Para captar a atenção dos sete futuros leitores um coelho branco - de olhos vermelhos e pêlo branquinho - salta para o meio da sala. É Mónica Lopes, 25 anos, técnica profissional de biblioteca e documentação. Aos primeiros saltos do láparo ouve-se um choro. Mesmo com aspecto afável o boneco em tamanho humano assusta o primeiro utente, mas os ânimos acalmam-me. Os ouvintes mais novos são os mais atentos. Lucas, oito meses, ainda não fica de pé sozinho, mas parece querer saltar para dentro do livro de histórias que Mónica Lopes vai mostrando à assistência. Talvez atraído pelas quatro maçãs vermelhas desenhadas numa página de livro almofadado. “O coelhinho gosta muito de maçãs. E vocês também gostam?”, interage a animadora, que utiliza objectos do quotidiano para fazer a ligação com a história. O conto é curto. “Nestas idades o tempo de concentração das crianças é pequeno”, justifica. Os livros captam a atenção dos mais novos que os confundem com brinquedos. Há-os de todas as cores e feitios. Ursos, borboletas e porcos. A pequena Margarida decide explorar um com a boca. “Não se preocupe se os livros aparecem estragados, mãe. É sinal de que são usados”, comenta a animadora. Mónica Santos, 28 anos, mãe da margarida, residente em Alenquer, habituou desde cedo a filha a contactar com livros. “Ela só come com o livro da Leopoldina à frente”, garante a progenitora. Para a maioria dos pequenos leitores as histórias já vão fazendo parte do quotidiano. É o caso de Duarte, dois anos, que se vai entretendo com um livro em forma de ovelha. Não perdoa quando a mãe se esquece de contar a história e apaga a luz mais cedo. “Às vezes já é ele que me conta a história a mim”, revela com orgulho Raquel Delgado, 34 anos, técnica de biblioteca. Do conto do coelho que gosta de maçãs parte-se para a música. E depois para a magia as bolas de sabão que os mais novos tentam alcançar no ar. A ideia não é só contar histórias e proporcionar o contacto com os livros. O objectivo é também que pais e filhos interajam e que os mais pequenos socializem. “Ele ainda é muito pequeno, mas pelo menos estar aqui obriga-me a dedicar-lhe só a ele este tempo”, revela a mãe, Sandra Barroso, advogada, 35 anos, mãe de duas meninas de oito e seis anos, residente no Porto Alto.
A Bebeteca foi criada pela técnica Mónica Lopes durante um estágio realizado na biblioteca. “Visitei muitas bibliotecas, mas reparei que a maioria delas tem um espaço para bebés dentro da secção infanto-juvenil. Não um espaço apenas dedicado aos bebés”, esclarece. Para criar a sala contou com patrocínios de empresas que ajudaram a comprar a estante, alguns brinquedos e os tecidos que forram o espaço onde estavam instalados dois computadores. O projecto de estágio de 2004, que começou por ser experimental, é agora uma das atracções da biblioteca. “O objectivo é aproximar o livro o mais possível. Para que não seja entendido como uma obrigação”, explica. As inscrições podem ser feitas no balcão da biblioteca ou por telefone para as sessões de terça e sábado. A animação com a história do “coelho branquinho e barrigudo” vai estar na Bebeteca até 8 de Maio. Depois outro conto interactivo nascerá a partir da imaginação da técnica."
É sábado de manhã. Mães e bebés, pé ante pé, sobem suavemente os degraus de madeira que dão acesso à Bebeteca da Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira. Os sapatos ficam cá fora. Substituem-se por pantufas de plástico que ajudam a colorir mais a pequena sala completamente preparada para receber os pequenos ouvintes. Chegou a hora de partir “Em busca do livro encantado”, uma iniciativa da autarquia vila-franquense que pretende criar hábitos de contacto com livros e gosto pela audição de histórias.
A iniciativa, que arrancou a 6 de Março na biblioteca, destina-se a crianças entre os 6 e os 36 meses. Para captar a atenção dos sete futuros leitores um coelho branco - de olhos vermelhos e pêlo branquinho - salta para o meio da sala. É Mónica Lopes, 25 anos, técnica profissional de biblioteca e documentação. Aos primeiros saltos do láparo ouve-se um choro. Mesmo com aspecto afável o boneco em tamanho humano assusta o primeiro utente, mas os ânimos acalmam-me. Os ouvintes mais novos são os mais atentos. Lucas, oito meses, ainda não fica de pé sozinho, mas parece querer saltar para dentro do livro de histórias que Mónica Lopes vai mostrando à assistência. Talvez atraído pelas quatro maçãs vermelhas desenhadas numa página de livro almofadado. “O coelhinho gosta muito de maçãs. E vocês também gostam?”, interage a animadora, que utiliza objectos do quotidiano para fazer a ligação com a história. O conto é curto. “Nestas idades o tempo de concentração das crianças é pequeno”, justifica. Os livros captam a atenção dos mais novos que os confundem com brinquedos. Há-os de todas as cores e feitios. Ursos, borboletas e porcos. A pequena Margarida decide explorar um com a boca. “Não se preocupe se os livros aparecem estragados, mãe. É sinal de que são usados”, comenta a animadora. Mónica Santos, 28 anos, mãe da margarida, residente em Alenquer, habituou desde cedo a filha a contactar com livros. “Ela só come com o livro da Leopoldina à frente”, garante a progenitora. Para a maioria dos pequenos leitores as histórias já vão fazendo parte do quotidiano. É o caso de Duarte, dois anos, que se vai entretendo com um livro em forma de ovelha. Não perdoa quando a mãe se esquece de contar a história e apaga a luz mais cedo. “Às vezes já é ele que me conta a história a mim”, revela com orgulho Raquel Delgado, 34 anos, técnica de biblioteca. Do conto do coelho que gosta de maçãs parte-se para a música. E depois para a magia as bolas de sabão que os mais novos tentam alcançar no ar. A ideia não é só contar histórias e proporcionar o contacto com os livros. O objectivo é também que pais e filhos interajam e que os mais pequenos socializem. “Ele ainda é muito pequeno, mas pelo menos estar aqui obriga-me a dedicar-lhe só a ele este tempo”, revela a mãe, Sandra Barroso, advogada, 35 anos, mãe de duas meninas de oito e seis anos, residente no Porto Alto.
A Bebeteca foi criada pela técnica Mónica Lopes durante um estágio realizado na biblioteca. “Visitei muitas bibliotecas, mas reparei que a maioria delas tem um espaço para bebés dentro da secção infanto-juvenil. Não um espaço apenas dedicado aos bebés”, esclarece. Para criar a sala contou com patrocínios de empresas que ajudaram a comprar a estante, alguns brinquedos e os tecidos que forram o espaço onde estavam instalados dois computadores. O projecto de estágio de 2004, que começou por ser experimental, é agora uma das atracções da biblioteca. “O objectivo é aproximar o livro o mais possível. Para que não seja entendido como uma obrigação”, explica. As inscrições podem ser feitas no balcão da biblioteca ou por telefone para as sessões de terça e sábado. A animação com a história do “coelho branquinho e barrigudo” vai estar na Bebeteca até 8 de Maio. Depois outro conto interactivo nascerá a partir da imaginação da técnica."
Fonte: O Mirante
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